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- Influence of environmental drivers on the movement behaviour of harbour porpoises in the North SeaPublication . Stalder, Dominique Sabina; van Beest, Floris M.; Gonçalves, João Manuel dos AnjosO boto e um pequeno predador marinho com um elevado estatuto de conservação nas águas europeias. Para uma proteção eficaz desta espécie é importante ter conhecimentos detalhados das respostas comportamentais as mudanças das condições ambientais. Neste estudo, investiguei a influência das condições ambientais sobre a variação do comportamento de deslocação de grande escala da população de botos no Mar do Norte. Foram analisados dados de deslocações de 57 indivíduos rastreados por satélite num período de 19 anos. Para cada relocalização, estimou-se o estado comportamental subjacente do indivíduo (residência ou em deslocação) recorrendo a processos de modelação do estado espacial (State-space modelling, SSM). Estes estados comportamentais foram então correlacionados com variáveis ambientais estáticas e dinâmicas através de regressões logísticas. Estimou-se que os botos estão cerca de 81% do seu tempo em áreas circunscritas, passando apenas uma pequena parte do seu tempo (6%) em rápidas deslocações de longa distância, classificadas como estado de deslocação. Esses movimentos de curta duração e longas distâncias refletem provavelmente deslocações entre áreas de procura de alimentação. As restantes relocalizações (13%) não puderam ser atribuídas sem ambiguidade a nenhum destes estados comportamentais. Foram encontradas diferenças individuais consideráveis na extensão destas deslocações, com máximos variáveis entre 24 km e 867 km, relativamente à posição inicial. Consequentemente, a proporção de tempo gasto no estado de deslocação rápida (variando de 0,5% até 20,0%) e no estado residente (variando de 50,5% ate 99,5%) foi altamente variável entre indivíduos. O estado residente foi associado com baixos níveis de salinidade, temperatura e velocidade da corrente; com altas concentrações de clorofila-a em relação à media sazonal; e com declives intermédios do fundo. Estes resultados indicam indiretamente que as presas dos botos provavelmente se agregaram em áreas com as condições ambientais referidas, servindo, portanto, como área de alimentação. Estudos anteriores sobre a distribuição e abundância dos botos suportam a importância desses fatores ambientais. Os conhecimentos adquiridos neste estudo podem ser usados para melhorar os modelos populacionais espaciais que estão atualmente a ser desenvolvidos para estudar o impacto do ambiente marinho em mudança, e com as crescentes perturbações antrópicas, que afetam a dinâmica da população de botos.