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- Trabalho, desenvolvimento e satisfação profissional de professores dinamizadores de programas específicos de recuperação de escolaridade.Publication . Botelho, Ana Beatriz Gouveia; Mira Leal, SusanaO fim do Estado Novo abriu a escola a todas as crianças do país. Este fenómeno contribuiu para a heterogeneidade da população escolar, um dos principais desafios da escola de hoje. Como resposta a esta diversidade, o país abraçou várias reformas educativas de forma a promover a igualdade de oportunidades e a combater o elevado abandono e insucesso escolar. A implementação de Programas Específicos de Recuperação de Escolaridade (PERE) foi uma das medidas adoptadas na Região Autónoma dos Açores para fazer face ao problema. É sobre estes programas, particularmente sobre o programa Oportunidade actualmente em vigor na nossa Região, que se debruça esta investigação. O estudo pretendeu caracterizar os professores envolvidos nesses programas, as suas representações acerca da relevância e impacto educativo desses programas, das características dos alunos que os frequentam, da formação e acompanhamento que lhes têm sido disponibilizados e ainda do impacto do envolvimento em programas desta natureza no seu desenvolvimento e satisfação pessoal e profissional. Trata-se de um estudo qualitativo, que recorreu à entrevista como instrumento de recolha de dados. Foram entrevistados 15 professores do 1.º e/ou 2.º ciclo que leccionavam no ano de 2009/2010 o programa Oportunidade I, na ilha de S. Miguel e envolveu professores de todos os concelhos da ilha, abrangendo 8 escolas básicas integradas. Os resultados sugerem que a maioria dos professores que lecciona nestes programas tem alguma experiência profissional e fá-lo por opção própria, revelando-se satisfeitos profissionalmente. A maioria tem uma representação positiva da relevância desses programas, embora lhes aponte algumas falhas, registando falta de formação e informação sobre o funcionamento e desenvolvimento daqueles. A maioria vê os alunos de PERE como sendo crianças muito carentes a nível afectivo, pertencentes a meios socioeconómicos baixos e com muitas dificuldades ao nível cognitivo e atitudinal e é para o desenvolvimento de competências sociais que orientam a sua acção em primeiro lugar. Ainda assim, a maioria considera que trabalhar com estes alunos é uma experiência positiva, quer a nível profissional, quer a nível pessoal, contribuindo para o seu desenvolvimento e satisfação profissional.