Browsing by Author "Santos, Mariana Santinho Vieira dos"
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- Caracterização de comunidades planctónicas no Banco Submarino Condor (sudoeste da ilha do Faial, Açores) : associação dos principais padrões de distribuição com factores ambientais subjacentesPublication . Santos, Mariana Santinho Vieira dos; Martins, Ana (Maria de Pinho Ferreira da Silva Fernandes); Lambardi, PaoloOs ecossistemas de bancos submarinos são considerados de elevada importância uma vez que contém elevada biodiversidade marinha, tendo assim um elevado interesse económico. Este trabalho teve como local de estudo o banco submarino Condor, que se localiza sensivelmente a 10 milhas náuticas a Sudoeste da ilha do Faial. Foram objectivos principais deste estudo caracterizar qualitativamente e quantitativamente as comunidades planctónicas e determinar as suas variações no tempo e no espaço, bem como associar os respectivos padrões de distribuição aos factores físicos e ambientais envolventes. Para esse efeito foram realizados no âmbito do projecto CONDOR (PT0040 co-financiado pelo programa EEA Grants Financial Mechanism - Iceland, Liechtenstein and Norway) sete cruzeiros oceanográficos a bordo do N/I “Arquipélago” entre Março de 2009 e Março de 2010. Recolheram-se um total de 103 amostras de água para análise fitoplanctónica e 110 amostras para determinar a concentração de clorofila a. Obtiveram-se simultaneamente dados de CTD e foi recolhido um total de 59 amostras de zooplâncton. Com o processamento de algumas das respectivas amostras em laboratório, identificaram-se em termos taxonómicos, o fitoplâncton e zooplâncton, bem como, foram estimadas as abundâncias e as biomassas de zooplâncton. O presente trabalho concerne apenas a 7 estações de amostragem biológica/caracterização físico/química da água (versus um total de cerca de 20 estações de amostragem realizados em cada um dos cruzeiros). Os resultados obtidos pelos perfis de CTD revelaram uma coluna de água estratificada no Verão e bastante misturada no Inverno/Primavera, bem como um máximo de oxigénio também em Julho e não em Março como seria de esperar. Os resultados também mostram forte variação sazonal das comunidades em estudo, com maiores abundâncias planctónicas a ocorrer nos meses de Março (Inverno/Primavera) e menores em Novembro (Outono). Igualmente, constataram-se diferenças significativas ao nível da diversidade e abundância de plâncton dentro e entre as estações do ano estudadas. Verificou-se uma relação directa entre a profundidade da DCM e a profundidade onde se registou maior diversidade e abundância fitoplanctónica, ocorrendo esta sensivelmente aos 75 m no Verão e aos 25 m no Inverno/Primavera. A biomassa máxima de zooplâncton foi registada em Março durante a noite (57,47 mg.m-3) e a mínima em Junho durante a noite (2,98 mg.m-3). Foi igualmente em Março, o mês com maiores valores de abundância e onde se registou a menor diversidade taxonómica de zooplâncton, com um total de 95% de copépodes. Este estudo forneceu pela primeira vez informação acerca das comunidades planctónicas no banco submarino Condor, assim como demonstrou que a realização de estudos multidisciplinares e contínuos são de elevada importância para se poder realizar uma boa avaliação/interpretação da relação entre os processos biológicos e oceanográficos.
