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- Os Terceiros e os seus "santos de vestir" : os últimos guardiões do património franciscano na cidade da Ribeira Grande, S. Miguel, AçoresPublication . Chaves, Duarte Nuno; Costa, Susana GoulartA presente dissertação é o resultado de uma investigação dedicada ao fenómeno de inserção e declínio do movimento secular franciscano, "Ordem Terceira de S. Francisco", na atual cidade da Ribeira Grande, ilha de S. Miguel, Arquipélago dos Açores. O trabalho tem como objetivo abranger as diversas componentes da vida desta comunidade religiosa, bem como o registo do seu legado patrimonial, abarcando uma cronologia de cerca de 350 anos. Como herança da Ordem Terceira, chega aos dias de hoje a realização anual da procissão dos Terceiros da Ribeira Grande, que teve o seu início em 1664, e que cumpre no ano de 2013 um importante marco da sua história, com a integração da sua coleção de escultura processional no acervo do Museu Vivo do Franciscanismo, unidade museológica que se situará nesta localidade açoriana, inserida na antiga igreja conventual de invocação a N.ª Sr.ª de Guadalupe.
- Perceção dos riscos ocupacionais pelos técnicos de radiologia da Região Autónoma dos AçoresPublication . Gomes, Carolina Alexandra; Rego, Isabel Estrela; Silva, Luís Filipe DiasO sector da saúde apresenta um vasto leque de profissões cujo exercício comporta a exposição a riscos. É neste ambiente que encontramos o técnico de radiologia que, para além dos riscos ocupacionais em comum com os outros profissionais de saúde, está sujeito ao risco acrescido da exposição à radiação ionizante. Este estudo tem como objetivo investigar a perceção dos riscos ocupacionais pelos técnicos de radiologia da Região Autónoma dos Açores, em várias dimensões relativas ao risco: conhecimento, gravidade, vulnerabilidade, controlabilidade e comportamento. Para isso foi criado, como instrumento de investigação, um questionário com variáveis que abordaram as várias dimensões dos riscos ocupacionais, que foi testado e aplicado a uma amostra de técnicos de radiologia residentes nos Açores. Os dados recolhidos foram analisados através de técnicas estatísticas padrão. A amostra de estudo é maioritariamente feminina, licenciada, com idade menor ou igual aos 30 anos e com tempo de serviço menor ou igual aos 10 anos de trabalho. Esses profissionais, na sua maioria, apresentam-se numa situação de nomeação definitiva, trabalham em centros de saúde e praticam as suas funções, em grande parte do tempo de serviço, na área da radiologia convencional/digital. Através dos resultados obtidos, verificou-se que os técnicos de radiologia consideram possuir um bom conhecimento acerca dos riscos ocupacionais e também que exercem uma profissão de risco elevado, nomeadamente por comparação com outras profissões. Entre os principais resultados relativos à perceção do risco ocupacional por parte dos técnicos de radiologia, contam-se os seguintes: i) atribuem maior gravidade ao corte ou picada com agulha contaminada mas é à radiação ionizante que referem estar mais expostos; ii) afirmam estar sob um nível médio a elevado de exposição aos riscos ocupacionais no geral; iii) afirmam controlar bem os riscos a que estão expostos; iv) sentem-se preparados para gerir as situações de risco; vi) dizem ter adquirido comportamentos de minimização e eliminação dos riscos. A maioria dos respondentes afirma que são criadas condições pela entidade patronal para o exercício de funções com a ocorrência do menor risco possível. Dizem ter uma boa formação base mas mencionam, na sua grande maioria, a inexistência de formação contínua na área dos riscos ocupacionais. Os fatores sexo e idade não revelam ter efeito na perceção dos riscos ocupacionais, ao contrário dos fatores formação contínua e entidade patronal que revelam ter influência a esse nível. De uma forma geral, os técnicos de radiologia mostram uma certa homogeneidade na perceção dos riscos ocupacionais.
- A formação dos educadores de infância na área das ciências: implicações para a supervisãoPublication . Santos, Maria de Lurdes Machado; Lima, Jorge Manuel Ávila de; Gomes, CarlosPela definição da Educação Pré-Escolar "enquanto primeira etapa da educação básica, estrutura de suporte de uma educação que se desenvolve ao longo da vida" (Orientações Curriculares, 1997, p. 11), percebe-se a importância deste nível de ensino no quotidiano das crianças e na sociedade atual. A Educação Pré-Escolar, caracterizada por um regime de monodocência, exige que os educadores de infância dominem várias áreas de saberes, de forma a dar resposta à necessidade que as crianças sentem de encontrar explicações para tudo o que as rodeia. Na maior parte das vezes, esta curiosidade encontra-se diretamente associada à área do Conhecimento do Mundo, preconizada nas Orientações Curriculares para a Educação Pré-Escolar como uma "sensibilização às Ciências" (Orientações Curriculares, 1997, p. 80). Foi com o intuito de tentar perceber como é abordada esta área na Educação Pré-Escolar, como se caracteriza a formação dos educadores de infância nesta área e como é supervisionada pelos supervisores cooperantes a área do Conhecimento do Mundo, que surgiu o interesse pela realização desta investigação. A metodologia adotada carateriza-se por uma abordagem mista, de forma a enriquecer e tornar mais completa a investigação. Numa primeira fase, foram distribuídos cento e vinte e seis questionários aos educadores de infância que se encontravam a lecionar na rede de Educação Pré-Escolar do concelho de Ponta Delgada, dos quais se recolheram cento e um. Posteriormente, foram realizadas cinco entrevistas semi-directivas. Através do questionário, foi possível aferir as principais caraterísticas da formação não-superior, superior e contínua dos educadores de infância; quais as suas representações sobre educação em ciências; as principais caraterísticas das suas práticas educativas e, finalmente, a sua opinião sobre a supervisão em ciências. As entrevistas permitiram aprofundar um pouco mais alguns aspetos que tinham sido abordados no questionário, sobretudo a parte referente à supervisão em ciências. As principais conclusões deste estudo revelam-nos que, apesar de a área do Conhecimento do Mundo ter extrema importância para o desenvolvimento das crianças em idade pré-escolar, e de esta importância ser reconhecida pelos educadores de infância, acaba por ser um pouco negligenciada pelos mesmos. Tal deve-se, em parte, segundo a nossa investigação, ao fato de muitos dos educadores de infância terem, como último ano de frequência de uma disciplina de ciências físico-químicas e naturais, o 9º ano. Deve-se, igualmente, às caraterísticas da formação superior dos educadores de infância, assente sobretudo em aulas teóricas, e à escassez de ações de formações contínua na área do Conhecimento do Mundo. Esta investigação remete-nos ainda para a visão tradicionalista que muito educadores de infância têm sobre a ciência e a forma como esta se trabalha, associando-se muitas vezes ciências a experiências. Quanto às conclusões referentes ao papel do supervisor cooperante enquanto orientador de estágio, verifica-se alguma insegurança da parte destes quando têm que supervisionar atividades relacionadas com a área do Conhecimento do Mundo. Essencialmente, porque eles próprios reconhecem nem sempre se sentem muito à vontade para realizar determinadas atividades neste âmbito, tendo estas de ser muito bem planificadas e estruturadas, o que revela sentimentos de insegurança da sua parte. Por último, esta dissertação termina referindo as limitações encontradas no decurso do estudo, bem como apresentando sugestões para futuras investigações.