Publication
Situação das Flores e do Corvo nos séculos XVI e XVII
dc.contributor.author | Lages, Geraldo | |
dc.date.accessioned | 2009-09-21T10:55:42Z | |
dc.date.available | 2009-09-21T10:55:42Z | |
dc.date.issued | 2000 | |
dc.description.abstract | Se é verdade que os Açores, graças a uma famigerada insularidade foram marginalizados no conjunto do território português, é igualmente certo que no seu interior reproduziram idênticas desigualdades regionais. As ilhas do grupo Ocidental sofriam particularmente esta situação porque estavam para as outras como todas elas para o país, isto é mais distantes e mais entregues a si próprias. Duplamente marginalizadas, as Flores e o Corvo sentiam com maior intensidade as suas adversidades porque, mais do que as outras ilhas, apenas podiam contar com os seus escassos meios. A administração régia, que nunca se distinguiu por uma notável energia em impor a sua supremacia nos Açores, parecia ainda menos empenhada nestas duas ilhas, tão pequenas, longínquas e pobres de recursos. Por isso chegou ali tão tarde e, mesmo assim, mais teórica do que real até ao advento do Liberalismo. Será a partir dos anos 30 do século XIX que a administração central portuguesa se estende efectivamente à Flores e ao Corvo, embora sempre atrasada em relação ao resto do arquipélago. Como as assimetrias também existiam no grupo Ocidental, em benefício da ilha maior – sede dos organismos locais da administração – caía sobre o minúsculo Corvo o maior peso das desvantagens de ambas. Este longo abandono atirou os habitantes das Flores e do Corvo para uma miséria tal que condoía os que pela primeira vez ali chegavam. Almeida Garrett definiu-os como o opróbrio da humanidade. Outro afirmou que o regime de vida e a opressão imposta àquela gente envergonhavam a humanidade inteira. Contudo o abandono a que foram votados só existia no que tocava às responsabilidades do Estado e do senhorio porque quanto às obrigações materiais dos ilhéus não havia esquecimentos. Todos os anos os capitães-donatários mandavam, sem falta, navios seus para recolherem as rendas que lhes eram devidas. [...] | pt |
dc.identifier.citation | "ARQUIPÉLAGO. História". ISSN 0871-7664. 2ª série, vol. 4, nº 2 (2000): 29-88 | pt |
dc.identifier.issn | 0871-7664 | |
dc.identifier.uri | http://hdl.handle.net/10400.3/306 | |
dc.language.iso | por | pt |
dc.publisher | Universidade dos Açores | pt |
dc.relation.ispartofseries | História. 2ª série;vol. 4(2) | |
dc.rights.uri | openAccess | en |
dc.subject | História dos Açores (sécs. XVI-XVII) | pt |
dc.subject | Ilha do Corvo (sécs. XVI-XVII) | pt |
dc.subject | Ilha das Flores (sécs. XVI-XVII) | pt |
dc.title | Situação das Flores e do Corvo nos séculos XVI e XVII | pt |
dc.type | journal article | |
dspace.entity.type | Publication | |
oaire.citation.endPage | 88 | pt |
oaire.citation.startPage | 29 | pt |
oaire.citation.title | ARQUIPÉLAGO - Revista da Universidade dos Açores | pt |
rcaap.type | article | pt |