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- Metamorfoses identitárias em contexto institucionalPublication . Pacheco, Filipe Alexandre Rezendes do Couto Garcia; Diogo, Fernando Jorge AfonsoPartindo do princípio de que para cessar certas situações de risco vivenciadas pelas crianças e jovens e, consequentemente, salvaguardar os seus direitos é impreterível a sua institucionalização em lares de acolhimento, interessou-nos, então, refletir sobre a socialização ocorrida nestes contextos, principalmente no que diz respeito aos utentes cuja maior probabilidade de desinstitucionalização, devido à idade, é a afirmação da sua autonomia, pois, é sobretudo nestes casos, que o sucesso da (re)inserção social depende das competências adquiridas no decurso da socialização. Assim, o principal objetivo do presente estudo consistiu em aferir se as práticas e dinâmicas socializadoras, ocorridas sob a égide institucional, visaram, sobretudo, uma progressiva construção identitária das crianças e jovens que privilegiasse a sua integração no contexto do lar, assumindo contornos de uma instituição total ou se, diversamente, a socialização proporcionada pelos lares de acolhimento, através das práticas e dinâmicas que promoveram, visou, mormente, uma progressiva construção identitária das crianças e jovens que potencializasse a sua desinstitucionalização, tal como acontece nas instituições cuja forma de funcionamento se aproxima do modelo familiar. Para concretizar o suprarreferido objetivo privilegiou-se, desde logo, os protagonistas da socialização, ou seja, as crianças e jovens acolhidos, não sendo contudo esquecida a diretora destas estruturas de acolhimento de longa duração. Isto, em dois Lares de Infância e Juventude, da ilha de São Miguel, pertencentes à mesma instituição.
- Contribuição para o estudo das comunidades zooplanctónicas das lagoas dos AçoresPublication . Cruz, Ana Mafalda Gomes Vieira; Gonçalves, Vitor Manuel da Costa; Raposeiro, Pedro Miguel Valente MendesO estudo das comunidades zooplanctónicas das lagoas dos Açores tem sido bastante negligenciado ao longo dos anos. Contudo, o zooplâncton é uma importante comunidade biológica nos lagos, uma vez que se insere nas cadeias tróficas entre os produtores e consumidores finais, podendo contribuir para a qualidade da água. Assim este trabalho tem como objectivos conhecer a composição taxonómica do zooplâncton dos lagos dos Açores, produzindo uma listagem de espécies; perceber se existem variações desta comunidade nas diferentes lagoas e ao longo do ano e quais os factores ambientais que modelam as comunidades zooplânctónicas. Neste sentido, procedeu‐se a uma amostragem, recorrendo a uma caixa de Schindler-Patalas de 30L, de 21 lagoas do arquipélago (profundas e pouco profundas) nas ilhas de São Miguel, Santa Maria, Pico, Flores e Corvo. As lagoas profundas foram amostradas nas quatro estações do ano, enquanto as lagoas pouco profundas apenas foram amostradas no Verão. Este trabalho conta com uma lista de 141 taxa de zooplâncton dulçaquicola para os Açores, contribuindo assim para o incremento do número de registos para 291 espécies de invertebrados de água doce e 2717 espécies animais registadas nos Açores. Apesar de, comparativamente aos sistemas continentais, os Açores apresentarem uma baixa diversidade zooplanctónica, parecem ser mais diversos do que outras ilhas oceânicas. Este facto poderá dever-se à distância do arquipélago ao continente, à idade geológica das ilhas, mas também à elevada diversidade de habitats de água doce que os Açores possuem, podendo constituir, assim nichos adequados ao zooplâncton. A ilha com mais taxa reportados é São Miguel, seguida das Flores, Pico e por último Graciosa e São Jorge. Estes dados poderão ser enviesados devido ao maior esforço de amostragem nestas ilhas ao longo dos anos, bem como ao elevado número de lagoas aqui existentes. A maior parte das espécies de zooplâncton são cosmopolitas, possuem uma elevada taxa de sucesso na dispersão e colonização e, neste trabalho, não parecem apresentar preferência pelo estado trófico da lagoa onde estão inseridas. Estes factos explicam a inexistência de diferenças nas comunidades zooplanctónicas das diversas ilhas e das lagoas profundas e pouco profundas. Contudo a comunidade em estudo apresenta variabilidades face à estações do ano. As espécies que contribuem mais para estas diferenças são espécies associadas a estados eutróficos e temperaturas mais altas que ocorrem no Verão. Assim a temperatura da água e o fotoperíodo apresentam uma relação positiva com esta comunidade, enquanto os minerais disponíveis na água como o cálcio e a sílica encontram-se negativamente relacionados.
- Estudo de movimentos de vertente no concelho da Povoação (ilha de São Miguel, Açores): inventariação, caracterização e análise da susceptibilidadePublication . Marques, Rui Tiago Fernandes; Gaspar, João L. (Luís Roque Baptista); Zêzere, José Luís (Gonçalves Moreira da Silva)Fruto da localização geográfica e do enquadramento geodinâmico, os Açores têm sido marcados pela acção de diversos perigos naturais, de entre os quais se destacam, pela sua elevada frequência, os fenómenos de instabilidade geomorfológica. Na verdade, são vários os documentos históricos que relatam a ocorrência de eventos desta natureza, responsáveis pela perda de vidas humanas e significativos estragos materiais. Com o objectivo de se compilar e sistematizar a informação histórica sobre a ocorrência de perigos naturais nos Açores e, em particular, a associada à ocorrência de eventos de instabilidade geomorfológica, no presente trabalho definiu-se um modelo de dados, cuja concepção esteve na origem do desenvolvimento e da implementação de uma base de dados, designada por NATHA (Natural Hazards in Azores). Neste contexto, fez-se a recolha e catalogação documental dos eventos de instabilidade geomorfológica registados na ilha de São Miguel, o que permitiu determinar a sua incidência espacial e temporal, perceber o seu impacte e identificar os respectivos factores desencadeantes. […].
