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- Caracterização das megaesponjas do batial superior dos AçoresPublication . Pereira, Raquel Sofia Macedo; Porteiro, Filipe M.; Xavier, Joana (Rita Bogalho Teixeira)As esponjas constituem um grupo taxonómico importante e diverso nas comunidades bentónicas, em especial em ecossistemas de oceano profundo, onde desempenham papéis funcionais chave. Em certas regiões, exemplares de grandes dimensões (e.i. > 5 cm) formam comunidades estruturadas conhecidas como agregações de esponjas. Contudo, devido às suas características biológica e ecológicas estes habitats são vulneráveis ao impacte humano tendo, por isso, sido classificados como Ecossistemas Marinhos Vulneráveis pela CE e como espécies ou habitats ameaçados ou declínio pela OSPAR. Os Açores são conhecidos por possuírem uma fauna diversa de espongiários. O presente estudo tem como principais objetivos: a) identificar e caracterizar morfologicamente as principais espécies de megaesponjas (classe Demospongiae) presentes no batial superior (200 - 800 m) dos Açores; e b) caracterizar a distribuição de megaesponjas no monte submarino Condor. Para a análise morfológica foram usados 64 exemplares capturados acessoriamente por palangre de fundo na ZEE dos Açores (COLETA-DOP/UAç). A identificação taxonómica foi realizada através da análise de caracteres morfológicos externos e internos, estes últimos por meio de microscopia óptica. No total 21 espécies de demosponjas, representantes de sete ordens e 11 famílias foram identificadas, das quais duas - Pachastrella ovisternata e Petrosia vansoesti constituem novos registos para os Açores. Para a descrição da distribuição das megaesponjas no monte submarino Condor, 12 h de vídeo subaquático, correspondente a uma área de 7,7x10-3 km2, foram analisadas e anotadas. Um total de 4350 megaesponjas foram registadas, sendo 49% pertencentes à espécie Pheronema carpenteri e 11% correspondentes a 14 taxa identificados. Os restantes 40% correspondem a esponjas não identificadas. Seis biótopos, que incluíam megaesponjas, foram identificados. As agregações multiespecíficas dominadas por Pheronema carpenteri, encontradas a 700-825 m de profundidade, eram as que apresentavam maior densidade de esponjas enquanto as agregações de pequenas esponjas em fundo misto, encontradas aproximadamente entre 430-1100 m, revelaram ser as mais taxonomicamente diversas. A distribuição batimétrica das espécies de megaesponjas no monte submarino Condor está de acordo com o descrito na literatura, sendo possível observar dois grandes grupos: a) exemplares das famílias Axinellidae e Petrosiidae (excluindo a X. variabilis) juntamente com a N. nolintangere que se encontram a profundidades até aos 500 m; e b) espécies das famílias Azoricidae, Macandrewiidae juntamente com X. variabilis e S. pellita que são encontradas em áreas mais profundas deste monte submarino, entre os 450-1100.
- O impacto da Lei nº 37/2007 (Lei do Tabaco) no consumo de tabaco em ambiente profissional na ilha Terceira e a sua influência na produtividade e absentismo laboralPublication . Santos, Sónia Marisa Lourenço; Clemente, Manuel António Caldeira PaisO tabagismo é um dos mais importantes problemas de saúde pública, registado nas últimas décadas, sendo considerado uma das principais causas preveníveis de morte no mundo. Os não fumadores ou fumadores passivos, isto é, aqueles que inspiram o fumo emitido pelos cigarros, charutos e/ou cachimbos, correm o risco de sofrer todos os prejuízos provocados pelo consumo de tabaco, como por exemplo o cancro do pulmão e ataques cardíacos. Na realidade, o grupo em questão corre riscos maiores do que os fumadores, dado que inalam o fumo que sai imediatamente da ponta do cigarro sem passar pelo filtro que fica na boca do fumador, recebendo desta forma substâncias ainda mais perigosas do que o próprio fumador. A Lei nº 37/2007, de 14 de Agosto, aprova as normas para a protecção dos cidadãos da exposição involuntária ao fumo do tabaco, aprovando também medidas de redução da procura relacionadas com a dependência do tabaco. Esta lei proíbe o consumo de tabaco em qualquer recinto fechado destinado a utilização colectiva, salvo em área destinada exclusivamente a esse fim, devidamente isolada e com arejamento conveniente. Em local de trabalho, situação que pode envolver inúmeros empregados, é importante actuar na promoção da saúde, qualidade de vida e produtividade dos colaboradores. Assim deve eliminar-se os riscos profissionais a que o colaborador possa estar sujeito, tal como a exposição involuntária ao fumo do tabaco. A prevenção e a intervenção no consumo de substâncias, como o tabaco, em meio laboral devem ser encaradas como um investimento das organizações e não um custo, face às vantagens em termos profissionais, pessoais e familiares dos trabalhadores e empregadores, com potencial reflexo a nível da produtividade e da qualidade de vida no trabalho O consumo de tabaco é um factor de risco importante para diversas doenças, em especial para as doenças do aparelho respiratório e do aparelho cardiovascular. Neste trabalho a população activa terceirense é caracterizada quanto à prevalência de fumadores, por género, faixa etária, escolaridade, entre outros factores. Os resultados revelaram que à data de aplicação do questionário, 45% da nossa amostra de colaboradores são fumadores, sendo a maior proporção registada para o sexo masculino (25,6%). É de referir que a proporção mais elevada de fumadores encontra-se entre os 25 e os 44 anos, tendo a segunda maior prevalência sido observada entre os 35 e os 44 anos. Verificou-se que o consumo de tabaco em ambiente laboral afecta a produtividade do colaborador, sendo que este efectua em média, cerca de 50 minutos de pausa para fumar. No que concerne às implicações do consumo de tabaco na saúde, verificaram-se alguns casos de absentismo laboral, nomeadamente por doenças como por exemplo a asma. Apos a entrada em vigor da Lei do Tabaco, a 1 de Janeiro de 2008, verificou-se que alguns empregadores implementaram medidas no sentido de prevenir o tabagismo entre os colaboradores. Estas medidas são essencialmente de caracter informativo. A área da Segurança e Saúde no Trabalho ainda é uma área pouco explorada, verificando-se que, quer empregadores quer colaboradores, não tem noção dos seus direitos e deveres dentro da entidade. A SST é uma função empresarial que, cada vez mais, torna-se uma exigência conjuntural. As empresas devem procurar minimizar os riscos a que estão expostos seus funcionários, através da prevenção de riscos.