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- Representações e práticas de estagiários e supervisores no domínio da matemática na educação pré-escolarPublication . Vitória, Eva da Conceição Fonseca; Mira Leal, Susana; Teixeira, Ricardo Emanuel CunhaA presente investigação aborda as representações e práticas de educadores e futuros educadores de infância no domínio da matemática, em contexto de supervisão. A escolha deste tema foi determinada pelo nosso contexto profissional, bem como pelo facto de serem ainda poucos os estudos a este respeito em Portugal, apesar de se reconhecer a importância da matemática na estruturação do pensamento e raciocínio lógico da criança em idade pré-escolar. Com esta investigação procurámos apreender as representações de estagiários e supervisores da escola acerca da matemática e da educação matemática no pré-escolar; caraterizar e relacionar as suas práticas e representações das práticas no domínio da matemática; compreender a relação entre o processo de formação e as representações e práticas no domínio da matemática; e ainda analisar as representações de supervisores relativamente ao impacto formativo da supervisão e da supervisão em contexto de investigação. Tendo em conta os objetivos e a natureza do problema em estudo, optámos por uma investigação qualitativa, sendo a entrevista e a análise documental as principais técnicas usadas na recolha dos dados. O trabalho desenvolveu-se em dois estudos complementares. O estudo 1 envolveu nove estagiários de um Mestrado em Educação Pré-Escolar e Ensino do 1.º Ciclo do Ensino Básico e as três respetivas supervisoras da escola; o estudo 2 envolveu três estagiários de uma licenciatura em Educação Básica e nós, na dupla qualidade de supervisora da escola e investigadora. Os resultados permitem-nos registar que, embora estagiários e supervisoras da escola reconheçam a importância da abordagem à matemática no pré-escolar para o desenvolvimento da criança assim como para uma adequada preparação para o 1.º ciclo, trabalham pouco este domínio, privilegiam atividades “informais”, favorecem o tratamento de determinados conceitos e recorrem muito pouco a materiais manipuláveis estruturados. São fatores potencialmente explicativos disso, as representações negativas que têm da área, a falta de formação didática que registam e as próprias práticas que observam nos jardins de infância. Nesta matéria, embora estagiários e supervisores assumam o potencial do processo supervisivo para a partilha de ideias e materiais, bem como para a atualização de conhecimentos e a reflexão sobre as práticas, aquele não parece potenciar a transformação destas, nem mesmo quando aquelas são objeto de investigação.