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- Festa do Bioblitz Açores: a diversidade dos artrópodes do Jardim Duque da Terceira.Publication . Borges, Paulo A. V.; Leite, Abrão; Parmentier, Laurine; Costa, Ricardo; Lhoumeau, Sébastien; Boieiro, Mário; Rosário, Isabel Amorim Do; Malumbres-Olarte, JagobaComo detalhamos em um outro artigo deste mesmo volume do Pingo de Lava, o BioBlitz Açores 2023 foi um sucesso educativo, lúdico e científico, com o registo de 188 espécies de líquenes, plantas, aves e artrópodes (Amorim et al., 2023). Como é habitual neste tipo de atividades de ciência cidadã ou participativa, os artrópodes foram o grupo melhor representado (86 espécies). Devido aos seus valores de biodiversidade, à sua importância ecológica e ao desconhecimento que o público tem dos artrópodes, neste artigo faz-se uma descrição mais detalhada deste grupo.
- Festa do Bioblitz Açores 2023: tantas espécies que vivem no Jardim!Publication . Amorim, Isabel R.; Parmentier, Laurine; Leite, Abrão; Wallon, Sophie; Ros Prieto, Alejandra; Costa, Ricardo; Lhoumeau, Sébastien; Barcelos, Paulo J.M.; Mendonça, Paulo; Coelho, Ruben; Rodrigues, António F. F.; Borges, Paulo A. V.; Malumbres-Olarte, JagobaNo passado dia 17 de junho de 2023 a Terceira, conhecida entre os açorianos como a ilha festeira, recebeu novamente a festa do bioblitz – BioBlitz Açores 2023. Tal como no primeiro BioBlitz Açores em 2019, o Jardim Duque da Terceira em Angra do Heroísmo foi o local escolhido para a realização desta cada vez mais conhecida atividade de ciência cidadã: “cidadãos comuns” sem formação formal em ciência, orientados por especialistas, participaram na produção de conhecimento científico, neste caso em particular, sobre a biodiversidade que existe nos Açores. E como de um BioBlitz se trata, foram seguidas as diretrizes para este tipo de evento, isto é, a inventariação da biodiversidade, realizada conjuntamente por cientistas e participantes leigos, ocorreu durante um período limitado, sessões com cerca de duas horas, e numa área bem definida, o Jardim Duque da Terceira.
- As áreas naturais protegidas mais conhecidas pelos residentes na Ilha Terceira.Publication . Gabriel, Rosalina; Ramos-Lemoine, Veronica; Orozco-Borgas, Alejandro; Barcelos, Paulo J. M.; Arroz, Ana MouraA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE é um objectivo central para a sobrevivência dos seres humanos no Planeta Terra. No entanto enfrentamos problemas e desafios complexos no que se refere à sua operacionalização. Como se conservam as espécies? Que espécies conservar primeiro? Que papel pode cada um de nós desempenhar na sua conservação? O declínio da riqueza e também da abundância de espécies – mesmo de espécies comuns – tem sido bem documentado nos últimos anos (ex. Borges, Gabriel & Fattorini, 2020), surgindo até a ideia de que a extinção de espécies a que assistimos marcaria o início de uma nova época – o Antropoceno, conceito proposto em 2000, e caracterizado pelo efeito significativo e duradouro das actividades humanas no planeta Terra (Crutzen & Stoermer, 2000; Mendes, 2020).
- A cigarrinha-das-raízes-cavernícola da Ilha do Pico Cixius azopicavus Hoch, 1991Publication . Rosário, Isabel Amorim Do; Pereira, Fernando; Borges, Paulo A. V.Atualmente são conhecidas cerca de 270 cavidades vulcânicas nos Açores, as quais representam um património natural único, quer pela sua riqueza geológica, quer pela grande diversidade de seres vivos que albergam. Com o intuito de dar a conhecer um pouco melhor os organismos dos habitats subterrâneos dos Açores, iniciou- se na edição de 2018 do Pingo de Lava uma coleção de fichas com informação sucinta sobre taxonomia, biologia, distribuição geográfica, espécies aparentadas, estado de conservação e algumas curiosidades de várias das espécies que ocorrem nestes locais. Para dar continuidade a estas “Fichas dos habitantes dos ecossistemas subterrâneos dos Açores” escolhemos a espécie Cixius azopicavus Hoch, 1991 uma cigarrinha-das-raízes-cavernícola que só existe na ilha do Pico.
- Priolo, resultado de duas décadas de conservação.Publication . Costa, Tarso; Botelho, R.; Teodósio, J.; Figueiredo, F.; Amaral, A.; Mendonça, A.; De la Cruz, A.Outrora abundante na Vale das Furnas e na parte Este da ilha de São Miguel, a história do Priolo (Pyrrhula murina) começou a mudar no século XIX. Esta ave, endémica dos Açores, vivenciou uma redução drástica no tamanho de sua população no século XIX. Uma aparente incompatibilidade entre a coexistência do Priolo com as atividades humana neste período quase levaram esta espécie à extinção.
- Finalistas da licenciatura em Estudos Europeus visitam o Parlamento EuropeuPublication . Fontes, Paulo VitorinoA iniciativa de visitar o Parlamento Europeu em Bruxelas protagonizada por estudantes finalistas do curso de Estudos Europeus da Universidade dos Açores, através do seu núcleo de estudantes, teve o apoio total da Senhora Deputada Maria da Graça Carvalho, e ocorreu no dia 4 de dezembro de 2023 em formato de visita de estudo, na companhia de dois professores.
- Avaliação da inteligência: contributos de Alfred BinetPublication . Major, SofiaJá ouviste falar no QI? Facilmente encontras livros, páginas web ou até APP para “testar o teu QI”, com estratégias para “aumentar” ou “melhorar” o teu QI. Mas, afinal, de onde vem este conceito de QI? A história do Quociente de Inteligência (QI) é marcada por um longo percurso, muito associado à avaliação psicológica, com contributos de inúmeros autores e investigadores. De entre esses autores, merece destaque um pedagogo e psicólogo francês, Alfred Binet.
- As simetrias das calçadas da ilha GraciosaPublication . Teixeira, Ricardo CunhaNeste texto, analisam-se as simetrias de alguns padrões em calçada da ilha Graciosa e apresenta-se a respetiva classificação em rosáceas e frisos.
- Flora invasora dos Açores: O caso da Gigante (Gunnera tinctoria (Molina) Mir.) na ilha de São Miguel.Publication . Silva, Lurdes; Silva, Luís; Melo, Carlos; Corten, AmberA contínua dispersão de espécies vegetais invasoras, correspondem a uma ameaça real para espécies e habitats nativos, por meio de competição, predação e transmissão de doenças. Estas invasões alteram a estrutura e o funcionamento de ecossistemas inteiros e comprometem a capacidade destes sistemas em fornecer serviços valiosos, como a polinização, a regulação hídrica ou o controle de inundações. No Arquipélago dos Açores, mais de 60% da flora vascular corresponde a espécies exóticas. Várias plantas são consideradas como ameaças à conservação da flora endémica e das comunidades vegetais autóctones, mas também à conservação de espécies de artrópodes, briófitos, líquenes e moluscos. A gigante (Gunnera tinctoria) é uma planta herbácea perene, nativa do sul do Chile, e que devido ao seu aspeto exótico foi introduzida como planta ornamental em jardins botânicos de diversas regiões o mundo. Os Açores não foram exceção na sua introdução, mas com a agravante de que esta planta se tornou invasora, especificamente na ilha de São Miguel. (…)
- Development of novel insecticidal nanoformulations for plant protectionPublication . Frias, Jorge Miguel Vieira de; Simões, Nelson José de Oliveira; Reis, Rui Luís Gonçalves dosDurante vários anos, as pragas foram responsáveis por perdas nos produtos hortícolas, o que, consequentemente, teve um impacto significativo na oferta e qualidade dos alimentos e na evolução da sociedade humana. Embora os recentes avanços na ciência e na tecnologia tenham reduzido consideravelmente a incidência e a severidade causadas por pragas, uma grande parte da produção real ainda é perdida todos os anos. Por esta razão, a proteção das culturas agrícolas exige o controle de vários insetos praga de forma segura, eficaz e de baixo custo. Esse desafio pode ser uma oportunidade para os agentes de controle biológico uma vez que são alternativas mais seguras do que os pesticidas químicos usados atualmente. Desta forma, o objetivo desta tese foi produzir e formular moléculas biológicas conhecidas como fatores de virulência do nematode entomopatogénico da espécie Steinernema carpocapsae, para avaliar seu potencial uso como novos bioinseticidas contra insetos-praga. Esta investigação iniciou-se com a clonagem e a expressão heteróloga de duas proteínas putativas tóxicas do nematode, conduzidas em Escherichia coli, sendo estas um domínio proteico, designado de péptido ScK1 e a proteína Sc-CAP. A primeira referida assemelha-se aos bloqueadores de canais de potássio das anémonas do mar e a segunda faz parte de uma extensa família de proteínas que recebe o nome de CAP (Proteínas secretoras ricas em cisteína, antígeno 5 e proteínas 1 relacionadas à patogénese). Devido à complexidade dessas proteínas ricas em cisteína, só foi possível a produção bem-sucedida das recombinantes em fusão com a proteína chaperone designada por isomerase de ligação dissulfeto (DsbC). A estrutura secundária do péptido ScK1 que apresentou um tamanho molecular de 5.7-kDa, cujo a purificação indicou ser redox-sensível, exibiu um espectro de dicroísmo circular far-UV consistente com uma estrutura secundária alfa-helicoidal. A desnaturação térmica do péptido ScK1 permitiu estimar uma temperatura de desnaturação de 59,2 ± 0,1 ºC. A análise de interação proteína-proteína in silico revelou uma forte afinidade para com os canais de potássio dos insetos. Os resultados dos ensaios de toxicidade usando Drosophila melanogaster como modelo mostraram que a injeção deste péptido é letal contra insetos de forma dose-dependente, com uma dose letal média (LD50) de 52,29 ng por adulto. A administração oral da proteína de fusão reduziu significativamente a atividade locomotora dos insetos tratados após 48 horas do ensaio. A estrutura terciária predita da proteína Sc-CAP revelou uma conformação de alfa-beta-alfa com grande homologia com proteínas de outros nematodes parasitas de vertebrados, conhecidos por terem capacidade de ligação a esteróis. A versão recombinante apresentou um tamanho molecular estimado de 50 kDa e apesar da proteína não apresentar toxicidade por injeção ou administração oral, os experimentos de interação revelaram uma forte capacidade de ligação de esteróis. A análise de interação ligandoproteína mostrou uma alta afinidade do colesterol e do palmitato para diferentes motivos de ligação da proteína com uma energia de ligação de -6,3 e -4,5 kcal/mol, respetivamente. Estes resultados foram confirmados pelo ensaio in vitro, onde a proteína recombinante apresentou, de forma dose-dependente, grande afinidade de ligação ao colesterol. A Nanoencapsulação destas duas proteínas toxicas foi conseguida através da preparação de nanopartículas de quitosano pelo método de gelificação iónica. A caracterização geral das nanopartículas revelou um tamanho nanométrico para as formulações NanoScK e NanoCAP, com um tamanho médio de 182,0 e 676,9 nm, respetivamente, e uma liberação rápida inicial seguida por um perfil de liberação mais lento para ambas as formulações. Estas nanoformulações permitiram a libertação destas proteínas em insetos. Além disso, foi notável a acumulação dessas moléculas em diferentes tecidos do inseto, nomeadamente, no sistema digestivo e no sistema nervoso. A formulação NanoScK causou efeitos imediatos em insetos, induzindo uma evidente redução da atividade locomotora, paralisia e mortalidade, ao contrário do NanoCAP, onde se observou baixa mortalidade. Por fim, foram avaliados os efeitos dessas formulações sobre a progenia do inseto. NanoScK desencadeou uma redução significativa no número de ovos depositados por insetos tratados, enquanto o NanoCAP causou uma redução significativa na taxa de emergência de adultos. Os resultados desta tese conferem um estatuto de prova de conceito em relação ao uso de proteínas do secretado do nematode para o desenvolvimento de novas formulações inseticidas. Esta nova classe de biomoléculas pode dar origem à próxima geração de inseticidas biológicos visto que são específicos para as pragas alvo, biodegradáveis, não tóxicos, amigos do ambiente e de baixo custo de produção.