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  • UAc lidera equipa de estudo sobre a pobreza em Portugal
    Publication . Diogo, Fernando
    […]. A pobreza em Portugal é um dos principais desafios ao desenvolvimento do país. Esta afirmação fundamenta-se, em primeiro lugar, no elevado número de indivíduos nessa situação. Desde 2003, com muitas oscilações, este número situa-se à volta dos 18%. Quase um quinto da população nacional. Além disso, a pobreza está associada a diversos efeitos sistémicos que a condicionam e reproduzem. É difícil estabelecer as relações de causa e efeito destes efeitos sistémicos, simplesmente conseguimos perceber que estão associados à pobreza: referimo-nos a questões nas áreas da saúde, da educação, do emprego, da cidadania, da regulação do estado (como a relativa incapacidade de dominar a economia paralela ou os vínculos laborais à margem da lei), das políticas públicas (como as transferências de rendimentos ou a conciliação trabalho-família), da produtividade, da especialização produtiva da economia portuguesa (em setores de atividade onde se paga mal e onde a economia paralela é importante, como a construção civil ou o turismo). […].
  • Desigualdades de género e pobreza nos Açores
    Publication . Diogo, Fernando; Rocha, Gilberta
    Os Açores são um território e uma sociedade onde as desigualdades de género assumem algumas peculiaridades no contexto nacional, de que a violência doméstica é um exemplo (Rocha et al., 2010). Existem, aliás, diversas questões sociais em que apresentam um ritmo próprio e algo distinto do conjunto do País. Por exemplo, na atividade feminina, na escolaridade e na escolarização dos estudantes, como também na dinâmica demográfica (A. Diogo, 2008; Palos, 2002; Rocha, 1991, 2015; Rocha et al.,2010, 2012, 2016). Essas diferenças também são visíveis na problemática da Pobreza, quer no peso dos beneficiários do RSI na população residente, quer na própria taxa de risco de pobreza, como a seguir se verá. As desigualdades de género são uma temática estruturante da análise sociológica, tanto no passado, como no presente, neste caso em aspetos que estão intimamente relacionados com as transformações profundas do papel da mulher na modernidade, e que apontam para a sua maior vulnerabilidade social (Silva, 2016), designadamente no mundo laboral. A entrada da mulher no mercado de trabalho fez-se mais tardiamente nos Açores, pois em 1981, enquanto que as mulheres empregadas representavam na média nacional, 29% do total, nos Açores o valor era de apenas 11,8%. A maior participação feminina observada nos anos posteriores fez diminuir as diferenças entre os Açores e o País no seu conjunto, mantendo, todavia, a Região valores ligeiramente inferiores. Considerando a Taxa Bruta de Atividade em 2011, estes são de 40,1% e 43,9%, respetivamente (Rocha et al., 2016: 273). Além disso, há cerca de 20 anos, com consequências no tempo presente, verificava-se que “as mulheres evidenciam uma saída da vida activa mais precoce do que os homens, pois o volume de mulheres que permanece em atividade começa a reduzir-se após os 35 anos, ficando o sustento da família a cargo do marido.” (Rocha et al., 1999: 85).