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- A abordagem da leitura e da escrita na educação pré-escolar em contexto de supervisão em Angra do HeroísmoPublication . Moniz, Maria Margarida Teves; Castanho, Maria da Graça BorgesA aprendizagem da leitura e da escrita é um processo contínuo, cujo sucesso é determinado em larga escala pela acção intencional dos educadores. Estes profissionais devem encorajar a emergência dos comportamentos leitores, organizando ambientes educativos onde a literacia tenha um papel relevante. O contexto e as práticas pedagógicas da sala de aula determinam fortemente a relação que as crianças estabelecem com as palavras impressas e com as actividades de leitura e escrita. No presente estudo, procurámos (1) conhecer o perfil dos Educadores Cooperantes e dos Estagiários relativamente às suas habilitações académicas e à formação recebida sobre leitura e escrita; (2) conhecer as concepções do Educador Cooperante e do Estagiário sobre a abordagem da leitura e escrita no pré-escolar; (3) caracterizar o papel do Educador Cooperante em contexto supervisivo, nomeadamente como orientador de estágio e como promotor da leitura e da escrita; (4) conhecer as actividades de leitura e escrita que os Estagiários promovem na sua prática pedagógica; e (5) averiguar a organização dos espaços, materiais e equipamentos utilizados pelos Estagiários nas actividades de leitura e escrita, relacionando estes aspectos com os modelos curriculares de educação de infância. Este é um estudo descritivo da situação actual da abordagem da leitura e da escrita no pré-escolar, em contexto supervisivo, cuja análise de dados assentou no método misto, através da análise quantitativa de questionários e qualitativa de entrevista e análise documental. No que aos resultados diz respeito, verificámos que tanto os Educadores Cooperantes como os Estagiários, apesar de promovem um leque diversificado de actividades no âmbito da leitura e da escrita, não têm a noção exacta das implicações positivas que a abordagem à leitura e à escrita trazem às crianças a longo prazo. Quanto ao papel do Educador Cooperante em contexto supervisivo, como orientador de estágio e como promotor da leitura e da escrita, os resultados relativos à realização de reuniões, seminários, encontros de trabalho afastam-se do que é proposto pela literatura da especialidade. Porém, os esforços desenvolvidos vão no sentido de os Educadores corresponderem às dificuldades que os Estagiários apresentam. Relativamente à promoção das actividades de leitura e escrita, por parte dos Educadores em geral, a combinação de todos os dados permite-nos concluir que não há consenso no que diz respeito à abordagem da leitura e da escrita no pré-escolar, havendo quem as promova e quem as secundarize nos projectos que desenvolve. No que diz respeito às práticas dos Estagiários, no âmbito da abordagem à literacia, verificamos que nem sempre há consonância na opinião expressa pelos Educadores Cooperantes e Estagiários. Apesar disso, com base na análise documental, foi-nos possível concluir que os Estagiários planificam a sua intervenção, valorizam as tentativas de leitura e de escrita por parte das crianças, realizam, com o intuito de promover actividades de leitura, jogos de procura de letras, sílabas e palavras, leitura de palavras simples, seguida de repetição por parte das crianças e identificação do som de letras do abecedário, e visitam bibliotecas de diferentes tipos. Quanto às actividades de escrita mais desenvolvidas pelos Estagiários, verificámos que estes utilizam com regularidade o “computador” para o efeito. Fazem igualmente o registo de letras e palavras de forma livre, registam histórias, elaboram livros de receitas, quadros de tarefas, quadro de presenças e quadro de novidades. Quanto às áreas de actividades que integram as salas onde os Estagiários desenvolvem as suas práticas, concluímos que existe uma diversidade de áreas de actividades nos jardins-de-infância, indo a generalidade das mesmas ao encontro do que é proposto pela literatura da especialidade. A utilização de materiais como forma de explorar a leitura e a escrita foi também alvo de análise. Apesar de ambos os grupos estarem de comum acordo quando indicam que os livros infanto-juvenis, os jogos, os jornais, as revistas e o abecedário são materiais utilizados pelos Estagiários como forma de promover actividades no âmbito da literacia, a verdade é que, segundo os dados dos Estagiários e dos Documentos, há alguma escassez de materiais, só compensada com um conjunto alargado de materiais preparados pelos agentes de ensino. Ao nível da organização dos espaços e materiais, todas as fontes de informação, usadas por nós, corroboram a ideia de que as salas se encontram organizadas por áreas e que os materiais estão dispostos de forma a servir actividades específicas. No que diz respeito à utilização dos equipamentos, foi-nos dado a conhecer que “projector de vídeo”, o “leitor de DVD” e o computador são os mais utilizados.