ARQ - CS - N 05 (1990)
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Artigos publicados no Número 5 – 1990
CONTEÚDO / CONTENTS:
Editorial
AMARAL, Carlos E. Pacheco - Regionalismo e estado regional.
HUBERT, François - Quelques réflexions pour un musée de site.
ROCHA, Gilberta - A transição demográfica nos Açores.
MEDEIROS, Octávio - Relações campo-cidade: dependência ou complementaridade?.
ALMEIDA, Onésimo Teotónio - Açores: o futuro e a doce tirania do passado.
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- Relações campo-cidade : dependência ou complementaridade?Publication . Medeiros, Octávio H. RibeiroThe dichotomy rural/urban, which prevailed until recently in functionalist and Marxist sociological analyses was excessively polarized. The increasing communication between rural and urban settings has made such polarization even more obsolete and the term «rurbanization» captures more accurately the present scenario. In the Azores, the trend toward rurbanization is also noticeable, as our survey has shown. A continuous attraction of the city over the rural areas, though in diminishing in numbers, still takes place, but an increase in the level of communication between both settings is also taking form. The study shows, however, an easier integration in city life than expected, particularly among women. Contrary to what was expected, the anonymity of city life does not surface as a perceived trait among the immigrants from the rural areas.
- A transição demográfica nos AçoresPublication . Rocha, Gilberta Pavão NunesA transição demográfica é uma das mais importantes teorias interpretativas da evolução das populações contemporâneas, devido à íntima ligação que estabelece com o processo de desenvolvimento e à possibilidade que oferece em seriar os países numa perspectiva macrodemográfica, classificando-os quer em pré ou pós transição quer numa das fases do processo. A análise da evolução da população associada aos aspectos económicos, sociais e culturais das comunidades é, pois, questão fundamental na teoria da transição demográfica, cerne não só da sua problematização como da controvérsia que à sua volta se gerou. Porém, no que respeita aos Açores, não existem estudos sistemáticos nas diversas áreas científicas que possibilitem uma análise global, interdisciplinar, como seria desejável. O estudo onde se faz intervir, de um modo seleccionado, as variáveis consideradas mais relevantes, como tem acontecido noutros países e regiões, pela sua dimensão e complexidade, não se pode enquadrar nos objectivos deste trabalho. Pensamos, no entanto, que apesar destas limitações e ainda que numa óptica estritamente demográfica, é importante situar os Açores neste processo de evolução. Neste sentido, iremos apresentar numa primeira parte, embora de um modo bastante genérico, a teoria da transição demográfica, suas características fundamentais, seu desenvolvimento e críticas, para em seguida referenciarmos a evolução demográfica nos países desenvolvidos e não desenvolvidos, com especial destaque para a situação europeia, ponto de partida da própria teoria e espaço onde nos inserimos. Nesta perspectiva, Portugal merece uma referência particular. Na segunda parte consideraremos as variáveis primeiras da transição demográfica, ou seja, a mortalidade, a natalidade e ainda o crescimento natural, sendo a sua evolução inserida no faseamento inerente a esta teoria. Embora respeite à totalidade do arquipélago, o nosso estudo tem como base cada uma das ilhas que o compõem. Esta óptica de análise fundamenta-se na importância do conhecimento de cada uma das partes, aparecendo o global como resultante dos principais traços observados nas diferentes ilhas. […].
- Vignoble de Pico : quelques réflexions pour un musée de sitePublication . Hubert, FrançoisEn lisant les lignes qui suivent, le lecteur devra garder présent à l’esprit le fait que l’auteur n’est pas de culture portugaise et qu’il connait peu les Açores. Un musée d’histoire, d’ethnologie est toujours la manifestation concrète de la façon dont un peuple objective son patrimoine. Le lecteur ne devra donc pas prendre en compte des points de vue, des conceptions qui lui paraitraient trop extérieures à sa propre culture. Et à l’inverse, il devra retenir des perspectives qui peuvent être totalement ignorées dans ce rapport. Par ailleurs, il n’est pas concevable d'élaborer un programme de musée avant que les recherches scientifiques n’aient été menées à terme. De ce fait, les propositions des pages qui suivent ne doivent pas être conçues comme des certitudes; elles ont plutôt une valeur d’exemple pour la mise en œuvre d’une méthode d’aménagement d'un musée de site. Enfin un certain nombre de choix ne peuvent pas être faits «ex abrupto». Ils supposent un accord préalable entre les instigateurs du projet quant aux grandes orientations du musée de site. Chaque fois que ce cas se présente dans le déroulement de la démonstration, les différentes options sont proposées; l’une est généralement choisie du fait de sa cohérence avec la logique de construction du programme, mais elle n’est pas nécessairement celle qui doit être impérativement retenue. Toutes les possibilités restent donc ouvertes: ce rapport n'est pas un programme muséographique mais une simulation. Il s’attache surtout à proposer une méthodologie et quelques réflexions qui devront être âprement discutées pour définir le programme muséographique proprement dit.