Partindo da crise que se abate sobre o modelo moderno de Estado soberano desde as duas guerras mundiais do último século, o texto procura explorar o conceito de
regionalismo, perspectivando-o como utopia e como demanda de uma forma alternativa
de organização social e política. Paralelamente, procede-se à exploração de dois projectos alternativos. Primeiro, o projecto de Europa das regiões, que enforma o ideário federalista de meados do século XX de substituição da Europa dos Estado por uma Europa das Regiões - o qual, paradoxalmente, viria impedir as Regiões de aceder ao processo de integração europeia. Segundo, o projecto de Europa com Regiões, que se viria a estabelecer, de forma lenta, se bem que gradual, primeiro no Conselho e na
União Europeia, a partir de meados da década de oitenta do século XX.