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- Arte Verbal. Do conceito "Arte Verbal" e da Obra de Arte Verbal como Imitação e FicçãoPublication . Silva, EduardoEste livro decorre da importância, para quantos, como o autor, se preocupem com a arte verbal, de definir o lógos da arte verbal (vulgarmente, “litera-tura”) e de avaliar as suas implicações entrando em conta com a circunstância de a própria arte verbal se configurar quase exclusivamente fenómeno de índole representacional–psíquico, e, pois, entrando em conta (em vista disso) com a necessidade de definir o respetivo conceito (o conceito ARTE VERBAL), ao invés de o mero nome “arte verbal” ou “literatura,” com base em premissas de foro epistemológico e, em particular, entrando em conta com o modus operandi das faculdades do entendimento (Verstand), da imaginação (Einbil-dungskraft), e da sensibilidade (Sinnlichkeit). O presente livro intitula-se Arte Verbal sem que o seu subtítulo inclua o nome “lite-ratura” em virtude de — como o autor dá a saber na Divisão Primeira, na esteira de Wellek–Warren — a utilização do próprio nome “literatura” acarretar consigo incongruências de cariz lógico-semântico. Bem como em virtude, mas de modo mais significati-vo, de aquele mesmo nome (o nome “literatura”) não possibilitar de todo a divisio de que a Divisão Quarta se ocupa exclusivamente. — A qual (tal divisio) consiste em procedimento lógico em cuja ausência jamais se tornará possível definir sem lugar para er-ro, porque beneficiando então da hierarquia que subsiste de modo necessário entre GÉ-NERO e ESPÉCIE ou differentia specifica, conceito que equivalha de todo ao conceito LITE-RATURA. Quer isto dizer, a qual (tal divisio) consiste em procedimento lógico em cuja ausência jamais se tornará possível definir sem lugar para erro o conceito ARTE VERBAL. O presente livro defende sobretudo duas teses. A primeira tese é, precisamente, a tese de que se não torna possível definir o ente (quase exclusivamente) de índole psíquica que se usa denominar “literatura” por via de definição nominal desse mesmo nome (o nome “literatura”). E, porquanto, é a tese de que fazer isso mesmo, definir tal ente, obriga a proceder a definição de caráter lógico. A segunda tese é a tese de que, em a discursividade não se constituir onomatopeia, seja, ela, discursividade estético-literária ou não, jamais estará ao seu alcance consti-tuir-se imitandum de entes e eventos de caráter não discursivo. Não obstante sempre estar ao seu alcance constituir-se, pelo contrário, imitandum por relação com imitatum discursivo. Vale dizer, imitatum discursado. A segunda tese, que determina este livro do princípio ao fim com presença e peso maiores do que o peso e a presença que a primeira (tese) nele encontra, é, pois, a tese de que a conceção de “imitação” que se encontrou subjacente aos entendimentos de “arte verbal” (“literatura”) que prevaleceram da Renascença até finais do século XVIII se comprova conceção paradoxal e, por conseguinte, errónea. Cinco nomes percorrem insistentemente as páginas deste livro. São, eles, os nomes Immanuel Kant, Walter Pater, David Lodge e René Wellek e Austin Warren. As razões por que isso ocorre, o autor dá-as a saber logo de início, na Nota Introdutória que ocupa as primeiras páginas.