DBIO - Dissertações de Mestrado / Master Thesis
Permanent URI for this collection
Dissertação de Mestrado. Nível intermédio de uma dissertação (4 ou 5 anos de estudo). Contempla também dissertações do período pré-Bolonha para graus académicos que agora são reconhecidos como grau de mestre.
(Aceite; Publicado; Actualizado).
Browse
Browsing DBIO - Dissertações de Mestrado / Master Thesis by advisor "Borges, Isabel Marisa Mateus"
Now showing 1 - 3 of 3
Results Per Page
Sort Options
- Cost and benefits of the morphological defences in larvae of Scymnus nubilus Mulsant (Coleoptera: Coccinellidae)Publication . Pacheco, Paulo Alexandre Botelho; Soares, António Onofre Costa Miranda; Borges, Isabel Marisa MateusDiferentes mecanismos de defesa contra a predação e parasitismo evoluíram entre os insectos. Estes podem ser químicos, comportamentais ou estruturais. As larvas do pequeno coccinelídeo Scymnus nubilus estão cobertas por uma camada de ceras que podem actuar como um mecanismo defensivo contra formigas e outros predadores. No entanto, o grau de protecção conferido pelas ceras às larvas de Scymnus não é bem conhecido. O objectivo deste estudo foi avaliar alguns dos custos e benefícios da produção de ceras nos S. nubilus. De acordo com a teoria da evolução das histórias de vida, um maior desempenho de um traço específico implica um decréscimo noutro traço. Se a produção das ceras é metabolicamente dispendiosa para as larvas, esperamos alguns custos no tempo de desenvolvimento, crescimento e futuro potencial reprodutor. Devido ao facto de potenciais trade-offs serem apenas evidentes quando um organismo está sobre condições de stress, avaliámos as consequências da produção de ceras no tempo de desenvolvimento, fisiologia alimentar e potencial reprodutor nas larvas com e sem ceras (removidas artificialmente). Do ponto de vista fisiológico, espera-se que a remoção das ceras das larvas induzirá um consumo maior de presas de modo a que se cumpram os requerimentos metabólicos necessários para o crescimento e produção de ceras. A equilibrar estes custos e a alocação energética, propomos que as ceras actuarão como um sistema defensivo contra a C. agilis um predador intraguilde. Os resultados demonstram que existiram diferenças entre os parâmetros biológicos das larvas com e sem ceras, mais especificamente no crescimento larval. Ao contrário do previsto, o consumo de presas das larvas com e sem ceras não variou, embora o peso ganho tenha sido maior nas primeiras. Isto é uma indicação que para produzir as ceras há necessidade de distribuir os recursos e o crescimento é reduzido. As ceras reduziram a predação intraguilde, tal como esperado.
- Effect of multi-specific releases of Scymnus nubilus Mulsant (Coleoptera: Coccinellidae) and Aphidius colemani Viereck (Hymenoptera: Braconidae) on biological control of Myzus persicae Sulzer (Hemiptera: Aphididae) populationsPublication . Arruda, Patrícia Melo; Soares, António Onofre Costa Miranda; Borges, Isabel Marisa MateusNa Região Autónoma dos Açores, a Direção Regional dos Recursos Florestais é responsável pela produção em massa de plantas endémicas da Macaronésia com a finalidade de restaurar habitats naturais. No entanto, as plantas produzidas nos viveiros florestais são negativamente impactadas pela presença de afídeos. Os afídeos (Hemiptera: Aphididae) são, do ponto de vista fitossanitário, dos mais importantes problemas, dado que são capazes de afetar sistemas florestais e agrícolas, pois vivem em colónias de elevadas densidades, infligindo aos seus hospedeiros diversos efeitos, quer diretos quer indiretos. Com este estudo pretendemos contribuir, para o controlo biológico daquelas populações, avaliaando até que ponto as interações bióticas entre Scymnus nubilus (Coleoptera: Coccinellidae) e Aphidius colemani Viereck (Hymenoptera: Braconidae), numa estratégia de largadas multiespecíficas, poderão gerar impacto positivos, ou negativos, no controlo de populações de afídeos, em particular sobre Myzus persicae Sulzer como modelo biológico. Assim, foram realizados trabalhos laboratoriais para avaliar (i) o efeito das interações bióticas entre fêmeas adultas de A. colemani e o 4º instar larvar de S. nubilus e (ii) a preferência alimentar do 4º instar larvar de S. nubilus entre afídeos parasitados vs não parasitados. Os nossos resultados indicam que S. nubilus poder-se-á constituir como um eficiente agente de controlo biológico, especialmente em tratamentos conspecíficos, dado que a larva consome em média 50 ninfas de M. persicae em 24h. Nos testes interespecíficos verificou-se que S. nubilus interfere com o nível de parasitismo e demonstrou consumir afídeos parasitados e/ou interferência na atividade parasitária. Nos testes de preferência alimentar de S. nubilus, este demonstrou uma preferência tendencial por afídeos parasitados, o que pode dever-se à menor mobilidade e capacidade de defesa dos afídeos parasitados. Será importante num futuro próximo estudar estas interações em condições de campo.
- Effect of temperature and prey in the biology of Scymnus subvillosus (Goeze) (Coleoptera: Coccinellidae)Publication . Sebastião, Dalila Carla Barbosa; Soares, António Onofre Costa Miranda; Borges, Isabel Marisa MateusScymnus subvillosus (Goeze) é um predador afidífago presente no Arquipélago dos Açores (Portugal), que ocorre em baixas densidades., recentemente, foi observado a explorar Melanaphis donacis (Passerini) em Arundo donax L. O Scymnus spp., embora menos estudadas, têm sido nos últimos anos, alvo de investigação na perspectiva da sua utilização como agentes de controlo biológico. Este estudo teve como objetivo determinar os efeitos concomitantes de quatro temperaturas constantes (15° C, 20 °C, 25 C e 30°C) e de três espécies de afídeos na sobrevivência e desenvolvimento dos estados imaturos de S. subvillosus , para obter a adequação ecofisiológica de M. persicae, A. fabae e M. donacis e finalmente a voracidade e fisiologia nutricional da fase larval L4 alimentadas com A. fabae . O tempo de desenvolvimento a partir de larvas a adulto diminuiu com o aumento da temperatura, variando de 61,5 dias a 15 º C para 10,4 dias a 30ºC. Para completar o desenvolvimento pré -imaginal com M. donacis, LDT foi calculado obtendo o valor de 11,7ºC e SET 196,3ºD. A 15ºC, as larvas não se desenvolveram quando alimentadas com A. fabae e M. persicae, mas com M. donacis 22 % das larvas sobreviveram. Assim sendo, o tempo de desenvolvimento dos imaturos também foi dependente da presa, sendo M. persicae a menos adequada. Os parâmetros reprodutivos foram dependentes da presa, sendo melhor com A. fabae. Larvas de S. subvillosus com doze horas no estado L4, ingeriram 2,08 mg por dia de biomassa, correspondente a uma média de 10,5 afídeos, permitindo um ganho de peso médio diário de 0,71 mg. A eficiência de conversão e a taxa de crescimento relativa foi de aproximadamente 21 % e 48 %, respectivamente. Os resultados obtidos no presente estudo sugerem que ambas, A. fabae M. donacis são presas mais adequadas para o desenvolvimento e reprodução de S. subvillosus do que M. persicae.