Repository logo
 
Publication

Algumas considerações sobre a socialidade nas Ilhas : Pero Anes do Canto e os Corte Real (1505-1518)

dc.contributor.authorGregório, Rute Dias
dc.date.accessioned2009-10-20T14:23:03Z
dc.date.available2009-10-20T14:23:03Z
dc.date.issued2002
dc.description.abstract[...] O Veador [Vasco Anes Corte Real] [há-de] [...] ser farto de quanta avexaçam e mal me tem feito, registava Pero Anes do Canto em 1516. E a expressão nada parecia ter de gratuito, sob o ponto de vista daquele que a enunciava, se a contextualizarmos na série de ocorrências e situações por si vividas ao tempo. Ilustremos um pouco melhor. A 23 dias de Agosto de 1516, procuradores do capitão de Angra e S. Jorge, vedor da Fazenda e conselheiro régio, Vasco Anes Corte Real, procuradores a saber, João Álvares Neto e Diogo Rodrigues de Aboim, solicitavam em justiça citação e demanda a Pero Anes do Canto. A razão invocada prendia-se com determinadas terras, no seu entender pertencentes ao finado filho do capitão de Angra, Gaspar Corte Real (e por isso agora a seu pai como legítimo herdeiro), e ao ainda sob poder e governança do progenitor Jerónimo Corte Real, terras essas na posse ilícita de Pero Anes do Canto. “Pomo da discórdia” seriam então as já conhecidas terras do Porto do Cruz, actuais Biscoitos, que constituiam, ou viriam a constituir, tão-só o primeiro aquirimento de Pero Anes nas ilhas, a pedra angular do respectivo património, a base material da ainda incipiente quinta de S. Pedro (quinta essa, por sua vez, pilar de sustentação da futura Casa Canto) e também viriam a compôr a futura cabeça de morgadio instituído no filho primogénito, António Pires do Canto. Tais terras não estavam, no entanto, todas envolvidas na referida demanda com o capitão de Angra. De facto, contemplava-se apenas aqui uma zona periférica da propriedade em causa, sita à denominada Serra Gorda. Descrita como terra tam longe e [...] tam fragosa acjma que muitas vezes se pasavam sejs meses e huum año [sem] que se soubesse na vila [Angra] ho que se la fazia, constituiria, e pelas referidas características, espaço privilegiado para a eventual ocorrência de situações similares. Por assim o ser, registe-se que o conflito pelo domínio deste território era tudo menos novo. Antes do processo jurídico levantado por Vasco Anes Corte Real, outras demandas haviam envolvido as mesmas terras. [...]pt
dc.identifier.citation"ARQUIPÉLAGO. História". ISSN 0871-7664. 2ª série, vol. 6 (2002): 33-51pt
dc.identifier.issn0871-7664
dc.identifier.urihttp://hdl.handle.net/10400.3/368
dc.language.isoporpt
dc.publisherUniversidade dos Açorespt
dc.relation.ispartofseriesHistória. 2ª série;vol. 6
dc.subjectHistória dos Açores (1505-1518)pt
dc.subjectPovoamentopt
dc.subjectPropriedade Fundiáriapt
dc.titleAlgumas considerações sobre a socialidade nas Ilhas : Pero Anes do Canto e os Corte Real (1505-1518)pt
dc.typejournal article
dspace.entity.typePublication
oaire.citation.endPage51pt
oaire.citation.startPage33pt
oaire.citation.titleARQUIPÉLAGO - Revista da Universidade dos Açorespt
rcaap.rightsopenAccesspt
rcaap.typearticlept

Files

Original bundle
Now showing 1 - 1 of 1
Loading...
Thumbnail Image
Name:
Rute_Gregório_p33-51.pdf
Size:
58.55 KB
Format:
Adobe Portable Document Format
License bundle
Now showing 1 - 1 of 1
No Thumbnail Available
Name:
license.txt
Size:
1.78 KB
Format:
Item-specific license agreed upon to submission
Description: