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- Nutricional evaluation and research and characterization of peptides with inhibitory activity of angiotensin I-converting enzyme (ACE) in macroalgae of the AzoresPublication . Paiva, Lisete Sousa; Lima, Elisabete Maria de Castro; Baptista, José António Bettencourt; Neto, Ana Isabel de Melo AzevedoAs macroalgas Fucus spirolis, Ulva rigida, u. compressa, Porphyra sp. E Osmundea pinnatifida são consumidas como alimento em algumas das ilhas dos Açores, enquanto que Gelidium microdon e Pterocladiella capillacea são coletadas para a produção de agar. No entanto, pouca informação está disponível sobre o seu valor como fonte natural de compostos nutricionais e funcionais. Esta tese investigou principalmente a composição nutricional e os aspetos promotores de saúde destas macroalgas, bem como o seu potencial como fonte de frações peptídicas e/ou de péptidos purificados inibidores da ECA. Em relação aos aspetos nutricionais das macroalgas, esta tese investigou, pela primeira vez, as proteínas, o perfil de aminoácidos, a digestibilidade das proteínas in vitro, os lípidos, o perfil de ácidos gordos (saturados, monoinsaturados, polinsaturados e a razão n6/n3 e h/H), os hidratos de carbono solúveis, a fibra alimentar, as cinzas, os minerais e a razão Na/K e Ca/ Mg, as vitaminas, a coenzima Q10 a humidade, o teor de fenólicos totais, as atividades antioxidante e inibitória da ECA in vitro e o valor energético. Os resultados sugerem que um consumo regular destas algas, quer diretamente ou através de suplementos alimentares, pode melhorar a saúde humana ou pode ter um efeito protetor sobre algumas doenças degenerativas e, consequentemente, sobre o processo de envelhecimento. As macroalgas podem também ser utilizadas para a produção de produtos farmacêuticos com potencial valor económico. como é do conhecimento geral, a enzima conversora da angiotensina I (ECA) tomou-se um importante alvo para o controlo da pressão arterial, uma vez que catalisa a conversão de angiotensina I num potente vasoconstritor a angiotensina II. Recentemente, cada vez mais atenção tem sido dada às algas marinhas como fontes naturais de novos inibidores da ECA. Neste trabalho foram isolados e caracterizados alguns péptidos em U. rigida e os resultados revelaram, pela primeira vez, que péptidos inibidores da ECA podem ser eficientemente obtidos a partir das proteínas hidrolisadas pelas enzimas pepsina-bromelaína. Dois péptidos inibidores da ECA (IP e AFL) foram isolados e purificados com sucesso a partir deste hidrolisado. Os seus modos de inibição e estabilidade a diferentes temperaturas e os estudos in vitro do efeito das proteases gastrointestinais na atividade destes péptidos foram também caracterizados pela primeira vez. Além disso, o tripéptido AFL foi hidrolisado por peptidases da mucosa intestinal dando origem a um dipéptido FL que apresentou uma maior inibição da ECA relativamente ao seu percursor. Esta tese também apresenta, pela primeira vez, as atividades inibitória da ECA e antioxidante in vitro por frações proteicas hidrolisadas de F. spiralis, bem como o perfil de aminoácidos e o conteúdo em fenólicos totais destas frações. Os resultados revelaram que não só os péptidos ativos, mas também os compostos fenólicos contribuem para as elevadas atividades inibitória da ECA e antioxidante das fracções proteicas hidrolisadas de F. spiralis. Avaliou-se, ainda, pela primeira vez, o efeito inibitório da ECA por extratos/frações metanólicas de F. spiralis, o respetivo conteúdo em fenólicos totais e o efeito da temperatura de armazenamento do extrato metanólico seco de F. spiralis na inibição da ECA. Os resultados sugerem que esta macroalga é muito rica em florotaninos, os polifenóis mais abundantes em algas castanhas e que têm sido referidos como sendo uma fonte potencial de compostos inibidores da ECA. Em conclusão, as macroalgas estudadas podem ser usadas como alimentos funcionais e são uma fonte natural e potencial de frações/péptidos inibidores da ECA que podem ser utilizados para a produção de nutracêuticos e farmacêuticos para prevenir e/ou tratar a hipertensão. A sua utilização seria uma terapia natural alternativa, económica e mais segura, aos medicamentos comerciais sintéticos e atuaria como um incentivo para a conservação da biodiversidade e para a manutenção de um ambiente limpo nos Açores.