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- Conservation of Lactuca watsoniana Trelease, an Azorean priority species : phylogenetics, population genetics and propagationPublication . Dias, Elisabete Furtado; Silva, Luís Filipe Dias; Moura, Mónica Maria Tavares; Schaefer, HannoLactuca watsoniana Trel., é uma herbácea perene, endémica do Arquipélago dos Açores. Localmente denominada de “Alfacinha”, pode ser encontrada em quatro das nove ilhas do Arquipélago dos Açores (Faial, Pico, Terceira e São Miguel), estando possivelmente extinta da ilha de São Jorge. O tamanho total estimado das populações é de 500 a 2000 indivíduos, mas observações recentes no campo indicam que poderão ser menos de 500 indivíduos. Considerada como taxon prioritário na Directiva Habitats (Annex B-II) bem como na Convenção de Berna em termos de conservação e está listada como ameaçada (EN B2ab (i, ii, iii); C2a(i)) na Lista Vermelha da IUCN 2017. Atualmente, a Lactuca watsoniana encontra-se restrita a zonas húmidas, ravinas profundas e estreitas, crateras zonas declivosas, prados naturais de Festuca, matos de Erica e florestas de Juniperus entre 600-800 m. Está ameaçada por perda e degradação de habitat, resultante de expansão dos pastos, invasão por espécies exóticas, introdução de herbívoros e distúrbio de áreas sensíveis por turistas e locais. Neste trabalho investigaram-se os seguintes tópicos: i) propagação vegetativa por sementes; ii) genética de populações; e iii) filogenética e filogeografia. Foi estabelecido um protocolo eficaz e exequível para propagação por via seminal, germinando as sementes com 0.1 mg l-1 GA3, ethephon, e um filtro de luz vermelha e um regime de temperatura alterna de 15/10°C, com um fotoperíodo de 12 horas. Este protocolo permitiu a produção de centenas de plântulas viáveis que foram replantadas na população de origem. Dada a necessidade de proceder ao reforço das populações naturais em algumas ilhas, pretendeu-se definir se existiam riscos de contaminação genética resultante da troca de material entre as diferentes ilhas, para isso estudou-se a estrutura e variabilidade genética das populações, usando 8 microssatélites nucleares, desenvolvidos especificamente para a L. watsoniana. Os resultados mostraram uma clara separação entre as várias ilhas dos Açores, estando a maior variação genética dentro das populações (55.0%), mas com níveis relativamente altos de variação entre os clusters (27.3%). Evidenciando um grau de diferenciação entre as populações elevado e fluxo genético com valores inferiores a 1, bem como a existência de isolamento e barreiras geográficas. De modo a clarificar a posição taxonómica da L. watsoniana, nomeadamente em relação a espécies próximas da Europa, Norte da América e de outros Arquipélagos da Macaronésia (Canárias), recorremos a marcadores moleculares nucleares (ITS) e quatro do cloroplasto. Na análise das sequências combinadas de ITS e do cloroplasto (Parsimónia, Máxima verosimilhança e Inferência Baeysiana) o taxon dos Açores, mostrou a existência de um padrão filogeográfico através do arquipélago, com a presença de 5 haplótipos distintos para a L. watsoniana, quatro endémicos em apenas uma ilha (Faial, Pico, Terceira e São Miguel) e um haplótipo com informação genética partilhada do Faial e Pico, bem como uma relação filogenética, bem suportada, com as Lactuca Norte Americanas.