Departamento de Ciências Agrárias
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Browsing Departamento de Ciências Agrárias by advisor "Arroz, Ana Margarida Moura"
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- Agualva, 2009!: vivências de uma cheia e atribuições de responsabilidadePublication . Neves, Isabel de Jesus Cunha; Rodrigues, António Félix Flores; Arroz, Ana Margarida MouraEsta investigação procura identificar os condicionantes de eventos meteorológicos extremos na freguesia da Agualva, ilha Terceira, Açores, estimar a sua probabilidade de ocorrência, evidenciar as principais vulnerabilidades da freguesia e apreender o modo como estas situações são avaliadas pela população, visando promover uma modificação de práticas que possibilite gerir e atuar de modo mais eficaz perante fenómenos desta natureza. O estudo dividiu-se em duas fases. Na primeira fase, procedeu-se ao levantamento do registo de eventos extremos desta natureza, que tenham ocorrido nessa localidade e ao nível ilha, e na segunda fase, entrevistaram-se cidadãos afetados por um evento pontual, bem como peritos, órgãos do poder local e municipal. Os resultados sugerem que, com base nos 500 anos em análise, enquanto a probabilidade de ocorrência de um evento atmosférico extremo noutra freguesia da ilha Terceira é de apenas 2,7%, na freguesia da Agualva é de 33%, o que significa que o potencial de risco nessa localidade é muito maior do que noutra localidade da ilha. Da análise das entrevistas, foi possível concluir que a maioria dos cidadãos entrevistados consideram que o evento ocorrido em 2009 na freguesia da Agualva foi muito grave e que a sua causalidade foi a força da natureza, tem consciência que poderá voltar a ocorrer um evento desse tipo, devido à orografia do terreno e também por não ter sido um acontecimento isolado. Quanto à controlabilidade, é uma relação entre a incerteza e a vulnerabilidade social, contudo para os entrevistados não se pode controlar uma ocorrência desta natureza. No que se refere à gestão do risco, no período antecedente conseguem identificar os fatores de risco, mas o conhecimento sobre o mesmo não existe, fazendo com que reajam apenas depois do evento. Já no período de ocorrência do evento, reconhecem a existência da coordenação das entidades e autoridades como positiva daí depositarem muita confiança nas mesmas, enquanto no período sucedente ao evento, os cidadãos manifestam um discurso preventivo com a implementação de medidas de reforço de infraestruturas. Finalmente no período pós-catástrofe os cidadãos sentem segurança perante as obras de requalificação que já foram implementadas, contudo sugerem a fiscalização mais regular com aplicação de coimas elevadas, com o objetivo de sancionar a população que apresenta comportamentos anti-ambientais. É de realçar o papel da proteção civil na gestão da catástrofe, uma vez que foi a entidade coordenadora das demais entidades. O trabalho dos agentes sociais, quer assistentes sociais como voluntários, foi eficaz e reconhecido por todos os cidadãos entrevistados. Tanto as autoridades como as entidades que estiveram a prestar auxilio à população, veem da parte dos cidadãos depositado um elevado grau de confiança, devido à sua prestação imediata.
- A comunicação de risco na mitigação das alterações climáticas : como promover práticas pró-ambientaisPublication . Ferreira, Tânia Marisa Cordeiro; Arroz, Ana Margarida Moura; Rodrigues, António Félix FloresNesta investigação coloca-se ênfase na comunicação de risco ou comunicação de risco ambiental como estratégia fundamental de transmissão de conteúdos audiovisuais que poderão conduzir a ações de minimização do risco das alterações climáticas. Nesse contexto, levanta-se a seguinte questão de investigação: Quais serão os atributos necessários a uma comunicação de risco eficaz na alteração de conhecimentos e/ou ações acerca das alterações climáticas e dos seus impactos na paisagem terceirense? Assim sendo, apresenta-se como principal objetivo o seguinte: conhecer/descobrir as ferramentas e estratégias informativas necessárias para criar um dispositivo de comunicação de risco eficaz que se traduza em conhecimentos e/ou ações de mitigação do risco ou das consequências das alterações climáticas globais. São várias as etapas metodológicas necessárias ao desenvolvimento do doutoramento e à concretização do fito da investigação, salientam-se as seguintes: avaliar conhecimentos, perceções ambientais e representações das práticas de indivíduos; elaborar cenários de risco; construir e testar comunicações de risco; identificar os atributos subjacentes a uma comunicação de risco eficaz. As conclusões da presente investigação poderão contribuir para promoção de ações individuais de minimização do risco e para a implementação de medidas de mitigação, numa lógica de governança, envolvendo as dimensões sociais e políticas da gestão pública do risco.
- Consumos juvenis e atitudes ambientais : um estudo exploratório das perspectivas dos alunos do Ensino Secundário na ilha do Pico (Açores)Publication . Pinto, Jacycarla Silva Thé; Gabriel, Rosalina Maria de Almeida; Arroz, Ana Margarida MouraAs problemáticas ambientais ocupam um lugar central nas preocupações da sociedade contemporânea. Partindo da perspectiva do desenvolvimento sustentável e dos questionamentos que o conceito suscita, examina-se o cenário actual de modo a compreender os problemas decorrentes da relação existente entre a sociedade e ambiente. Inúmeros problemas ambientais tem sido estudados no meio académico, mas a questão do consumo emerge como fundamental para uma sociedade sustentável. Assim, este trabalho investiga a compreensão das perspectivas ambientais dos jovens e da sua articulação com as disposições e práticas de consumo. O objectivo principal deste estudo situa-se, assim, ao nível da caracterização das práticas de consumo e atitudes ambientais. A influência exercida pelo nível de consciência ambiental do jovem consumidor e das suas atitudes em relação ao consumo sustentável foram apreciadas, na Ilha do Pico - Açores, através da aplicação de inquéritos por questionário. O trabalho foi realizado dentro das três escolas desta ilha, abrangendo o total dos alunos do secundário e os cursos profissionais, num total de 339 alunos, matriculados. Uma das suas principais mais valias deste estudo reporta-se precisamente ao facto de disponibilizar informação relativamente à generalidade dos alunos do ensino secundário na Ilha do Pico. Quando questionados em relação aos critérios de consumo, os jovens, na sua maioria, responderam que compravam por “Gostar”, resposta que sinaliza alguma irreflexão. No entanto a questão ambiental não lhes passa despercebida. De acordo com as respostas obtidas na aplicação da escala do Novo Paradigma Ecológico, a prudência representa a norma subjectiva deste grupo, incluindo mais de metade dos jovens (58,6%). O peso relativo da confiança, de cerca de um quinto dos inquiridos (19,7 + 2,6%) é ainda menor se atendermos a que a generalidade convive com crenças de carácter aparentemente irreconciliável e típicas dos dois paradigmas em presença na escala NEP. Na percepção destes jovens as soluções para os problemas ambientais relacionados com o consumo é uma responsabilidade directa dos seres humanos. No geral as respostas dos inquiridos deixam subentender a necessidade de um maior debate público sobre o tema, de forma que haver maior consciencialização e responsabilização individual. Espera-se que esta pesquisa possa contribuir para o delineamento de políticas e programas de intervenção no âmbito da cidadania, de modo a ajudar na formação de jovens mais ambientalmente conscientes do impacto das suas atitudes e valores, sobre o meio ambiente. Espera-se ainda contribuir para o desenvolvimento do conhecimento sobre a articulação entre a consciência ambiental e o consumo em jovens portugueses.
- Desperdício de produtos hortofrutícolas percebido por famílias de uma freguesia citadina nos AçoresPublication . Marinho, Maria Cristina da Silva Ribeiro; Gabriel, Rosalina Maria de Almeida; Arroz, Ana Margarida Moura; Elias, Rui Miguel Pires Bento da SilvaCerca de metade da comida produzida em todo o mundo vai para o lixo. Muitos fatores contribuem para o desperdício, envolvendo aspetos da cadeia de produção tão diversos quanto os modelos intensivos de produção adotados, as condições inadequadas de armazenamento e transporte ou até as promoções que encorajam os consumidores a comprar em excesso. Nos últimos tempos têm surgido vários estudos relacionados com o desperdício alimentar, reconhecendo-o como um caso bem ilustrativo de insustentabilidade, pelas significativas consequências sociais, ambientais e económicas que comporta. Várias facetas do problema estão relacionadas com as escolhas e comportamentos dos consumidores, não só pelas quantidades que compram ou pelas estratégias de conservação que utilizam, mas também pelos critérios de consumo que orientam as suas compras. Em que medida o aspeto, a cor e o formato da fruta e dos legumes serão mais ou menos determinantes na escolha dos frescos do que outras questões como a imoralidade da fome e ética do mercado, a insustentabilidade ambiental ou a proteção do mercado regional, por exemplo? Perceber em que medida os terceirenses estarão despertos para esta problemática levou à realização de um inquérito, por questionário hétero-administrado, que visa caracterizar as perspetivas de 200 famílias da freguesia de Santa Luzia (Angra do Heroísmo, ilha Terceira, Açores) acerca da dimensão do desperdício de produtos hortofrutícolas no mundo e as representações que fazem das suas práticas de consumo e de desperdício. Pretendeu-se que os resultados deste estudo permitissem perceber o grau de consciencialização das pessoas relativamente a este fenómeno e identificar os motivos que lhe subjazem, podendo contribuir para fundamentar a conceção de programas de intervenção que visem reduzir o desperdício alimentar. Daí que se tenha dado uma ênfase particular à exploração da recetividade dos inquiridos a produtos que, mantendo a qualidade nutricional, não pertencem à norma elitista dos mais perfeitos, belos e viçosos exemplares. [...].
- Objeto de desejo e estratégia de marketing: um estudo do valor de uso da natureza na publicidade televisiva de dois canais portuguesesPublication . Santos, Isabel Cristina Vaz; Arroz, Ana Margarida Moura; Dentinho, Tomaz Lopes Cavalheiro PonceAssiste-se actualmente a uma visibilidade crescente dos problemas ambientais, da mesma forma que as problemáticas da sustentabilidade e da protecção da biodiversidade começam a afirmar-se nas agendas políticas nacionais e internacionais. Mas que papel têm desempenhado os media nesta consciencialização ambiental? A audibilidade conquistada pelos media junto da generalidade dos portugueses e, em particular da televisão, bem como o seu estatuto de opinion makers – documentados por diversas sondagens nacionais do OBSERVA – vêm sublinhar a relevância de procurar perceber que papel têm desempenhado na sensibilização ambiental dos cidadãos. No entanto, o presente estudo não se debruça sobre o papel dos media na divulgação explícita desta agenda, mas sobre as representações sociais da relação dos seres humanos com a Natureza que são disseminadas através da publicidade, uma vez que para promover a proximidade dos consumidores ela veicula representações e estereótipos dominantes na sociedade, ao mesmo tempo que o seu poder de persuasão a torna um poderoso instrumento pedagógico. Esta pesquisa procura descortinar que modelos de intereacção entre seres humanos e natureza são veiculados pelos anúncios televisivos de modo a dar resposta a uma questão essencial relativa à caraterização das actuais representações sociais da Natureza, pelo carácter constintuinte que estas podem desempenhar na promoção da sustentabilidade na nossa relação com o ambiente. Por meio de revisão de literatura, pesquisa documental, e análise de conteúdo de uma amostra da publicidade emitida em dois canais nacionais, este estudo permitirá, também, reflectir sobre as concepções de natureza existentes, visando contribuir com esta desconstrução crítica para uma tomada de consciência do papel que um dos principais veículos de comunicação social está a desempenhar em prol da protecção e respeito pela Natureza. No nosso estudo foram analisados 284 anúncios, de entre os quais 40 manifestaram a presença da natureza. A sua presença na maior parte dos anúncios, reverte-se para segundo plano, uma vez que a intenção é promover um determinado produto recorrendo a esta temática como contexto ou como meio para o subsidiar. Numa percentagem inferior, a natureza aparece como protagonista da narrativa, em anúncios de turismo cujo objectivo é "vendê-la" como um destino de férias, ou em anúncios que a focam como algo a respeitar e a proteger.
- Reinventar o futuro em sintonia com a identidade : traçado de uma ecovia que potencie os patrimónios natural e cultural dos terceirensesPublication . Ribeiro, Flora Simões; Arroz, Ana Margarida Moura; Pereira, Dinis Manuel TeixeiraA ilha Terceira, sendo uma ilha do arquipélago dos Açores, com cerca de 400 km2, torna possível e fácil a deslocação das pessoas de bicicleta, diminuindo o impacto dos combustíveis fósseis. Como a velocidade atingida é inferior à de um carro, é possível apreciar a natureza omnipresente sem lhe causar grande impacto. O acentuado crescimento de um turismo de natureza nas ilhas vem, a par do incremento de estilos de vida saudáveis junto dos residentes, reforçar a necessidade de criar condições para que as pessoas possam usufruir deste meio de transporte alternativo, desfrutando em segurança dos recursos paisagísticos existentes. É, neste sentido, que surge a ideia de criar uma ecovia. A sua implementação exige, todavia, que seja ponderado um conjunto de vertentes tão distintas quanto: as questões climáticas e orográficas do terreno, os recursos naturais e culturais, o ordenamento do território, as infraestruturas existentes, entre outras. Para a escolha do traçado, que melhor valorize estas caraterísticas, foi necessário recorrer a um conjunto de informações indagadas pela investigadora e ao saber especializado e processado de peritos, através de entrevistas, que sustentaram posições muito distintas sobre esta questão. A informação recolhida foi projetada em diferentes mapas, através dos SIG, possibilitando o traçado de diferentes cenários possíveis, dividido em vários troços, que delimitaram as áreas com maior aptidão para implementação de uma ecovia na Ilha Terceira. Desta forma, a metodologia adotada assumiu um caráter multidisciplinar, desenvolvida em três momentos distintos: no tratamento de recolha de dados, no processo de análise de dados e na apresentação e discussão dos resultados obtidos da 1ª proposta do traçado edafoclimático e da 2ª proposta do traçado com a valorização dos patrimónios naturais e histórico-culturais da ecovia, bem como a apresentação das conclusões. A proposta do traçado final é a mais confiável para a implementação de uma ecovia na Ilha Terceira, pois resultou de uma metodologia diversificada e robusta, que emergiu do conhecimento de profissionais, recolhido e testado através de métodos e ferramentas, tornando-se crucial para estar à altura do dinamismo exigido por este projeto.