Browsing by Author "Brito, Mariana dos Reis"
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- Arthropod diversity patterns in three coastal marshes in Terceira Island (Azores)Publication . Borges, Paulo A. V.; Pimentel, C.; Brito, Mariana dos Reis; Borda-de-Água, Luís; Gabriel, RosalinaThe coastal wet areas of Praia da Vitória (Terceira, Azores) were investigated to describe the ground and aerial (herbaceous and canopy) arthropod communities by comparing patterns of species composition, abundance and diversity. Three wet areas were studied: Paul da Praia da Vitória (PPV), Paul do Belo Jardim (PBJ) and Paul da Pedreira do Cabo da Praia (PPCP). A standardized protocol (based on the COBRA protocol) was performed with day and night sampling of arthropods with a total of 56 samples per site. Common diversity metrics (Hill series) were calculated and abundance patterns were investigated using species abundance distributions (SAD). All investigated communities were dominated by native non-endemic and exotic species; only seven out of the 132 endemic arthropod species and subspecies existing in Terceira Island were found in the area. The logseries described well the communities, with a prevalence of rare species. The three sites seem to work as a complementary network of wet areas with specific arthropod communities possibly related to their specific features. However, Paul do Belo Jardim (PBJ) performed better for many of the investigated indicators, and two IUCN endangered species, the true weevil Drouetius oceanicus oceanicus and the Azorean cone-head grasshopper (Conocephalus chavesi) are relatively abundant there. Due to habitat changes that occurred between 2006 and 2010 in PPV, only one of the three most abundant ground-beetles recorded in 1991-1993 and 2003 was found but only after some additional sampling in a small remnant of the original habitat.
- Contributo para o estudo e conservação da espécie galinha-d'água (gallinula chloropus linnaeus, 1758)Publication . Brito, Mariana dos Reis; Elias, Rui Miguel Pires Bento da Silva; Pereira, Carlos António CandeiasA galinha-d’água é uma espécie cosmopolita, de distribuição muito ampla, encontrando-se distribuída por toda a Europa e arquipélagos da Macaronésia. É uma espécie considerada residente nos Açores, ocorrendo em apenas quatro ilhas deste arquipélago, São Miguel, Santa Maria, Flores e Terceira. Os objectivos do presente trabalho consistiram na determinação dos locais de ocorrência desta espécie na ilha Terceira, conhecer as flutuações sazonais na abundância populacional, caracterizar os seus locais de nidificação bem como os seus habitats de forma a determinar as tipologias de habitat utilizadas, verificar as principais ameaças à sobrevivência da espécie e gerar um conjunto de medidas de gestão que permitam melhorar o estado de conservação da espécie e dos seus habitats. Durante quase dois anos foram efectuados censos semanais no Paul da Praia da Vitória e na Lagoa do Ginjal para contabilizar o número de indivíduos da espécie em estudo e ninhos. De agosto de 2010 a Agosto de 2011 foram efectuadas monitorizações mensais a outras sete lagoas para verificar a existência/ausência da espécie em estudo. Ao longo das monitorizações foram recolhidos dados relativos aos factores que poderiam influenciar de alguma forma a sua existência/ausência nessas lagoas e para poder comparar com os locais onde a galinha-d’água nidificar. Os dados recolhidos foram o tipo de vegetação, perturbações, elementos estruturantes da lagoa, altitude, pH, oxigénio e temperatura da água. Através do site do CLIMAAT, foram retirados de cada lagoa dados relativos à precipitação total, temperatura mínima, máxima e média. O tratamento dos dados recolhidos dos census foi efectuado através da realização de médias aritméticas, dos quais se conclui que no Paul da Praia da Vitória podem ser observados mais indivíduos, facto que poderá ser explicado por parecer que na Lagoa do Ginjal existir apenas um casal e pela destruição de possíveis locais de nidificação. Também se verificou que o tempo de realização das posturas se inicia mais cedo no Paul da Praia da Vitória, no mês de Abril e, por consequência o nascimento das crias também ocorre mais cedo. A observação de juvenis pode ser efectuada durante mais tempo no Paul da Praia da Vitória entre o período de Junho a Outubro, facto que poderá ser explicado por os juvenis na Lagoa do Ginjal tenderem a dispersar. Das monitorizações mensais efectuadas a outras sete lagoas, conclui-se que a galinha-d’água não existia nestas zonas húmidas. Para o tratamento de dados das perturbações detectadas para cada lagoa foi calculado um índice de perturbação, do qual se concluiu que as perturbações detectadas não influenciam a existência da espécie, uma vez que os índices de perturbação das lagoas onde se verificou a ausência da galinha-d’água são iguais ou menores que as zonas húmidas onde esta nidifica. Relativamente à cobertura de vegetação estruturante também se verificou que todas as lagoas monitorizadas possuíam vegetação propicia à alimentação, descanso e nidificação da espécie, pelo que se concluiu que este factor não explicava a ausência da espécie em estudo nas zonas húmidas monitorizadas mensalmente. No que concerne aos factores climáticos e ambientais, foi realizada uma análise de cluster para determinar as semelhanças entre as lagoas. Desta análise resultaram três grupos, um relativo às lagoas de baixa altitude, Paul da Praia da Vitória e Lagoa do Ginjal, onde a galinha-d’água nidifica na ilha, tendo como factores de semelhança valores de precipitação total mais baixos e temperatura da água e temperatura do ar mais elevadas que as restantes lagoas monitorizadas, outro relativo às lagoas e altitudes intermédias, seis das sete lagoas monitorizadas mensalmente para verificar a existência da espécie em estudo, e um terceiro grupo que inclui apenas uma lagoa que se destaca pela altitude mais elevada e pH mais ácido. Perante os resultados obtidos seria prudente tomar algumas medidas de gestão para manter as condições necessárias à existência desta espécie, nas duas zonas húmidas onde a espécie em estudo permanece, sobretudo na Lagoa do Ginjal, onde o pastoreio marginal destrói possíveis locais de nidificação e pela intensidade da caça nesta zona.