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- Composição química e atividades biológicas do óleo essencial de diferentes partes de Cryptomeria japonica dos AçoresPublication . Janeiro, Alexandre Pavão; Lima, Elisabete Maria de Castro; Baptista, José António Bettencourt; Rosa, José Silvino SantosNa presente tese foram determinadas a composição química e algumas bioatividades dos óleos essenciais (OEs) extraídos por hidrodestilação (HD) de diferentes partes de Cryptomeria japonica dos Açores, nomeadamente: ramada fresca (RF), ramada seca (RS), galhos secos (GS), cones femininos secos (CFS) e folhas secas (FS). Esses parâmetros foram comparados com os de um OE comercial (OEC) de C. japonica dos Açores. Foram ainda calculados os rendimentos dos OEs extraídos por HD. De modo a avaliar a toxicidade de cada um dos OEs, foi realizado um ensaio de dose única em Artemia salina. Foram também testados vários padrões, nomeadamente: α-pineno, β-pineno, limoneno e terpineol. Das amostras analisadas, apenas 4 mostraram taxas de mortalidade acima dos 50% ao fim de 24 h, sendo limoneno (89,0%), CFS (61,7%), GS (55,7%) e α-pineno (50,0%). Para estas amostras foram determinadas a dose letal 50% (DL₅₀) e 90% (DL₉₀). A amostra mais tóxica foi CFS (DL₅₀ = 81,06 ppm; DL₉₀ = 120,21 ppm), enquanto que o limoneno (DL₅₀ = 58,73 ppm; DL₉₀ = 90,32 ppm) foi o padrão mais tóxico. Foram também avaliadas as propriedades antimicrobianas (atividade antibacteriana contra Bacillus subtilis, Micrococcus luteus, Escherichia coli e Enterobacter cloacae e actividade antifúngica contra Penicillium sp.) de cada um dos OEs, bem como de 6 padrões (os 4 acima referidos, o terpinen-4-ol e o α-terpineol). Relativamente à atividade antibacteriana, o OE mais ativo foi o de CFS (halos de inibição entre 10 mm e 14,7 mm) contra todas as bactérias exceto E. coli. Por outro lado, nenhum OE mostrou atividade contra Penicillium sp.. Dos padrões testados, o terpinen-4-ol foi o mais ativo contra todos os microrganismos, com halos de inibição entre 9 mm e 72,5 mm. Consultando a literatura, verificou-se que os OEs de C. japonica de outras origens geográficas têm menor quantidade de terpinen-4-ol que o OE de C. japonica dos Açores, particularmente galhos e cones femininos. Assim, estes resultados revelam uma potencial fonte de biocidas, valorizando os resíduos verdes de C. japonica açoriana. De realçar, também, que o OE dos cones femininos de C. japonica, ainda muito pouco estudado, apresentou um elevado rendimento de extração.