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- A relação dos pais com o ensino pré-escolar: representações e envolvimento no jardim-de-infância dos seus filhosPublication . Pereira, Selma Marisa Arruda; Diogo, Ana Isabel dos Santos MatiasA presente investigação surge, em primeiro lugar do meu interesse pessoal pelo ensino pré-escolar, uma vez que sou educadora de infância. Por outro lado, o interesse pelo contexto educativo da escola, suscitado pelas inovações que na actualidade assumem um lugar de progressiva relevância. A estas juntou-se o nosso interesse pessoal, enquanto membro de uma comunidade educativa em progressivo crescimento e mudança. Este estudo situa-se no âmbito da relação dos pais com o ensino pré-escolar e pretende estudar quer as suas representações e expectativas acerca do jardim-de-infância, quer o seu envolvimento e participação na educação pré-escolar dos filhos. Atendendo a todas as alterações que a nossa sociedade tem vindo a sofrer, bem como as alterações ao nível da organização, torna-se pertinente perceber, por um lado, qual a posição que os pais têm, actualmente, sobre os objectivos e o papel que atribuem à educação e à Escola e, em particular, à escola dos seus educandos, sobretudo ao nível do jardim-de- infância; por outro, como é que as representações e expectativas dos pais se reflectem na forma como se envolvem e participam neste estabelecimento de ensino e perceber qual a influência da classe social nos pais e seu modo de agir e pensar. Esta investigação envolveu um estudo de natureza quantitativa, com o recurso ao uso do inquérito por questionário Foram inquiridos 106 pais, pertencentes a três estabelecimentos escolares da ilha de São Miguel, com composições sociais diferentes: um do concelho de Ponta Delgada e dois do concelho de Vila Franca do Campo. Na verdade, constatamos que as expectativas dos pais integram preocupações de várias ordens, mas sobretudo, o acompanhamento diário e a promoção da socialização dos seus filhos. Conclui-se, ainda que, as estratégias educativas das famílias se diferenciam consoante a condição social das mesmas e aquando da entrada da criança no jardim-de-infância. Por outro lado, reconhecem a importância da relação escola-família, na medida em que a consideram desejável, gerida de acordo com as suas disponibilidades, reforçando a pertinência das dinâmicas de participação e envolvimento na escola e considerando as reuniões de pais os locais apropriados para se fazerem ouvir. Vemos, portanto, que as famílias não podem ser consideradas como um bloco único na questão do envolvimento familiar com a escola. Esta questão carrega em si múltiplos factores que não podem ser negligenciados.