Browsing by Author "Moreira, Orlanda Cristina Barros"
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- Sistematic, population genetics, propagation and conservation of Prunus azorica (Rosaceae)Publication . Moreira, Orlanda Cristina Barros; Moura, Mónica Maria Tavares; Silva, Luís Filipe Dias; Maciel, Maria Graciete BeloPrunus azorica (Hort. ex Mouillef.) Rivas Mart., Lousã, Fern. Prieto, E. Dias, J.C. Costa & C. Aguiar (Rosaceae) é uma árvore ameaçada, endémica do Arquipélago dos Açores, com interesse ecológico e ornamental, considerada como um taxon prioritário em termos de conservação. É considerado como um constituinte da floresta laurifólia e uma importante fonte de alimento para uma das espécies endémicas e emblemáticas da região, Pyrrhula murina, que se encontra também ameaçada. Localmente chamado de ginja-do-mato, pode ser atualmente encontrado em seis das nove ilhas do Arquipélago, nomeadamente em São Miguel, Terceira, São Jorge, Pico Faial e Flores. Ocorre em altitudes acima dos 500 m, principalmente em crateras e ravinas estreitas e profundas, ou dispersa pela floresta natural hiper-húmida. Atualmente compreende uma área de ocorrência de 20,5 km2, e um número de indivíduos maduros que foi estimado como sendo inferior a 200, na sua maioria pertencentes à maior população existente no arquipélago, localizada na zona da Tronqueira (São Miguel). As ilhas do Faial, Pico, São Jorge e Terceira apresentam as populações mais empobrecidas e nas Flores apenas se conhece um indivíduo. Existe alguma controvérsia relativamente à classificação deste taxon, já que foi previamente considerado apenas como uma subespécie, Prunus lusitanica L. subsp. azorica (Mouill.) Franco, e foi mais recentemente elevado ao nível específico, na ausência de uma análise morfológica e/ou genética mais aprofundada. Neste trabalho, investigaram-se os seguintes tópicos: i) propagação vegetativa; ii) germinação das sementes; iii) genética de populações e filogenética; e iv) distribuição presente e potencial e estado de conservação. Os resultados obtidos indicam que a propagação vegetativa, através de estacaria ou de alporquia, é muito eficaz, não sendo necessária a adição de IBA para induzir o enraizamento. Ambos os métodos poderão ser usados na recuperação de populações naturais, em particular nos casos em que a produção de sementes seja nula ou muito reduzida. Também se estabeleceu um protocolo eficaz e exequível para propagação por via seminal, removendo o endocarpo e incubando as sementes a uma temperatura alternada de 10/5 ou 15/10ºC, com um período de luz de 12 horas. Este protocolo permitiu a produção de centenas de plântulas viáveis que foram usadas na reflorestação de uma floresta de louro, no âmbito de um projeto LIFE. De forma a planear corretamente um plano de florestação ou o reforço de populações empobrecidas, estudou-se a estrutura e variabilidade genética das populações, usando oito microssatélites nucleares polimórficos, especificamente isolados para o taxon dos Açores. [...].