Publication
Curiosidades numéricas : Das origens do zero aos desafios do novo milénio
dc.contributor.author | Teixeira, Ricardo Emanuel Cunha | |
dc.date.accessioned | 2015-09-14T15:24:31Z | |
dc.date.available | 2015-09-14T15:24:31Z | |
dc.date.issued | 2015-08-31 | |
dc.description.abstract | (...) Tal como os babilónios, os maias do México e da América Central criaram um sistema de numeração posicional. A diferença é que o sistema era vigesimal, de base 20. Os maias também recorriam ao zero para a escrita dos números e utilizavam dois tipos de dígitos (...) O sistema de numeração indiano acabou por evoluir de um sistema do tipo grego para um sistema do tipo babilónico (...) Os indianos encararam com naturalidade a existência de números negativos, bem como da reta numérica em que o zero assumia finalmente o estatuto de número com a posição estratégica de separar os números positivos dos negativos. (...) A própria palavra “zero” tem raízes hindu-árabes. O nome indiano para zero era sunya, que significava “vazio”. Os árabes transformaram-no em sifr. Por sua vez, os ocidentais adotaram uma designação que soasse a latim – zephirus, que é a raiz da nossa palavra “zero”. (...) No Ocidente, o medo do infinito e o horror ao vazio perpetuaram-se durante séculos. Partindo do universo pitagórico, Aristóteles e Ptolemeu defendiam um cosmos finito em extensão, mas cheio de matéria. O universo estava contido numa “casca de noz” revestida pela esfera das estrelas fixas. (...) A falta do zero não só impediu o desenvolvimento da Matemática no Ocidente como, indiretamente, introduziu alguma confusão no nosso calendário. Todos nos lembramos das dúvidas que surgiram com a viragem recente de século e milénio: deveríamos festejar a mudança de século e milénio na passagem de ano de 1999 para 2000 ou de 2000 para 2001? A resposta correta é a segunda opção e a justificação é simples: o nosso calendário não contempla o zero. (...) Com o Renascimento, o universo de casca de noz partiu-se, o vazio e o infinito ultrapassaram por completo os preconceitos da fundação aristotélica da Igreja e abriram caminho para um desenvolvimento notável da ciência e, em particular, da Matemática. O zero assumiu um papel chave no desenvolvimento de várias áreas da Matemática, entre elas destaca-se o cálculo diferencial e integral. O edifício matemático, que outrora tinha sido alicerçado partindo da necessidade de contar ovelhas e demarcar propriedades, erguia-se agora bem alto: as regras da Natureza podiam ser descritas por equações e a Matemática era a chave para desvendar os segredos do Universo. (...) O zero não pode ser ignorado. De facto, o zero está na base de muitos dos segredos do Universo, a desvendar neste novo milénio. | pt_PT |
dc.identifier.citation | Teixeira, Ricardo C. (2015). "Curiosidades numéricas: Das origens do zero aos desafios do novo milénio", «Atlântico Expresso», 31 de agosto de 2015: p. 17. | pt_PT |
dc.identifier.uri | http://hdl.handle.net/10400.3/3483 | |
dc.language.iso | por | pt_PT |
dc.publisher | Gráfica Açoreana, Lda. | pt_PT |
dc.subject | Matemática | pt_PT |
dc.subject | Divulgação Científica | pt_PT |
dc.subject | Sistemas de Numeração | pt_PT |
dc.subject | Zero | pt_PT |
dc.title | Curiosidades numéricas : Das origens do zero aos desafios do novo milénio | pt_PT |
dc.type | periodical | |
dspace.entity.type | Publication | |
oaire.citation.conferencePlace | Ponta Delgada, Açores | pt_PT |
oaire.citation.endPage | 17 | pt_PT |
oaire.citation.startPage | 17 | pt_PT |
oaire.citation.title | Atlântico Expresso | pt_PT |
rcaap.rights | openAccess | pt_PT |
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