Browsing by Issue Date, starting with "2018-09-27"
Now showing 1 - 1 of 1
Results Per Page
Sort Options
- Avaliação do impacto de erupções explosivas no vulcão do Fogo na economia do turismo do concelho de Vila Franca do Campo (Ilha de São Miguel, Açores)Publication . Medeiros, Joana Filipa Carvalho; Carmo, Rita Lúcio; Queiroz, Maria Gabriela Pereira da SilvaAs regiões vulcânicas ativas, como as ilhas dos Açores, oferecem condições de excelência propícias ao desenvolvimento de atividades assentes na natureza, como é o caso do turismo, um dos principais eixos de crescimento económico desta região. No entanto, e embora as erupções vulcânicas não sejam, regra geral, dos perigos geológicos que ocorrem com maior frequência, um próximo evento vulcânico nos Açores poderá ter importantes consequências ao nível do turismo. Desta forma, torna-se fundamental avaliar a sua vulnerabilidade aos perigos vulcânicos com a finalidade de se tentar mitigar o risco associado. A história eruptiva de São Miguel, contabiliza pelo menos 33 erupções subplinianas e plinianas nos últimos 5000 anos, revelando-a como a mais ativa dos Açores, com a maior frequência eruptiva de eventos explosivos. O vulcão do Fogo, localizado na parte central de São Miguel, embora o vulcão que apresenta menor frequência eruptiva dos três vulcões centrais ativos na ilha, é o único que foi palco de uma erupção pliniana nos últimos 5000 anos. Os piroclastos de queda e os piroclastos de fluxo (PDCs) são os produtos vulcânicos mais comuns em erupções explosivas. Os produtos de queda são os que atingem maior dispersão, devido à sua capacidade de afetar grandes áreas, dependendo da magnitude da erupção e de fatores externos como a direção e intensidade do vento. Os PDCs são o perigo vulcânico responsável pelo maior número de vítimas mortais e com maior poder destrutivo devido à temperatura, pressão e carga de partículas no fluxo. Com o objetivo de avaliar a vulnerabilidade a estes perigos vulcânicos, o presente trabalho incide na elaboração de dois cenários eruptivos para o vulcão do Fogo: o mais provável, que corresponde a uma erupção subpliniana com índice de explosividade vulcânica (VEI) 4, semelhante à erupção histórica de 1563, e o pior cenário possível, uma erupção pliniana de VEI 5 com as mesmas características da erupção que ocorreu há aproximadamente 4500 anos, Fogo A. Para avaliar as áreas suscetíveis de serem afetadas por estes perigos, bem como o potencial impacto no setor do turismo, foram realizadas simulações vulcânicas utilizando a ferramenta VORIS 2.0.1, integrada num Sistema de Informação Geográfica. Para as simulações de piroclastos de queda, utilizou-se um modelo semi analítico de advecção-difusão, e para as simulações de PDCs, recorreu-se a um modelo de cone de energia. [...].