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- O papel da curadoria como difusora da arte contemporâneaPublication . Alegria, Tânia Sofia Rodrigues; Albergaria, Isabel Soares; Silvério, JoãoA escolha do tema, que se centra na discussão sobre O Papel da Curadoria como Difusora de Arte Contemporânea, foi sustentada pelo meu interesse em desenvolver competências metodológicas e de envolvimento prático em situações reais, acerca de uma prática que se tem vindo a desenvolver na esfera da arte contemporânea, a Curadoria. Justifica-se além disso no contexto atual, em que se verifica um crescente movimento a favor da arte contemporânea na Região Autónoma dos Açores, com o surgimento e reconhecimento de diversos artistas plásticos e com o projeto de um Museu de Arte Contemporânea, o Arquipélago – Centro de Artes Contemporâneas, criado como polo dinamizador de manifestações artísticas e culturais, o qual pretende colocar o arquipélago dos Açores na senda transatlântica de intercâmbios entre pessoas, acontecimentos e culturas de grande relevância para o panorama artístico contemporâneo. A frequência do estágio possibilitou a colaboração com a Appleton Square, sita na Rua Acácio Paiva nº27 R/C em Lisboa – espaço privilegiado de recepção e circulação de arte contemporânea – e consequente participação nos projetos curatoriais desenvolvidos por curadores independentes, no âmbito da programação da galeria. A interação com profissionais especializados em curadoria tornou-se, para mim, uma das principais vantagens/benefícios tendo em vista a obtenção de informação teórica e conhecimentos específicos na referida área. Assim sendo, este estágio teve como principal objetivo a contribuição para o estudo das práticas curatoriais no processo de concepção e de montagem de uma exposição, partindo de reflexões metodológicas e do envolvimento prático em situações reais, circunstâncias estas que só se tornaram exequíveis com a possibilidade de integração neste estágio académico. […].
- As simetrias na tecelagem (parte II)Publication . Teixeira, Ricardo Emanuel CunhaVoltamos à conversa com Joana Dias sobre o trabalho que tem desenvolvido no âmbito da tecelagem tradicional. A artesã explica as diferentes fases de execução de uma peça: "Primeiro há que fazer a teia. Aqui reside o grande segredo da tecelagem: na preparação da teia e na consequente preparação do tear está mais de metade do trabalho feito. Em seguida, escolho os fios de trama para cobrir a teia. Se forem retalhos, por exemplo, tenho de os cortar, o que demora muito tempo. Confesso que, por vezes, esta é uma tarefa cansativa que me retira algum ânimo e energia. Já o tecer propriamente dito é relativamente rápido, mas é o mais interessante. Só por isso tudo o resto vale a pena!" De facto, é nesta fase que se define o padrão da peça e as simetrias que o caracterizam. É sobretudo esta componente criativa que entusiasma a nossa artesã. (...) A artesã acrescenta: "Penso que os trabalhos de artesanato se fazem, por vezes, ao contrário do que deveria ser. Numa busca pela modernização do artesanato, perde-se o que realmente é tradicional e 'de mestre' para entrarmos numa banalização de que tudo o que é feito à mão é artesanato. Por vezes, não sinto que haja uma vontade de preservar o que é verdadeiramente nosso, cedendo-se às pressões do souvenir para o turista, das miniaturas e afins, em vez de se ir à essência das coisas e partir daí para uma utilização real do objeto e/ou da técnica. Está a banalizar-se um saber fazer que antes se chamava de ofício e não de artesanato, usando-o como aspeto meramente decorativo, de utilização aleatória, que podia ser aquela ou outra qualquer." (...)