ARQ - Hist1s - Vol 11 (1989)
Permanent URI for this collection
Artigos publicados no Vol. 11 (1989)
CONTEÚDO:
GONZÁLEZ JIMÉNEZ, Manuel - La Baja Andalucía a fines del medievoMORENO, Humberto Baquero - A situação política em Portugal nos finais da Idade Média e os reflexos na expansão ultramarina
CARAMELO, Francisco José Gomes - A sociedade de Judá perante as invasões neo-babilónicas do século VI a.C. : clivagens sociais e políticas
MARTINS, Rui Cunha - O espaço, essa grande escultura : para uma geografia política do período suevo-visigótico
LALANDA, Maria Margarida de Sá Nogueira - A política externa de D. Afonso IV (1325-1357)
RILEY, Carlos Guilherme - Da origem inglesa dos Almadas : genealogia de uma ficção linhagística
CONDE, Manuel Sílvio Alves - Um património tomarense nos finais da Idade Média : os bens de Beatriz Fernandes Calça Perra
DIAS, Fátima Sequeira - Moisés Sabat, um caso de insucesso na comunidade hebraica de Ponta Delgada no século XIX (...-1864)
Recensões Críticas e Nota de Leitura
Browse
Recent Submissions
- Moisés Sabat, um caso de insucesso na comunidade hebraica de Ponta Delgada no século XIX (...-1864)Publication . Dias, Fátima Sequeira"Este pequeno estudo que agora publicamos insere-se no âmbito de um trabalho de maior envergadura que estamos a realizar sobre a importância da comunidade hebraica na economia açoriana durante o século XIX e alvores do século XX. Baseia-se este estudo em numerosas fontes históricas dispersas pelos nossos arquivos regionais e, sobretudo no riquíssimo acervo documental da casa «Bensaúde e C.ª Ldt.» e da extinta firma de «José Bensaúde e Herdeiros». Neste sentido, está longe de nós a pretensão de aprofundar neste pequeno apontamento um tema tão rico e ao mesmo tempo tão controverso. Assim, vamos tão só estudar o percurso comercial de Moisés Sabat que, para além de não ter feito fortuna, constatou a penhora e presenciou a falência da sua casa comercial. […]".
- Um património tomarense nos finais da Idade Média : os bens de Beatriz Fernandes Calça Perra.Publication . Conde, Manuel Sílvio Alves"Como se sabe, não é fácil, hoje, proceder ao estudo de patrimónios laicos medievais, já que as fontes para tal necessárias quase sempre desapareceram. Ora os instrumentos sucessórios da tomarense Beatriz Fernandes Calça Perra chegaram até nós, através de um traslado dos originais, e permitem-nos proceder a uma avaliação, se bem que genérica, dos bens possuídos por aquela senhora. O facto de haver estipulado a celebração perpétua de missas por sua alma, deixando para tal uma generosa dotação de bens de raiz e designando provedor do testamento o vigário de Tomar, impediu que aqueles documentos se tivessem perdido. […]".
- Da origem inglesa dos Almadas : genealogia de uma ficção linhagística.Publication . Riley, Carlos Guilherme"Em 1641, logo após a Restauração, D. Antão de Almada é enviado por D. João IV como chefe de uma embaixada ao Rei de Inglaterra e, na carta a este dirigida, o monarca português frisa que «me pareceo enviar a V. Mgde. por meus embaixadores a D. Antão de Almada do meu concelho que tem origem da antígua nobreza de Inglaterra». Por meados do século XVII já se via assim consagrado, e pela boca do fundador da dinastia de Bragança, um dos aspectos mais prezados da memória linhagística dos Almadas: a origem inglesa da família. Situação a diversos títulos peculiar porque, primeiro, é o próprio rei português a corroborar a componente imaginária que molda o mito fundacional dos Almadas e, segundo, porque esse aspecto particular da sua tradição linhagística era, à altura, de uma extrema modernidade. […]".
- A política externa de D. Afonso IV (1325-1357).Publication . Lalanda, Margarida Sá Nogueira"A história das relações diplomáticas pode ser apresentada sob várias ópticas. Pierre Renouvin, que dirigiu a publicação de uma importante obra sobre este tema, considera três grandes correntes: a tradicional, que atribui a primazia às relações entre governos, detendo-se profundamente nos interesses políticos das negociações e dos papéis desempenhados pelos seus mentores; uma segunda perspectiva coloca a tónica não nas conjunturas mas sim na longa duração, nas relações entre os povos, baseadas nas suas estruturas ambientais e económicas; a última tendência considerada apenas diverge da anterior ao eleger como trave-mestra não a economia mas os sentimentos nacionais e os comportamentos colectivos de cada povo. O volume de informação disponível reparte-se, habitualmente, de forma muito desigual pelos três tipos de estudo, cabendo o quinhão maior à história político-diplomática e reduzindo-se consideravelmente no que se refere à história psicológica; quanto às estruturas económicas, o seu conhecimento tem-se vindo a enriquecer, graças sobretudo ao aproveitamento de alguns textos até há algumas décadas subestimados, mas o seu volume não atinge ainda o das fontes de cariz político. Deste modo se explica que a primeira das citadas correntes historiográficas continue a ocupar lugar de destaque, embora tenha já perdido o quase-monopólio de que usufruiu até cerca de 1940-1950. O presente estudo situa-se preferencialmente neste preciso campo da história político-diplomática, mas tem como preocupação norteadora considerar as relações entre a Coroa portuguesa e as restantes como ligações pessoais e não, à semelhança dos dias de hoje, como relações entre Estados. […]".
- O espaço, essa grande escultura : para uma geografia política do período suevo-visigótico.Publication . Martins, Rui Cunha"[…]. Procuraremos, nesta breve abordagem, contribuir para o estabelecimento de uma geografia política da presença germânica no espaço do actual território português, susceptível de aclarar os contornos da história de Suevos e Visigodos e de, por essa via, constituir ponto de partida para posteriores trabalhos de síntese. Proceder à nomeação das fontes disponíveis e enunciar as condições da sua utilização será o primeiro passo. Procuraremos, em seguida, mediante a apresentação de alguns resultados da investigação efectuada para a zona da Beira interior suevo-visigótica, perspectivar vias de investigação possíveis. […]".
- A sociedade de Judá perante as invasões neo-babilónicas do século VI a.C. : clivagens sociais e políticas.Publication . Caramelo, Francisco José Gomes"O séc. VI a.C. significou para o reino de Judá o fim da sua independência política mas, na realidade, foi todo um projecto ambicioso de Estado, à medida das grandes potências tradicionais que se desvaneceu. O projecto davídico e salomónico, que beneficiara do estado de letargia que atravessaram Egipto e potências mesopotâmicas, revelava-se agora uma ilusão pois o Egipto voltava a ter pretensões nos territórios da Síria e Palestina e tanto a Assíria como a Babilónia regressavam à sua ideia quase arquetípica e sempre presente no imaginário político das suas dinastias de unir o Mar Inferior ao Superior. Primeiro Israel, no séc. VIII a.C., e depois Judá, no séc. VI a.C., acabaram por sucumbir aos grandes interesses estratégicos, económicos e comerciais na região. […]"
- A situação política em Portugal nos finais da Idade Média e os reflexos na expansão ultramarina.Publication . Moreno, Humberto Baquero"São muitos os problemas com que se debate Portugal no decurso do século XV. A raiz deles assenta essencialmente na circunstância de D. João I ser um rei que surgiu a partir duma revolução, tendo sido eleito no exercício dessas funções em 6 de Abril de 1385, precisamente nas Cortes de Coimbra, vendo-se obrigado para isso a fazer imensas concessões aos seus apoiantes, o que criou entre a nobreza um espírito favorável à obtenção de sucessivos privilégios. Não cabe aqui discutir quem foram os seus partidários, sendo mais as teorias existentes acerca da origem social dos mesmos do que propriamente um conhecimento sistemático que terá de assentar forçosamente na análise da vasta e rica documentação que se encontra na Chancelaria de D. João I.. […]"
- La Baja Andalucía a fines del medievoPublication . González Jiménez, Manuel"[…]. Qué entendemos por Baja Andalucia? Desde un punto de vista geográfico, la zona objeto de nuestro estudio se correspondería - aunque es ésta una cuestión no del todo dilucidada - con el tramo final del valle del Guadalquivir, dentro del cual se incluyen algunos sectores de las actuales provincias de Sevilla, Cádiz y Huelva. Pero más que lo definido en función de criterios puramente geográficos nos interesa atenernos a una realidad que se ha ido conformando con sus peculiaridades gracias a la acción de los hombres. Y, en este sentido, la Baja Andalucía no es sólo la zona donde río, marismas, esteros, rías y costas configuran un paisaje homogeneo, a pesar de su variedad. La Baja Andalucía es, ante todo, una zona donde se ha configurado un determinado tipo humano y, en especial, una peculiar relación de dependencia entre el hombre y el agua, o, si se quiere, entre los hombres y los caminos del agua, y, ante todo, entre los hombres y la mar. Este es el mundo del que hablaremos: el mundo de las costas de la Baja Andalucía, un mundo ciertamente presidido por Sevilla, la retaguardia de la comarca, a la que confluyen - desde Ayamonte a Gibraltar todos los caminos -, pero de rasgos propios bien definidos. Sevilla, por tanto, quedará un tanto en sombras, aunque será inevitable referirse a ella cada vez que sea necesario para situar los hechos dentro de su contexto histórico real. […]"