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- Miocene Rhodoliths of the Atlantic Archipelagos (Azores, Madeira, Canaries and Cape Verde) : systematics, palaeoecology and palaeobiogeographyPublication . Rebelo, Ana Cristina Furtado; Ávila, Sérgio Paulo; Rasser, Michael; Barbin, Vincent; Neto, Ana Isabel de Melo Azevedo[...]. Este projeto de doutoramento tem como objetivo estudar os depósitos de rodólitos Miocénicos dos arquipélagos Atlânticos dos Açores, Madeira, Canárias e Cabo Verde a fim de compreender a sua composição específica, a sua ecologia e as relações (paleo)biogeográficas, bem como testar se os fatores locais foram mais importantes para a escassez relativa ou excedente de rodólitos do que algumas das possíveis influências globais que também tiveram impacto no mundo Miocénico. O presente trabalho expõe uma gama de tafofácies e dinâmica sedimentar em depósitos de rodólitos fósseis e recentes do domínio Macaronésico. Foi dada especial atenção ao Arquipélago dos Açores, onde foram feitos estudos acerca do tamanho e forma, bem como estudos taxonómicos, quer para os rodólitos fósseis, quer para os recentes. Estes dados ajudam a compreender melhor as limitações ambientais na distribuição do tamanho e forma das acumulações de rodólitos fósseis encontradas noutros locais em ilhas volcânicas no Oceano Atlântico nordeste. Também foram criadas reconstruções paleoambientais de jazidas fósseis seleccionadas, de modo a obter informação detalhada sobre o ciclo de vida (e morte) dos rodólitos que vivem num cenário de vulcanismo activo no meio do oceano. Por fim, técnicas de catodoluminescência foram aplicadas a rodólitos Pliocénicos da ilha de Santa Maria (Açores) no intuito de perceber a distribuição dos elementos-traço no talo das algas. Isto permite comprender a influência da actividade vulcânica devido à extrusão de lavas e produtos associados e/ou a presença de fontes hidrotermais activas de pouca profundidade, a qual se reflete na química da água do mar que, por seu turno, fica mimetizada na elevada concentração de Mn2+ que os rodólitos analisados através desta metodologia patenteiam.
- Assessment of iodine intake and related cognitive function impairments in elementary schoolchildren from Terceira Island, Azores (Portugal)Publication . Bailote, Helga Gisela Bento Murracas; Rodrigues, Armindo dos Santos; Carvalho, Célia Maria de Oliveira Barreto Coimbra; Garcia, Patrícia VenturaO iodo é um oligoelemento imprescindível ao bom funcionamento do organismo, sendo obtido a partir do consumo de alimentos que o contenham. Dependendo da biodisponibilidade de iodo, a tiroide tem a capacidade de fazer o balanço deste para a produção de hormonas tiroideias, participando ao nível do funcionamento de diversas estruturas cerebrais, tais como o hipocampo, processos de mielinização e sistemas neurotransmissores. Porém, quando há um défice do aporte de iodo, o hipotiroidismo, bem como diversos comprometimentos a nível cerebral são as perturbações dominantes. Embora vários estudos tenham registado uma relação entre a exposição a baixos níveis de iodo e um baixo desempenho intelectual, nenhum estudo foi desenvolvido neste âmbito em Portugal, nomeadamente nos Açores, onde se verifica o pior cenário nacional de deficiência de iodo, com 78,4% das crianças em idade escolar a apresentar iodúrias <100 μg/L. Os objetivos deste estudo visam determinar em que medida o aporte de iodo tem implicações ao nível das funções cognitivas de crianças do 1º ciclo (7 a 11 anos; 3º e 4º ano de escolaridade), da Ilha Terceira, Arquipélago dos Açores (Portugal). As Matrizes Progressivas Coloridas de Raven (MPCR) foram usadas para avaliação do QI no total da população [n=256; média da Concentração de Iodo Urinário (CIU) de 66.2 μg/L]. Por sua vez, a Wechsler Intelligence Scale for Children (WISC-III), foi aplicada em dois subgrupos divididos por iodúrias moderadamente baixas (n=30) e iodúrias adequadas (n=30). Verificou-se pouca sensibilidade por parte das MPCR para observar diferenças em todo o espectro amostral; por sua vez, a WISC-III demonstrou ser o instrumento privilegiado para avaliar a função cognitiva junto de crianças, em idade escolar, com aportes deficientes de iodo. Ao nível da escala completa, o subgrupo de iodúrias moderadamente baixas pontuou 15.13 valores inferiores ao resultado médio de QI do grupo de iodúrias adequadas, com um nível de significância de 0.013 e magnitude de efeito de 0.7. Diferenças estatisticamente significativas foram também encontradas em 6 das 13 escalas de QI Verbal e de Realização: informação, semelhanças, memória de dígitos, complemento de gravuras, disposição de gravuras e cubos. Estes resultados revelam uma predisposição de aporte de iodo moderadamente baixo para comprometimentos ao nível da função cognitiva, quer na eficiência intelectual geral (QI), quer em funções mentais superiores (atenção, memória e linguagem), que poderão estar na origem de dificuldades ao nível da aquisição de competências leitoras e de raciocínio lógico matemático, entre outras. Sendo a inteligência um forte determinante do rendimento escolar e do futuro destas crianças, urge priorizar medidas e apostar em ações concertadas de prevenção e eliminação do défice de iodo. Sendo este o primeiro estudo a documentar o impacto de um aporte moderadamente baixo de iodo no QI de crianças em idade escolar, com recurso à escala completa da WISC-III, no qual se demonstra que este instrumento é mais sensível que as MPCR, sugere-se que este tipo de metodologia seja utilizado em estudos para avaliação dos efeitos nas funções cognitivas, decorrentes do aporte de iodo em populações de crianças em idade escolar.