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- Sea surface temperature (SST) and ocean color (OC) pattern relationships on an annual and seasonal basis in the Subtropical NE Atlantic, using satellite (AVHRR and MODIS) data (2002-2006)Publication . Guimarães, João Vieira Santos MesquitaMain objectives of this study are to describe temporal and spatial variability of sea surface temperature (SST) and Ocean Color (OC) in the Subtropical Atlantic on monthly, seasonal and inter-annual scales. As an input, five years (2002-2006) of AVHRR SST (in ºC) (NASA/JPL/PO.DACC) and of MODIS OC (chlorophyll a in mg/ m3) (NASA/GSFC) images were used. At the south-western part of the region, the ocean waters were generally the warmest, while the highest OC was found at the Portuguese coast. Result show that SST variability in the region is primarily a balance between ocean surface heating and wind mixing, with some input of SST gradients transport by advection. In tropical waters, inter-annual SST variability showed high negative correlations with NAO index. With some exceptions, Ocean Color seasonal variability varied inversely with respect to SST. In the open ocean regions spring bloom produced the highest chlorophyll a concentration while at the Portuguese coast strong summer bloom is present. In tropical regions, OC variability showed significant negative correlations with SST, particularly during spring and summer.
- Análise do padrão de mergulho e comportamento alimentar de cachalote (Physeter Macrocephalus) e Baleia-Comum (Balaenoptera Physalus) no Arquipélago dos AçoresPublication . Sá, Tiago Duarte Almeida Moura eO comportamento de mergulho e alimentar de cachalote (Physeter marocephalus) e baleia–comum (Balaenoptera physalus), no Arquipélago dos Açores, foi estudado utilizando dados recolhidos em três períodos distintos entre 2005 e 2008. Para o efeito, foram colocados “tags” com Time–Depth Recorders (TDRs), em 7 cachalotes e 2 baleias–comuns. Dos sete “tags” colocados em cachalotes, 6 foram recuperados, tendo permanecido nos animais entre 28 min e 4h26min, registando 20 mergulhos profundos e 22 mergulhos superficiais. Os mergulhos profundos atingiram uma profundidade máxima de 1091 m (média de 820 m) e uma duração máxima de 51 min (média de 44 min). O tempo máximo passado à superfície entre mergulhos profundos foi de 14 min (média de 10 min). Os mergulhos superficiais registaram uma profundidade máxima de 38 m (média de 15 m), uma duração maxima de 9 min (média de 4 min) e um intervalo de superfície máximo de 6 min (média de 3 min). Durante o tempo em que os cachalotes estiveram marcados, 80% desse tempo foi dedicado ao mergulho profundo. Foi analisada a possível interacção dos cachalotes com o fundo oceânico, não se tendo verificado qualquer tipo de relação, sugerindo que estes animais alimentam-se de animais mesopelágicos. No caso das baleias–comuns, os “tags” permaneceram 2h25min na primeira baleia marcada e 6h50min na segunda, registando nesse espaço de tempo 6 mergulhos de alimentação e 157 de não–alimentação. Os mergulhos de alimentação atingiram uma profundidade máxima de 141 m (média de 76 m) e uma duração máxima de 4 min (média de 3 min). Os mergulhos de não alimentação registaram uma profundidade máxima de 121 m (média de 25 m) e uma duração máxima de 4 min (média de 2 min). Durante os megulhos de alimentação, as baleias utilizaram o mecanismo de “lunge feeding” para capturar presas na coluna de água. Como este mecanismo requere um dispêndio energético muito grande, verificou-se o que o tempo despendido à superfície após este tipo de mergulho foi em média superior ao tempo entre mergulhos de não–alimentação.
- Distribuição e padrão de residência das Baleias-de-Barbas (Família Balaenopteridae) no Arquipélago dos AçoresPublication . Santos, Margarida Bacelar OliveiraNo arquipélago dos Açores encontram-se registadas seis espécies de baleias-de-barbas, todas pertencentes à Família Balaenopteridae, também designadas como rorquais: baleia-comum (Balaenoptera physalus), baleia-sardinheira (Balaenoptera borealis), baleia-azul (Balaenoptera musculus), baleia-anã (Balaenoptera acutorostrata), baleia-de-bossas (Megaptera novaeangliae) e baleia-de-Bryde (Balaenoptera edeni). A maioria destas espécies foi sobre-explorada e por isso encontra-se protegida a nível mundial. No entanto, a informação disponível sobre a ecologia destas populações e suas rotas migratórias é escassa, desconhecendo-se ainda o seu padrão de distribuição e residência na região. Recorrendo a saídas de mar (dedicadas e de oportunidade) desde 1988 a 2008 foi possível reunir bases de dados de foto-identificação e avistamentos destes animais. Estas bases de dados foram analisadas para determinar a ocorrência, distribuição, abundância relativa e habitats preferenciais. Com um total de 764 avistamentos, concluiu-se que a baleia-comum é a espécie mais abundante, com uma taxa de avistamento de 0,061 avistamentos/100 km. A baleia-de-Bryde foi considerada a espécie menos abundante (0,001/100km), uma vez que só foi avistada no Verão de 2004. As três espécies mais abundantes, baleia-comum, baleia-sardinheira e baleia-azul exibiram variações significativas na sua ocorrência mensal, chegando ao arquipélago nos meses de maior produtividade primária. Foram também registadas flutuações significativas na abundância anual de indivíduos que parecem estar relacionadas com a disponibilidade de alimento. O mapeamentos dos avistamentos permitiu constatar que as baleias se concentram em redor das ilhas e montes submarinos. Parecem também existir diferenças na concentração de indivíduos entre os diversos grupos de ilhas. A análise das imagens de foto-identificação resultou num catálogo de 428 indivíduos, dos quais 153 foram considerados identificados. Entre os indivíduos identificados verificaram-se 24 reavistamentos, dois deles inter-anuais. Estes reavistamentos sugerem que as águas do arquipélago poderão ser utilizadas pelos animais como área de alimentação durante a migração. A baleia-de-bossas e a baleia-anã mostraram preferência por águas costeiras pouco profundas, enquanto que a baleia-sardinheira, baleia-comum e baleia-azul ocuparam uma maior diversidade de habitats, sendo encontradas tanto em ambiente oceânico como costeiro. Os resultados deste trabalho demonstraram que as águas em redor do Arquipélago dos Açores poderão constituir um habitat importante para as baleias-de-barbas. ao possibilitar a recuperação de parte da energia dispendida durante a migração.