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- Contribuição para a aplicação de um plano de segurança de água ao sistema de abastecimento do concelho de Angra do HeroísmoPublication . Pereira, Raquel Costa; Quadros, Sílvia Alexandra Bettencourt de SousaCada vez mais há uma exigência crescente na proteção da saúde pública, onde o abastecimento seguro de água para consumo humano é fundamental para uma sociedade saudável. O abastecimento seguro de água requer um conhecimento profundo dos riscos de contaminação e um controlo efetivo desses riscos. Requer também que estejam definidos padrões de qualidade sólidos e consistentes e que sejam implementados mecanismos para verificar que é produzida água de boa qualidade. Os mecanismos estabelecidos devem ser transparentes, o abastecimento de água de boa qualidade exige a participação de todos os intervenientes. No entanto, é necessário o estudo da qualidade de água em aspetos microbiológicos, químicos e verificar a capacidade de certos elementos presentes na mesma, desenvolverem e/ou virem a prejudicar a saúde publica mesmo estando dentro dos valores legais. Como também o estudo das condições dos materiais constituintes do sistema de abastecimento de água. Este trabalho vai consistir em identificar perigos e avaliar os riscos associados às componentes captação (zona de recarga) e tratamento do sistema de abastecimento de água de Angra do Heroísmo. Será feita uma priorização de riscos e propostas medidas de controlo.
- Desenvolvimento de tecnologias de extração e de quantificação dos principais componentes nutricionais de macroalgas do litoral dos Açores tendo em vista o seu aproveitamento como suplemento alimentarPublication . Paiva, Lisete Sousa; Lima, Elisabete Maria de Castro; Baptista, José António BettencourtAs macroalgas destacam-se pelo seu importante papel no ecossistema marinho, fazendo parte do primeiro nível da cadeia alimentar dos oceanos. Devido à sua diversidade de constituintes, as algas têm sido amplamente utilizadas, em muitas partes do mundo, como fonte de compostos essenciais para a nutrição humana. São fonte de: proteínas de excelente qualidade, pois contêm todos os aminoácidos essenciais; ácidos gordos poliinsaturados, em especial da família ómega-3 e outros ácidos gordos essenciais; hidratos de carbono; vitaminas; minerais (magnésio e cálcio); fibras dietéticas (como alginatos e carraginatos) e metabolitos secundários bioativos (como fitoesteróis e polifenóis). Assim, o consumo de algas poderá constituir uma das melhores formas de corrigir as carências nutricionais da alimentação das sociedades industrializadas ocidentais, cuja elevada incidência de doenças relacionadas com a nutrição está a conduzir a grandes mudanças nos padrões do consumo alimentar, com a preocupação da procura de alimentos funcionais que possam promover a saúde. Sobretudo durante a última década, as algas têm-se tornado uma fonte natural muito interessante para a investigação de novas estruturas moleculares bioativas que tenham potencial para estar na base de futuros medicamentos e/ou como novos ingredientes alimentares com diferentes propriedades funcionais. Para a pesquisa destas novas estruturas foi importante o desenvolvimento de novas metodologias analíticas capazes de fornecer uma caracterização química mais sistemática dos compostos existentes nas algas. No Arquipélago dos Açores, as macroalgas marinhas Fucus spiralis, Osmundea pinnatifida e Ulva rigida são tradicionalmente consumidas por populações de algumas ilhas, mas existe pouca informação sobre o seu valor nutricional. De forma a proporcionar um maior conhecimento sobre a composição química destas algas, o presente trabalho teve como objetivo o estudo e aplicação de várias sequências de metodologias para determinar a composição química das três espécies de macroalgas referidas, assim como a confirmação de serem potencialmente rentáveis do ponto de vista da biotecnologia e de diversas perspetivas comerciais futuras. Este trabalho apresenta informação sobre aspetos nutricionais em termos de: proteínas; fibras; hidratos de carbono; lípidos; perfil de ácidos gordos, ácidos gordos saturados, monoinsaturados, poliinsaturados e trans, razão n-6/n-3 e h/H (ácidos gordos hipocolesterolémicos/hipercolesterolémicos); minerais (Na, K, Mg, Ca e razão Na/K) e vitaminas lipossolúveis (A, E, D2, D3, K1 e K3). Os resultados confirmam que as macroalgas em estudo são uma excelente fonte dos referidos macro e micronutrientes, e revelam um perfil de ácidos gordos e de minerais considerados saudáveis, pelo que o seu consumo regular poderá contribuir significativamente para melhorar os desequilíbrios nutricionais e consequentemente a saúde humana. Os resultados obtidos neste estudo representam uma contribuição muito importante para a valorização dos produtos algais dos Açores. Estes, se qualificados e caracterizados, poderão ter um forte impacto económico para a Região Autónoma dos Açores, cuja costa se distingue por ser um local de muito reduzida poluição marinha.
- Avaliação de fluoretos na água de consumo do concelho da Praia da Vitória (Ilha Terceira, Açores) e suas consequências a nível da saúde públicaPublication . Costa, Soraia Raquel Oliveira; Quadros, Sílvia Alexandra Bettencourt de Sousa; Rodrigues, Francisco CotaEm algumas freguesias do concelho da Praia da Vitória, o teor de fluoretos na água de consumo ultrapassa o valor paramétrico de 1,5 mg/L, estabelecido pelo Decreto-lei 306/2007 de 27 de Agosto. Este valor é igualmente ultrapassado em quatro das nascentes (Frechas, Burra, Gaiteiro, Gaiteiro e Rolo dos Moinhos) que fornecem água para grande parte das zonas de abastecimento do concelho, incluindo essas mesmas freguesias. Foi feito um estudo da variação de fluoretos na água destas nascentes para um período de tempo de 5 anos (2008-2012), acompanhado pelo enquadramento geológico das mesmas e distribuição geográfica consoante o seu teor médio de fluoreto. A influência da precipitação foi avaliada pela comparação entre o teor de fluoreto na água e a precipitação observada, tendo também em conta um tempo de residência hidráulico dos aquíferos, onde se concluiu que o teor de fluoreto nas nascentes é influenciado por um tempo de residência hidráulico de dois a três meses, valor ligeiramente superior a um e dois meses, considerado típico para os Açores. Foram ainda avaliadas as consequências na saúde pública devido à ingestão de um teor de fluoretos acima do valor paramétrico de 1,5 mg/L, situação que se verifica nas freguesias da Agualva, Vila Nova e São Brás. Através de um rastreio de fluorose dentária, realizado na Escola Básica Integrada da Praia da Vitória, foram observadas 56 crianças com idades compreendidas entre os 9 e os 12 anos, pertencentes às referidas freguesias. Os resultados deste rastreio revelaram que 25% das crianças observadas apresentam índices de fluorose dentária e que em 25% das crianças a situação é questionável. Na amostra analisada foram observados todos os estágios da fluorose, desde o severo até ao muito suave, com predominância para este último. O índice médio de fluorose na freguesia da Agualva foi de 0,9, o mais elevado das três freguesias em estudo.