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- The extraordinary adventure tourism experience : idealizing supreme excellencePublication . Ponte, João Crispim Borges da; Couto, Gualter Manuel Medeiros; Pimentel, Pedro Miguel Silva Gonçalves; Sousa, Áurea Sandra ToledoO turismo de aventura é uma das grandes tendências atualmente (ATTA – Adventure Travel Travel Association, 2018a), através da qual turistas procuram escapar à vida quotidiana (Beames, et al., 2019). Este segmento tem crescido a taxas superiores ao mercado global do turismo (ATTA, 2013; 2018a), criando novos desafios às empresas. O mercado tem-se alterado rapidamente, trazendo novos perfis de turistas e um grande aumento da concorrência (Cloutier, 2003; Buckley, 2010a). A competitividade, mas também a tecnologia, a procura por viagens transformadoras (ATTA, 2018a), e a dificuldade em fornecer experiências a turistas com expetativas irrealistas (Lindberg & Østergaard, 2015; Lindberg & Eide, 2016) têm evidenciado a necessidade de desenvolver novos produtos e modelos de negócio. A natureza liminar e escapista das experiências extraordinárias de aventura (Arnould & Price, 1993), bem como o intenso significado pessoal que delas advém (Pomfret, 2012) parecem apropriadas para responder àquelas exigências do mercado. Contudo, o lado comercial do turismo de aventura tem sido pouco investigado (Buckley, 2006a; Cheng, et al., 2018). O presente estudo visou a verificação da existência de diferenças entre as idealizações, motivações, e preferências dos turistas de aventura, e as perceções que os profissionais de turismo de aventura têm desses fatores. Questionários aplicados a turistas e a profissionais de turismo permitiram a recolha de dados quantitativos e a aplicação de métodos estatísticos, enquanto entrevistas a profissionais do setor, bem como a observação direta e a participação em experiências de aventura originaram dados qualitativos. Como conclusão geral, é possível referir que os profissionais de turismo necessitam compreender melhor os seus clientes, mas nota-se, também, que os turistas têm expetativas irrealistas que afetam as suas experiências e como os produtos estão a ser estruturados. Porém, parece consensual que o desejo de escape dos turistas favorece a transição para um mundo liminar de aventura, onde um diferente contacto com a natureza, experiências de pico, e emoções contrastantes criam momentos de elação e grande satisfação. Utilizando a Economia da Experiência (Pine & Gilmore, 1999), e considerando a variáveis de mercantilização de Cloke e Perkins (2002), empresas de animação turística podem ter ferramentas para orquestrar experiências que perdurem na memória dos seus clientes, enquanto mantêm eficiência, segurança, e grande satisfação.