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- Abordagens à escrita : do programa de português aos manuais escolares do 2º ciclo do Ensino BásicoPublication . Gomes, Maria do Carmo de la Cerda; Mira Leal, Susana; Serpa, Margarida DamiãoNum mundo globalizado, conforme o da sociedade contemporânea, saber utilizar a escrita como instrumento poderoso de comunicação e de intervenção social é uma questão de cidadania. No âmbito de uma perspetiva comunicativa da língua, caberá à escola promover o domínio da escrita, quer como ferramenta de trabalho, quer como forma de intervir socialmente. Este estudo, imbuído num quadro teórico relativo às principais conceções de escrita, numa primeira etapa, procurou apreender as orientações programáticas para o ensino aprendizagem da escrita nos programas de Português do 2.º Ciclo do Ensino Básico (2009) e as conceções de escrita que lhe estão subjacentes. Numa segunda etapa, sob a forma de estudo empírico, foram abordadas as propostas de atividades que tiveram como domínio de referência a produção de textos em doze manuais escolares de 5.º ano de escolaridade, editados no ano de 2011, um instrumento dito de ‘intérprete’ dos programas para alunos e professores. Nestes procurámos identificar os conteúdos programáticos e as conceções da escrita no que refere às produções de texto. Esta investigação empírica seguiu uma metodologia de natureza qualitativa, com recurso à análise de conteúdo. Concluímos que no programa estão implícitas as abordagens cognitiva, sociocultural e comunicativa do ato escritural, onde são valorizadas quer a ação sobre os contextos de produção de texto, quer a ação sobre os processos de escrita. Da análise dos manuais, apuramos que predomina a intenção de escrita que tem como objetivo exprimir experiências, sensibilidades e imaginário, adstrita ao tipo de texto narrativo. Os destinatários dos escritos circunscrevem-se, essencialmente, ao professor e aos alunos da própria turma. Tendencialmente, não se sugere a modalidade de trabalho colaborativo/cooperativo nem o uso do computador como meio de pesquisa da informação, de produção, de revisão e de difusão do texto. No que se refere aos processos de escrita, valoriza-se, nomeadamente, o subprocesso de planificação. Decorrente do nosso estudo, infere-se que é necessário proceder a reajustamentos, quer ao nível dos contextos de produção de escrita, quer ao nível do processo de escrita.