Browsing by Author "Botelho, Ana Beatriz Gouveia"
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- Representações de professores sobre o trabalho com alunos do programa Oportunidade IPublication . Botelho, Ana Beatriz Gouveia; Mira Leal, SusanaAs elevadas taxas de abandono e insucesso escolar constituem um desafio para as escolas e demais responsáveis educativos. Em resposta, os governos têm reforçado políticas de diferenciação curricular e pedagógica. A implementação de programas educativos orientados para a recuperação de escolaridade é uma das medidas que tem vindo a ser adotada na Região Autónoma dos Açores. De entre esses programas, destacamos o Oportunidade, atualmente em vigor na Região. Criado em 2001, este programa foi substituído temporariamente (entre 2006/2007 e 2008/2009) pelo Percurso PERE (Programas Específicos de Recuperação da Escolaridade), tendo sido retomado em 2009 e, entretanto, reformulado em 2010 e 2011, contando com quatro subprogramas: Oportunidade I, Oportunidade II, Oportunidade III e Oportunidade Profissionalizante. Em 2009/2010, desenvolvemos um estudo descritivo e interpretativo, que teve como propósitos, entre outros aspetos, apreender as representações de professores do 1.º e do 2.º ciclo relativamente ao subprograma Oportunidade I e aos alunos que o frequentam e compreender as especificidades do trabalho pedagógico desenvolvido por aqueles no âmbito do referido subprograma. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas a 15 professores do 1.º e do 2.º ciclo das 8 escolas básicas integradas da ilha de S. Miguel que trabalhavam à data com alunos do subprograma Oportunidade I. Ao desvelar o pensamento dos professores acerca da relevância e adequação desses programas, dos alunos que os frequentam e do trabalho pedagógico realizado no contexto, este estudo apoia a avaliação dos programas de recuperação da escolaridade implementados na Região Autónoma dos Açores, em particular, ao mesmo tempo que levanta questões relativamente às políticas e práticas educativas que buscam o combate ao abandono e ao insucesso escolar, em geral.
- Trabalho, desenvolvimento e satisfação profissional de professores dinamizadores de programas específicos de recuperação de escolaridade.Publication . Botelho, Ana Beatriz Gouveia; Mira Leal, SusanaO fim do Estado Novo abriu a escola a todas as crianças do país. Este fenómeno contribuiu para a heterogeneidade da população escolar, um dos principais desafios da escola de hoje. Como resposta a esta diversidade, o país abraçou várias reformas educativas de forma a promover a igualdade de oportunidades e a combater o elevado abandono e insucesso escolar. A implementação de Programas Específicos de Recuperação de Escolaridade (PERE) foi uma das medidas adoptadas na Região Autónoma dos Açores para fazer face ao problema. É sobre estes programas, particularmente sobre o programa Oportunidade actualmente em vigor na nossa Região, que se debruça esta investigação. O estudo pretendeu caracterizar os professores envolvidos nesses programas, as suas representações acerca da relevância e impacto educativo desses programas, das características dos alunos que os frequentam, da formação e acompanhamento que lhes têm sido disponibilizados e ainda do impacto do envolvimento em programas desta natureza no seu desenvolvimento e satisfação pessoal e profissional. Trata-se de um estudo qualitativo, que recorreu à entrevista como instrumento de recolha de dados. Foram entrevistados 15 professores do 1.º e/ou 2.º ciclo que leccionavam no ano de 2009/2010 o programa Oportunidade I, na ilha de S. Miguel e envolveu professores de todos os concelhos da ilha, abrangendo 8 escolas básicas integradas. Os resultados sugerem que a maioria dos professores que lecciona nestes programas tem alguma experiência profissional e fá-lo por opção própria, revelando-se satisfeitos profissionalmente. A maioria tem uma representação positiva da relevância desses programas, embora lhes aponte algumas falhas, registando falta de formação e informação sobre o funcionamento e desenvolvimento daqueles. A maioria vê os alunos de PERE como sendo crianças muito carentes a nível afectivo, pertencentes a meios socioeconómicos baixos e com muitas dificuldades ao nível cognitivo e atitudinal e é para o desenvolvimento de competências sociais que orientam a sua acção em primeiro lugar. Ainda assim, a maioria considera que trabalhar com estes alunos é uma experiência positiva, quer a nível profissional, quer a nível pessoal, contribuindo para o seu desenvolvimento e satisfação profissional.