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Desde os contactos preliminares com S. Tomé e Príncipe, as instâncias lisboetas manifestaram uma óbvia curiosidade pela realidade local, especialmente pelos elementos da sua natureza susceptíveis de rendibilização. Em resposta a esta expectativa, alguns agentes régios elaboraram reproduções pormenorizadas do quadro orográfico, metereológico, hidrográfico, mineralógico, botânico e zoológico da zona. Simultaneamente, portugueses e estrangeiros em escala durante travessias transatlânticas proporcionaram
esclarecimentos de teor náutico, astronómico, cosmográfico e topográfico
acerca da área circundante nos seus diários de bordo e nas suas impressões de viagem.
Efectivamente, a partir de Quatrocentos a abertura de novos mundos incrementou o desenvolvimento do espírito de exploração e de registo experiencial proto-científico, atitude que fomentou a divulgação de fenómenos inéditos ocorridos no perímetro do golfo da Guiné. Esta demonstração de espanto perante o desconhecido teve como pioneiros o alemão Valentim Fernandes em 1506 e o piloto anónimo em 1545. Nas centúrias seguintes encontrou adeptos, por exemplo, no navegante Jean Barbot ou no escrivão de artilharia Bailly, cujas narrativas remataram as suas breves estadias de 1699 e de 1709, que se desenrolaram no âmbito de um retorno do Calabar à América no caso inicial e no decurso de uma incursão corsária no último. Subsequentemente, em 1770, numa conjuntura de reforma do ensino das Ciências
Naturais na Faculdade de Filosofia da Universidade de Coimbra, seria a vez do padre Cipriano Mendes, morador na ilha, tomar a iniciativa da organização
de expedições de recolha e de classificação de minerais, plantas e animais. Correspondente do célebre botânico Domingos Vandelli, o eclesiástico seria por este incentivado à remessa de amostras destinadas a análise. [...]
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Keywords
Património Arquitectónico História de São Tomé e Príncipe
Citation
"ARQUIPÉLAGO. História". ISSN 0871-7664. 2ª série, vol. 8 (2004): 47-75