Departamento de Geociências
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Browsing Departamento de Geociências by Subject "Água Subterrânea"
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- A água envergonhadaPublication . Cruz, José Virgílio; Coordenação e edição de Ana Teresa Alves (FCSH-UAc)Em algum momento já jogaste às escondidas? Se sim, sabes bem o esforço que os teus amigos fizeram para te encontrar. Com a água subterrânea é similar: está no subsolo, muitas vezes a grande profundidade e ao longo de um tempo apreciável, e só a podemos usar para matar a sede quando a trazemos à superfície. Ou então, quando perde a timidez e brota à superfície em nascentes.
- Águas subterrâneas : um recurso natural estratégico nos AçoresPublication . Cruz, José Virgílio[…]. Em regiões vulcânicas, como os Açores, a ocorrência, circulação e armazenamento da água subterrânea apresenta especificidades bem contrastantes com outros meios geológicos. Estas particularidades resultam, em primeiro lugar, da própria edificação das ilhas, a partir de inúmeras erupções vulcânicas de magnitude e tipologia diversas e, em segundo lugar, de fatores secundários, que podem incrementar ou diminuir o potencial original das formações rochosas como aquíferos, como a alteração ou a fracturação das rochas. Estudos de base realizados pela equipa do CVARG permitiram a inventariação de 1673 nascentes e 150 furos de captação, cuja distribuição no arquipélago patenteia grandes assimetrias, o que reflete a heterogeneidade inerente ao comportamento hidrogeológico do meio vulcânico, para além dos contrastes geomorfológicos e climáticos existentes. […].
- Estudo hidrogeológico do flanco norte do vulcão central do fogo (São Miguel - Açores)Publication . Cabral, Letícia Mónica Raposo; Cruz, José Virgílio de Matos Figueira; Coutinho, Rui Moreira da SilvaO estudo hidrogeológico do flanco norte do vulcão central do Fogo (São Miguel, Açores) consistiu na caracterização hidrogeoquímica de 46 pontos de água subterrânea, complementada pelo estudo de 12 pontos de água superficial na bacia hidrográfica da Ribeira Grande. Com o propósito de compreender a evolução hidrogeoquímica das águas, realizaram-se três amostragens, entre janeiro e junho de 2012, para registo da variação dos parâmetros físico-químicos das águas e para determinação dos catiões e aniões em solução. A caracterização hidrogeoquímica das águas subterrâneas no que diz respeito à temperatura (12,3ºC - 82,3ºC) contempla um número significativo de águas termais ortotermais e hipotermais. Os valores da condutividade média determinados em cada amostragem (respetivamente iguais a 330 μS/cm, 291 μS/cm e 425 μS/cm) indicam a presença de águas pouco mineralizadas Os valores de pH registados (entre 2 e 7 unidades de pH) indicam a presença de águas neutras e de águas com um caráter ácido muito pronunciado (fumarolas). Quanto à dureza total, de um modo geral são classificadas como águas brandas, apresentando valores de dureza total inferiores a 50 mg CaCO3/L. A avaliação do estado de equilíbrio das águas subterrâneas revela a subsaturação destas em calcite, dolomite e sílica amorfa e a sobressaturação em quartzo. No que respeita ao índice de saturação em calcedónia, encontram-se águas subsaturadas e sobressaturadas. As fácies hidrogeoquímicas predominantes nas águas subterrâneas são cloretadas sódicas, bicarbonatadas sódicas, sendo que se encontram fácies sulfatadas sódicas e águas cuja composição química se apresenta como uma mistura das fácies anteriormente referidas. Os principais processos hidrogeoquímicos modificadores da composição das águas subterrâneas são a interação água-rocha (em particular a dissolução de silicatos), a absorção de voláteis vulcânicos, a mistura com fluidos hidrotermais e o aquecimento por vapor. Por sua vez, as águas superficiais apresentam fácies hidrogeoquímicas bicarbonatadas sódicas a cloretadas sódicas, e, um ponto de recolha com fácies sulfatada sódica (refª14). A mistura com água subterrânea, enriquecida em determinados elementos, é a principal justificações para a evolução hidrogeoquímica apresentada pelas águas superficiais estudadas, não obstante a influência dos fatores ambientais, que também se fazem notar. Os resultados obtidos foram, ainda, relacionados com as classes de uso do solo presentes na área, a fim de se compreender a influência destas no quimismo apresentado pelas águas, mais propriamente nas concentrações das mesmas em nitratos. Considerando os valores médios de nitrato, todas as águas analisadas apresentam valores inferiores aos limites definidos por lei.
- Modelo de gestão dos recursos hídricos nos Açores : evolução e análise críticaPublication . Soares, Nuno Marco Botelho; Cruz, José Virgílio de Matos Figueira; Coutinho, Rui Moreira da SilvaA água é o principal elemento para a existência da vida na Terra, e todos os seres vivos dependem deste recurso para sobreviver. Apesar de ser o recurso mais abundante no planeta, a água hoje é um bem escasso, e ao contrário do que se possa imaginar, este é um recurso finito. A depleção da água é um tema cada vez mais debatido, sendo que existem atualmente muitos estudos no sentido de criarem soluções que diminuem o seu consumo, quer seja através do seu aproveitamento sustentável, quer pela redução direta da sua utilização. O objetivo desta dissertação tem como principal vertente investigar junto de responsáveis pela gestão de recursos hídricos e partes interessadas particularmente relevantes, a perceção do sucesso da gestão da água em geral. Acessoriamente, pretendeu-se fazer um diagnóstico e análise crítica da situação atual, incluindo a avaliação da perceção do cumprimento das disposições legais sobre a matéria. Para este efeito procedeu-se à aplicação de um inquérito que visou avaliar a perceção por parte dos respondentes sobre o atual estado da gestão dos recursos hídricos na Região Autónoma dos Açores junto de inquiridos que exercem a sua atividade profissional em partes interessadas na matéria. Para isso foram realizados 43 inquéritos, divididos por quatro entidades distintas, nomeadamente junto de respondentes de entidades públicas responsáveis pela gestão da água a nível regional e local, da Universidade dos Açores e de uma consultora especializada. Cada inquérito era composto por um total de 23 perguntas, tendo 5 respostas possíveis para cada uma das mesmas. Os resultados obtidos, junto dos diversos técnicos das quatro entidades inquiridas, ajudaram a compreender a perspetiva que estas têm, sobre a gestão dos recursos hídricos na Região Autónoma dos Açores.
- Perceção de estudantes da Universidade dos Açores relativamente à ocorrência, importância e gestão da água subterrânea nos AçoresPublication . Rodrigues, Raquel Maria Pereira; Rego, Isabel Maria Cogumbreiro Estrela; Cruz, José Virgílio de Matos Figueira; Coutinho, Rui Moreira da SilvaA água subterrânea constitui um recurso natural estratégico na Região Autónoma dos Açores, o que se traduz pelo facto das origens subterrâneas explicarem cerca de 98% do volume captado para abastecimento no arquipélago, pelo que urge desenvolver medidas que promovam a sua valorização e proteção. Na senda da uma gestão sustentável da água subterrânea é imperioso estabelecer um modelo de governança adequado, para o qual o conhecimento e a disseminação de informação é essencial, por forma a que, entre outros aspetos, se promova a capacitação do público, em geral, e das partes interessadas, em particular. Na medida que a capacitação é um pilar essencial da participação pública, e assim, sucessivamente, da moderna governação e gestão sustentável dos recursos hídricos, a avaliação da perceção do público relativamente à ocorrência, importância e gestão da água subterrânea é imprescindível, abrangendo aspetos hidrogeológicos e socioeconómicos, pois só assim se poderá analisar o grau de conhecimento sobre o tema e como cada pessoa se relaciona com estes recursos. Neste contexto, o presente trabalho, realizado no âmbito do Mestrado de Vulcanologia e Riscos Geológicos (Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade dos Açores), teve como objetivo avaliar a perceção de estudantes de cursos de 1.º ciclo da Universidade dos Açores relativamente à ocorrência, importância e gestão da água subterrânea nos Açores. Para este efeito elaborou-se um inquérito, que foi respondido por 353 alunos de licenciatura no decurso do ano letivo de 2021/2022. Para além da análise global de resultados, e para efeito de tratamento de dados, a amostra foi ainda subdividida em dois grupos, um com os estudantes dos cursos da área de Ciências Naturais e Tecnologias (186 inquiridos; 52,7% da amostra total) e outro de Ciências Sociais e Humana (167 inquiridos; 47,3%). Os resultados obtidos revelam que os inquiridos revelam um conhecimento razoável relativamente à génese da água subterrânea e à correspondente fração do volume de água doce existente na Terra. Os estudantes valorizam em especial a utilização da água subterrânea para o abastecimento doméstico e à agricultura, embora não considerem que as captações deste recurso sejam mais importantes que o aproveitamento de massas de água de superfície (lagos e rios). Valorizando a componente socioeconómica os aspetos mais apreciados pelos estudantes inquiridos correspondem efetivamente ao consumo humano (ingestão, manipulação de alimentos, higiene, e associadamente a saúde), à supressão das necessidades agrícolas e da pecuária, e à manutenção dos serviços ecossistémicos. Os focos de poluição agrícola (difusa) e industrial (pontual) são os mais valorizados pelos estudantes. Verifica-se, ainda, que os alunos da área de Ciências Naturais e Tecnologias valorizam mais os focos de poluição difusa e a intrusão salina, relativamente aos seus homólogos da área de Ciências Sociais e Humanas, o que corresponde a uma perceção mais enquadrada com o efetivamente observado. As substâncias poluentes da água subterrânea mais consideradas são os metais pesados, os pesticidas e outros contaminantes orgânicos, os fármacos e os microplásticos. Os impactes das alterações climáticas sobre a água subterrânea são igualmente reconhecidos pelos inquiridos, que valorizam um pouco mais os associados à diminuição do volume disponível de águas subterrâneas para captação, ao aumento da concentração de poluentes no subsolo e à sobre-exploração de furos de captação de águas subterrâneas. Em oposição, e estranhamente devido ao carácter arquipelágico dos Açores, os inquiridos valorizam um pouco menos os impactes do incremento da intrusão salina com a subida do nível do mar. Os estudantes da área de Ciências Sociais e Humanas apresentam uma posição mais neutral do que os seus homólogos de Ciências Naturais e Tecnologias. Relativamente às medidas de gestão os inquiridos concordam significativamente com as medidas elencadas, com a exceção da implementação do princípio utilizador – pagador, relativamente ao qual apenas 36,8% dos estudantes revela concordar totalmente. Do mesmo modo, o suporte à internalização de custos ambientais e de escassez no preço da água é reduzido. Em qualquer caso, os estudantes de Ciências Naturais e Tecnologias, comparativamente aos colegas de Ciências Sociais e Humanas, revelam um maior apoio a estas medidas. A maioria dos estudantes, revela ainda considerar que nos Açores existe água subterrânea suficiente e de boa qualidade, e no geral apresentam um sentimento positivo relativamente a este recurso. Contudo, importa assinalar que os resultados obtidos, quer quanto a esta questão, quer quanto às restantes, mostra que importa capacitar e sensibilizar os jovens sobre a importância de proteger e gerir um recurso estratégico para os Açores como a água subterrânea.
- Poluição difusa da água subterrânea por atividades agrícolasPublication . Cruz, José Virgílio[…] Um dos aspetos básicos do projeto, e nunca antes aplicado nos Açores, consistiu na caracterização da composição da água na zona não saturada, quer no que concerne à sua variação temporal, quer no que respeita aos gradientes em profundidade, com o recurso a instalação e operação de cápsulas porosas de sucção em várias pastagens, assim como numa área sem atividade agrícola. Com esta metodologia pretendeu-se analisar a percolação das espécies dissolvidas, e especialmente os poluentes de origem agrícola, como as espécies azotadas, e interpretar os processos geoquímicos na zona não saturada. Em consequência de vários processos modificadores, a composição da água vai sofrendo uma evolução geoquímica desde o momento da sua infiltração no solo até atingir o nível freático nos aquíferos, com um aumento de mineralização com a profundidade. […]