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- Avaliação da genotoxicidade e citotoxicidade em profissionais de Anatomia Patológica através do ensaio dos micronúcleos em células bucaisPublication . Baptista, Maria de Fátima Simas Ávila; Rodrigues, Armindo dos Santos; Garcia, Patrícia Ventura; Ladeira, CarinaNos laboratórios de Anatomia Patológica utilizam-se diversos Compostos Orgânicos Voláteis (COV), como o formaldeído e o xileno, considerados Carcinogénicos, Mutagénicos e Tóxicos para a Reprodução (CMR). Estas substâncias são reconhecidas como genotóxicas e citotóxicas, pelo que a sua manipulação apresenta riscos para a saúde humana. O ensaio do micronúcleo (MN) bucal, é um método não invasivo, útil e simples para detetar estes efeitos em indivíduos expostos. O objetivo desta investigação, foi avaliar o risco de genotoxicidade e citotoxicidade dos COV, nos profissionais de Anatomia Patológica da ilha de S. Miguel através da quantificação de células micronucleadas (MN) enquanto biomarcadores de genotoxicidade e células com outras anomalias (ONA) para a citotoxicidade. A metodologia utilizada consistiu na constituição de dois grupos de exposição: um grupo exposto de 21 profissionais dos três laboratórios existentes, Hospital Divino Espírito Santo (HDES), Laboratório Particular de Anatomia Patológica (LABAP) e Laboratório Germano de Sousa (Hospital CUF Açores), e outro grupo não exposto (referência) constituído por 50 indivíduos recrutados aleatoriamente em outros serviços do HDES, sem qualquer exposição ocupacional a COV. Para realizar todos os procedimentos laboratoriais, após a colheita de células da mucosa bucal, foi escolhida a citologia em monocamada ThinPrep® por se apresentar mais eficaz, utilizou-se a coloração de Feulgen modificada, visualização e quantificação no microscópio óptico e digitalização de imagem. Este biomarcador permitiu avaliar a genotoxicidade e citotoxicidade com base nos danos provocados no DNA. Concluiu-se que os profissionais de Anatomia Patológica da ilha de S. Miguel apresentaram um risco cerca de quatro vezes maior do que o grupo não exposto aos COV, o que revelou ter um significado preditivo da frequência de células MN e ser um fator de risco acrescido para a saúde. Apesar da legislação existente, são necessárias medidas combinadas de proteção, biomonitorização individual e coletiva, bem como investimento nas instalações para assim poder controlar este ambiente de perigo. Sugere-se mais estudos que abordem um grupo com maior número de profissionais.