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- Comparação de dano testicular entre ratos provenientes de explorações agrícolas orgânicas e convencionaisPublication . Bernardo, Filipe Miguel Teixeira de Sousa; Rodrigues, Armindo dos Santos; Garcia, Patrícia VenturaO principal objetivo deste estudo consistiu em avaliar os efeitos da exposição crónica a diferentes práticas agrícolas (agricultura convencional e orgânica) sobre o sistema reprodutor masculino, particularmente em termos de dano testicular. Três grupos de 12 machos da espécie Mus musculus, pertencentes a populações naturais dos locais de estudo, foram capturados vivos para posterior avaliação do dano testicular e determinação das doses hepáticas de metais essenciais e traço, entre os quais Se, Pb, Hg e Cd. O primeiro grupo foi capturado numa exploração agrícola convencional na qual os solos são frequentemente tratados com agroquímicos. O segundo grupo foi capturado numa exploração orgânica certificada, em que o tratamento dos solos está limitado a fertilizantes orgânicos. O terceiro grupo (controlo) foi capturado numa reserva natural cujos solos nunca foram utilizados para fins agrícolas. Após eutanização, os testículos de cada indivíduo foram extraídos, fixados e processados para análise histológica, enquanto o resíduo seco dos fígados foi sujeito à quantificação de metais traço. A avaliação do dano testicular foi levada a cabo através da análise da densidade volumétrica relativa de diferentes estágios celulares espermatogénicos, de espaço intersticial e espaço luminal, juntamente com uma avaliação qualitativa do dano nos túbulos seminíferos e com a quantificação de células espermatogénicas em apoptose (TUNNEL assay). A proporção de espaço intersticial foi significativamente superior nos ratos de ambas as explorações em relação ao grupo controlo, sendo superior no grupo da exploração convencional, enquanto a proporção de espermátides tardias e espermatozoides foi significativamente inferior neste mesmo grupo, o qual não só apresentou um número significativamente superior de túbulos seminíferos desprovidos de espermatozoides e com evidências de dano estrutural, mas também uma quantidade significativamente superior de células apoptóticas, em comparação com os outros dois grupos. Estes resultados sugerem que ambas as práticas agrícolas, especialmente a agricultura convencional, originam dano testicular em ratos que se encontram naturalmente e cronicamente expostos a ambientes agrícolas enriquecidos em metais traço, confirmando a adequação da espécie Mus musculus como bioindicadora dos potenciais efeitos e consequentes riscos para a fertilidade masculina de agricultores continuamente expostos a esses ambientes.
- O financiamento da economia dos AçoresPublication . Gomes, Vílson Filipe da Costa Ponte; Fortuna, Mário José AmaralO presente estudo analisa o financiamento da economia dos Açores, no período compreendido entre 1992 e 2012 e, simultaneamente, investiga se os Açores apresentam sintomas semelhantes aos previstos na Teoria da Doença Holandesa e até que ponto o financiamento da Região provocou um efeito equivalente ao sugerido nesta teoria. Na análise à economia dos Açores, constatou-se que, nos últimos anos, a Região suporta com poupança interna apenas metade do crédito utilizado, o que leva a recorrer à poupança externa para o financiamento da sua atividade, onde as transferências recebidas pela Região, nomeadamente, Transferências do Orçamento do Estado e Transferências da União Europeia, se apresentam como preponderantes na estrutura da economia dos Açores. Utilizando cinco modelos empíricos, procurou-se analisar o comportamento do setor transacionável e não transacionável e, simultaneamente, testar o impacto da entrada de recursos externos. Para isso, recorreu-se ao método de regressão linear múltipla, através da utilização do programa SPSS (Statistical Package for the Social Sciences). Nos resultados obtidos observa-se a diminuição de atividades transacionáveis, em consequência da deslocação de indivíduos empregados no setor transacionável para o setor não transacionável e verifica-se que a entrada de recursos externos originam um crescimento de atividades não transacionáveis, privilegiando, assim, o consumo interno e a desvirtuar o equilíbrio entre os bens transacionáveis e não transacionáveis. Por fim, os resultados evidenciam a presença de sintomas semelhantes aos previstos na Teoria da Doença Holandesa na Região Autónoma dos Açores (RAA).