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Abstract(s)
Imaginem que tem na mão um iPhone 7. Leve, não é? Tão leve que é difícil imaginar que a massa desse objecto corresponde sensivelmente ao peso de uma família de painho-de-Monteiro, dois adultos é uma cria voadora. O paínho-de-Monteiro e a mais pequena ave marinha dos Açores, pesando apenas entre 35 e 60 g; mas nem por isso está à mercê do vento. O seu nome latino Hydrobates monteiroi tem origem no grego antigo e junta as palavras “hydro” – água - e “batis” – indivíduo que caminha, remetendo para a forma como esta ave parece caminhar sobre as águas quando se alimenta. O nome da espécie é ainda uma justa homenagem ao investigador que dedicou a sua vida à proteção do ambiente e ao estudo das aves marinhas dos Açores, Luís da Rocha Monteiro (1962-1999).
Celebra-se este ano uma década desde que o paínho-de-Monteiro foi oficialmente descrito como uma nova espécie endémica dos Açores. Várias foram as diferenças que levaram à distinção em relação ao seu congénere paínho-da-Madeira (Hydrobates castro), incluindo, entre outras, as vocalizações, a morfometria, a genética e a altura do ano em que se reproduzem. Partilham o espaço (utilizam muitas vezes os mesmos ninhos), mas não o tempo; o paínho-de-Monteiro reproduz-se no Verão e o paínho-da-Madeira no Inverno.
[…].
Description
A secção UAciência é coordenada pelo Professor Universitário Armindo Rodrigues.
Keywords
Hydrobates monteiroi Paínho-de-Monteiro
Citation
Neves, V. (2018, 17 de junho). Caminhar sobre as águas. “Açoriano Oriental, Açores Magazine, UAciência”, pp. 28-29.