Departamento de Ciências Agrárias
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Browsing Departamento de Ciências Agrárias by Field of Science and Technology (FOS) "Ciências Naturais::Ciências da Terra e do Ambiente"
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- Análise da sustentabilidade do uso agro-florestal no concelho de AlcoutimPublication . Resende, Ângela Marina Marques; Quinta-Nova, Luís Cláudio de Brito Brandão Guerreiro; Dentinho, Tomaz Lopes Cavalheiro PonceAlcoutim é um concelho do interior de Portugal, que como muitos outros se caracteriza pelo envelhecimento da sua população e o abandono da terra pelos mais jovens. A par desta situação foi considerada como região-piloto para estudos sobre a desertificação, refletindo a degradação dos solos e baixa produção dos mesmos. Para poderem contornar estas situações os agricultores recorreram a financiamentos e reconverteram as terras agrícolas em florestais, arborizando-as. Deixando de produzir algumas espécies adaptadas ao ecossistema e cuja qualidade é reconhecida por muitos como única. Esta conjuntura agrícola e florestal é fruto de orientações de políticas agroflorestais, através de Instrumentos Legais de Ordenamento e de Financiamento. Assim, propõe-se avaliar a sustentabilidade do uso agro-florestal existente no território do concelho de Alcoutim, através de uma metodologia que integre diferentes fatores associados à estrutura de uso, com particular relevo para as potencialidades genéricas de utilização do solo, os processos de degradação do solo resultantes e o valor ecológico associado aos usos e respetivo padrão de distribuição. Desta forma, poderão ser propostos indicadores a seguir no âmbito de futuras políticas agroflorestais para a região, contribuindo-se para o estabelecimento de uma matriz de sustentabilidade de uso. Para o efeito recorreu-se a uma metodologia de análise espacial multicritério – o Processo de Análise Hierárquica (AHP - Analytic Hierarchy Process). Este método permitiu identificar as aptidões do solo para um conjunto de espécies com interesse agrícola e florestal. Verificou-se com este estudo, que o concelho de Alcoutim tem como função principal a protecção, tal como definido no PROF Algarve. No entanto, de forma a garantir uma gestão multifuncional e sustentabilidade há que preconizar orientações e operações no sentido da função produção.
- Análise das deslocações do Elefante Africano (Loxodonta africana) em função de factores ambientais e actividades humanas na Reserva Florestal de Moribane, MoçambiquePublication . Manhice, António Carlos; Dias, Eduardo Manuel FerreiraEste estudo foi realizado na Reserva Florestal de Moribane, na Província de Manica em Moçambique. Tinha por objectivo avaliar a frequência das manadas a água, a tipos de habitats e em campos agrícolas, por estação do ano e durante o dia e noite, bem como analisar as deslocações por cada manada, relacionando as deslocações com os factores altitude, declives e orientação de encostas. Para o estudo das deslocações, três manadas foram monitoradas de Maio de 2011 a Fevereiro de 2013 (exceptuando a manada 1 com dois meses de estudo) usando colares GPS-VHF. Foram usadas duas imagens LANDSAT 8, para a classificação da vegetação e o Google Earth para a validação. Para determinar a presença de água recorreu-se ao Índice NDWI, também foram usadas duas imagens de Satélite -Aster para determinação das altitudes, declives e orientação de encostas. [...].
- Análise dos impactos das mudanças do uso do solo na futura gestão e conservação da Reserva da Chimanimani - MoçambiquePublication . Jaime, Gil; Dias, Eduardo Manuel FerreiraApresenta-se uma análise das tendências de mudanças temporais do uso e cobertura do solo da Reserva nacional de Chimanimani, área de conservação com uma biodiversidade excepcional, desde a sua paisagem de espécies vegetais e animais que se denomina Reserva nacional de Chimanimani, estabelecido como área de conservação transfronteiriça entre Moçambique e a República do Zimbabwe. O objectivo do estudo foi analisar as tendências das mudanças do uso e cobertura do solo da Reserva Nacional de Chimanimani usando a comparação das Imagens Satélites Landsat 4-5 dos anos 1998 a 2011 e 2000 a 2011 considerando as classes de vegetação e áreas desmatadas para ocupação residencial e agrícola. Para a realização do trabalho foram usados métodos mistos sendo o primeiro MAXIVER classificação supervisionada, Segundo ISOCLUSTER, auxiliado com Índices de Vegetação NDVI e SAVI e usando as ferramentas do software ArcGis 9.3 na extensão SPRING. E para análises dos impactos sobre a área do estudo usou se Landscape Metric. Os resultados mostraram que no método MAXIVER o desmatamento foi de 52,67% de 2000 a 2011, enquanto para o método ISOCLUSTER a mudança de uso do solo de florestal para descoberto foi de 33,86% (3263,8 hectares) durante o período de 1998 a 2011, o que significa uma redução em 18,81 % (1813,1 hectares) em relação o MAXIVER, a floresta aumentou em 23,72% (2286,4 hectares) de 1998 a 2011, são impactos resultantes destas mudanças de uma classe para outra a redução da diversidade paisagística para as comunidade de Nhaedzi e Gototo (quadrante 11) na zona central de RNC com tendências a Homogeneidades, o que pode influenciar na redução da biodiversidade nesta região, e houve o aumento de diversidade paisagística nas comunidades situadas entre Zomba e Mahate (quadrante 26) tornando esta região mais heterogenia e isto contribuem para a conservação da biodiversidade. Do estudo concluiu-se que a mudança de usos de solo tem a contribuir para a conversão de áreas cobertas em descobertas e agricultura e uso residencial são as principais causas.
- Avaliação da suscetibilidade a movimentos de vertente na zona oeste da ilha TerceiraPublication . Miguel, Alonso Teixeira; Rodrigues, António Félix FloresTendo em conta o complexo enquadramento geodinâmico do arquipélago dos Açores, que leva a que as ilhas sejam frequentemente afetadas por uma grande diversidade de perigos naturais, de entre os quais se destacam os movimentos de vertente, o objetivo geral da presente dissertação consistiu em avaliar a suscetibilidade a movimentos de vertente na zona Oeste da ilha Terceira, como contributo para um conhecimento mais aprofundado da incidência geográfica destes fenómenos a nível local, numa ótica de gestão interdisciplinar da paisagem e de planeamento e ordenamento do território. A realização do presente trabalho implicou a criação de um inventário de movimentos de vertente histórico, constituído por 207 movimentos de vertente, identificados e cartografados sob a forma de polígonos, com base na análise monoscópica de ortofotomapas e em trabalho de campo. Os referidos movimentos de vertente correspondem a deslizamentos translacionais superficiais que, em alguns casos, evoluíram para escoadas detríticas, com profundidade máxima do plano de rotura de 3,5 m. Os movimentos de vertente cartografados, apresentam, no total, uma área planimétrica de, aproximadamente, 43.800 m2 e um volume de material instabilizado estimado de cerca de 97.300 m3, distribuídos pelas freguesias da Serreta (62,56%), Doze Ribeiras (30,14%) e Santa Bárbara (7,30%). A caracterização morfométrica dos movimentos de vertente foi efetuada através do cálculo de oito parâmetros e dois índices morfométricos, determinados em medições planimétricas (2D) e superficiais (3D). Através de uma análise comparativa, concluiu-se que a utilização dos parâmetros morfométricos tridimensionais, tendo em conta o elevado declive de grande parte da área de estudo, era mais adequada para a determinação da magnitude dos movimentos de vertente, evitando uma adulteração da frequência de eventos de diferentes magnitudes ou gamas de magnitudes. Ainda no decorrer deste processo, concluiu-se que a utilização de ferramentas automáticas para a determinação do comprimento e da largura dos movimentos de vertente, que estão na base do cálculo de outros parâmetros morfométricos, teria induzido erros graves nos resultados dessas medições no presente trabalho, pelo que os mesmos foram determinados manual e individualmente para cada movimento de vertente do inventário. Para a determinação do grau de associação entre os diferentes parâmetros e índices morfométricos, foi aplicado o coeficiente de correlação de Pearson, que permitiu concluir que, em termos gerais, todos os parâmetros apresentam elevados graus de associação positiva, revelando uma elevada interdependência entre os mesmos, com exceção do ângulo da cicatriz e dos índices de alongamento e de circularidade. [...].
- Avaliação do valor dos ecossistemas de turfeiras dos Açores, com recurso a modelação em sistemas de informação geográficaPublication . Pereira, Dinis Manuel Teixeira; Dias, Eduardo Manuel Ferreira; Elias, Rui Miguel Pires Bento da SilvaO panorama mundial tem-se debatido com os problemas inerentes às alterações climáticas, bem como os decorrentes das alterações aos usos do solo, propondo soluções que passam, em grande parte, pelo recurso a sistemas florestais. Recentemente tem-se assistido ao dealbar de vozes que reclamam as zonas húmidas como uma solução mais promissora, assistindo-se a um avanço do conhecimento caracterizador dos diferentes impactos ambientais resultantes das acções antrópicas. As turfeiras são zonas húmidas particulares, nas quais se têm centrado grandes esforços de obtenção de conhecimento, revelando-se como ecossistemas prioritários a inserir nas preocupações de entidades internacionais, tais como a FAO, ou a Comissão Europeia (e. g.: European Comission 2013; Borges et al. 2010; Joosten et al. 2012; McInnes 2007; Wood & Halsema 2008). No caso específico de Portugal as turfeiras não assumiram ainda um papel de destaque, encontrando-se uma grande área de turfeiras, perturbadas e/ou em bom estado de conservação no arquipélago dos Açores e só recentemente surgiu no debate científico como área relevante (Mendes 2009, 2010, 2013) e no plano político como área de investimento prioritário para recuperação ecológica (Decreto Legislativo Regional n.º 15/2010/A). Estas, na Região açoriana, ocupam cerca de 40% da superfície das áreas protegidas, sendo esta emergente relevância reconhecida pelas funções que as mesmas desempenham como elementos estruturadores da paisagem, na capacidade das ilhas para serem ecologicamente equilibradas, como sistema tamponizante/retentor de eventos climáticos, atuando como regularizadores do mesmo nas partes mais altas das ilhas e, consequentemente, das linhas de água a jusante. São um sistema retentor de metano e sequestrador de carbono; promotores de biodiversidade zonal e azonal (Dias et al. 2004); são ainda promotores da estabilidade física das zonas mais altas das ilhas, limitando a possibilidade de derrocadas e deslizamentos. São ecossistemas produtivos, que, nos Açores sofrem pressões antrópicas, as quais limitam as funções ecológicas desempenhadas pelos mesmos. Existem trabalhos caracterizadores das turfeiras nos Açores, porém o desconhecimento ainda é considerável, pelo que se torna premente desenvolver um estudo que quantifique os impactos que as mesmas têm na regulação do ciclo hídrico e no processo de crescimento e acumulativo de turfa (com as consequências inerentes), bem como da distribuição potencial no território açoriano. Pretende-se assim colmatar esta falta de conhecimento, estimando estes impactos, recorrendo a técnicas de modelação tridimensional em Sistemas de Informação Geográfica (SIG), com recurso a dados cartográficos, modelação da distribuição potencial de diversos tipos de turfeiras, secções transversais das mesmas, medições de matéria orgânica, uso de radares de penetração no solo e dados da quantidade de água retida pelas turfeiras, bem como uma avaliação do seu potencial futuro sob diferentes modelos de gestão.
- Cambios antrópicos y variación espacio-temporal en comunidades de macroinvertebrados acuáticos de lagunas oceánicas : el caso del Archipiélago de las AzoresPublication . Lamelas López, Lucas; Florencio Díaz, Margarita; Borges, Paulo Alexandre Vieira[...]. A presente tese consta de duas partes: 1) uma amostragem temporal, em que foram amostradas cinco lagoas (3 temporárias e 2 permanentes) de forma mensal, durante dez meses (de novembro de 2013 a agosto de 2014), o qual equivale a um ciclo de inundação-dessecação completo considerando as lagoas temporárias; e 2) uma amostragem espacial, na que se amostraram doze lagoas e oito tanques artificiais distribuídos por toda a ilha, no mês de maio de 2014. Foi obtida informação detalhada sobre a caracterização físico-química das lagoas da ilha Terceira em um gradiente espaço-temporal, assim como das comunidades de macroinvertebrados que as habitam, incluindo dados sobre distribuição, fenologia e outros aspetos ecológicos. Na primeira parte sobre a variação temporal, foram analisados aspetos tais como as diferenças entre lagoas temporárias e permanentes relativamente às variáveis ambientais e às comunidades que as habitam, padrões de alfa- e beta-diversidade, a contribuição relativa do "turnover" de espécies e do "nestedness" aos padrões da beta-diversidade observados, e uma análise da variação temporal da comunidade, e a sua relação com as variáveis ambientais. Ademais, a tese está focada principalmente nos processos associados às espécies endémicas pela sua vulnerabilidade, e às espécies exóticas pelo risco associado para as comunidades nativas destas lagoas. Na segunda parte sobre a variação espacial, foram analisadas principalmente as diferencias entre tanques e lagoas, a nível das variáveis ambientais, e a nível da comunidade de macroinvertebrados. Foram igualmente analisadas as características ambientais que separam os meios de água em geral utilizando-se análises multivariadas, detetando um grupo de lagoas com entrada de nutrientes que se separam das restantes. Estas últimas lagoas estão associadas a atividades agrícolas e apresentam comunidades de macroinvertebrados diferenciadas das restantes. Por outro lado, os tanques se diferenciaram nas suas comunidades devido às diferenças de pH entre estes e as lagoas naturais. Consequentemente, a solução proposta para manter estos reservatórios de biodiversidade nos tanques artificiais, consiste em i) manter as condições ambientais ótimas, e similares às lagoas naturais (a exceção do pH e a condutividade elétrica da água, devidas a natureza e estrutura dos tanques); e ii) manter um alto grau de conservação das lagoas naturais, que salvaguarde a sua proteção perante a chegada de espécies exóticas potencialmente invasoras, já que os tanques albergam uma maior proporção das mesmas. Por último, cabe destacar que o presente projeto representa o primeiro estudo espaço-temporal sobre a comunidade de macroinvertebrados aquáticos, e a sua relação com as características ambientais das lagoas que as habitam, no arquipélago dos Açores; e o primeiro em abordar os padrões da beta-diversidade das comunidades das lagoas da ilha Terceira, abordando a maioria das lagoas existentes nesta ilha. Ademais, os resultados do projeto permitiram publicar dois artigos científicos em revistas internacionais, assim como um póster em um congresso. Também foram obtidos cinco novos registros de espécies para a ilha Terceira.
- A comunicação de risco na mitigação das alterações climáticas : como promover práticas pró-ambientaisPublication . Ferreira, Tânia Marisa Cordeiro; Arroz, Ana Margarida Moura; Rodrigues, António Félix FloresNesta investigação coloca-se ênfase na comunicação de risco ou comunicação de risco ambiental como estratégia fundamental de transmissão de conteúdos audiovisuais que poderão conduzir a ações de minimização do risco das alterações climáticas. Nesse contexto, levanta-se a seguinte questão de investigação: Quais serão os atributos necessários a uma comunicação de risco eficaz na alteração de conhecimentos e/ou ações acerca das alterações climáticas e dos seus impactos na paisagem terceirense? Assim sendo, apresenta-se como principal objetivo o seguinte: conhecer/descobrir as ferramentas e estratégias informativas necessárias para criar um dispositivo de comunicação de risco eficaz que se traduza em conhecimentos e/ou ações de mitigação do risco ou das consequências das alterações climáticas globais. São várias as etapas metodológicas necessárias ao desenvolvimento do doutoramento e à concretização do fito da investigação, salientam-se as seguintes: avaliar conhecimentos, perceções ambientais e representações das práticas de indivíduos; elaborar cenários de risco; construir e testar comunicações de risco; identificar os atributos subjacentes a uma comunicação de risco eficaz. As conclusões da presente investigação poderão contribuir para promoção de ações individuais de minimização do risco e para a implementação de medidas de mitigação, numa lógica de governança, envolvendo as dimensões sociais e políticas da gestão pública do risco.
- Contribuição para a sustentabilidade no fornecimento e uso da água em Massingir (Moçambique)Publication . Mabunda, Pinto Jorge; Quadros, Sílvia Alexandra Bettencourt de Sousa; Cascalho, José ManuelMoçambique não é considerado um país com escassez de água. É, porém, altamente vulnerável com respeito à água e inseguro por causa da incerteza crescente na base dos recursos hídricos nacionais. Além da partilha de bacias hidrográficas, a variabilidade anual e inter-anuais de precipitação, a competição na procura de água por sectores económicos em algumas bacias de rios e infraestruturas hídricas subdesenvolvidas, e em grande parte degradada, são alguns dos fatores que justificam essa vulnerabilidade hídrica. Neste contexto é necessário promover a utilização racional da água, sem conflitos e desperdícios, de forma a maximizar o bem-estar social e económico de todos os utilizadores. A falta de cobertura no fornecimento de água e o conflito entre grupos de agricultores e criadores de gado pelo uso da água em Massingir, têm conduzido a situações de tensão social nas comunidades. O trabalho teve como objetivo definir estratégias para o uso sustentável de água em Massingir (Moçambique) onde se recorreu a reuniões, entrevistas, visitas de campo, inquéritos, software Netlogo e através de debates participativos houve como resultados para resolução de conflitos entre agricultores e criadores de gado: 1) Abertura de caminhos próprios que levem o gado até ao local de abeberamento; 2) O gado deve ser sempre acompanhado pelo dono; 3) Os agricultores devem vedar os seus campos; 4) Em caso de devastação de campos agrícolas pelo gado, o proprietário do gado deve ser responsabilizado e deve pagar ao agricultor pelos danos causados. Em relação ao consumo de água, 48 % das famílias obtém água a partir de furos, 16 % tem acesso ao serviço de abastecimento de água do pequeno privado, 30 % compra água nos camiões e 6 % buscam água diretamente da barragem/rio. Esta situação torna essas pessoas vulneráveis as doenças de natureza hídrica, uma vez que água dessas fontes não esta protegida. O sistema de abastecimento de água de pequeno privado só abastece um bairro. O abastecimento de água em Massingir não satisfaz as necessidades básicas do consumo de população e as famílias continuam ainda com problemas de água e algumas consomem água imprópria. As pessoas tiram água na barragem e não pagam nenhuma taxa pela exploração de recurso e aliado a isso, deve-se estabelecer uma taxa pela exploração de água para as pessoas que tiram diretamente da barragem. O pequeno sistema de abastecimento de água deve aumentar a sua capacidade técnica e de cobertura para que água chegue a todos bairros e para que todas famílias tenham acesso a água potável. Devem continuar os esforços de educação da população relativamente à prevenção de doenças de origem hídrica, nomeadamente as visitas porta-a-porta assim como palestras em diversas instituições com vista a disseminar mensagens educativas sobre a prevenção da Malária e Diarreia.
- Desperdício de produtos hortofrutícolas percebido por famílias de uma freguesia citadina nos AçoresPublication . Marinho, Maria Cristina da Silva Ribeiro; Gabriel, Rosalina Maria de Almeida; Arroz, Ana Margarida Moura; Elias, Rui Miguel Pires Bento da SilvaCerca de metade da comida produzida em todo o mundo vai para o lixo. Muitos fatores contribuem para o desperdício, envolvendo aspetos da cadeia de produção tão diversos quanto os modelos intensivos de produção adotados, as condições inadequadas de armazenamento e transporte ou até as promoções que encorajam os consumidores a comprar em excesso. Nos últimos tempos têm surgido vários estudos relacionados com o desperdício alimentar, reconhecendo-o como um caso bem ilustrativo de insustentabilidade, pelas significativas consequências sociais, ambientais e económicas que comporta. Várias facetas do problema estão relacionadas com as escolhas e comportamentos dos consumidores, não só pelas quantidades que compram ou pelas estratégias de conservação que utilizam, mas também pelos critérios de consumo que orientam as suas compras. Em que medida o aspeto, a cor e o formato da fruta e dos legumes serão mais ou menos determinantes na escolha dos frescos do que outras questões como a imoralidade da fome e ética do mercado, a insustentabilidade ambiental ou a proteção do mercado regional, por exemplo? Perceber em que medida os terceirenses estarão despertos para esta problemática levou à realização de um inquérito, por questionário hétero-administrado, que visa caracterizar as perspetivas de 200 famílias da freguesia de Santa Luzia (Angra do Heroísmo, ilha Terceira, Açores) acerca da dimensão do desperdício de produtos hortofrutícolas no mundo e as representações que fazem das suas práticas de consumo e de desperdício. Pretendeu-se que os resultados deste estudo permitissem perceber o grau de consciencialização das pessoas relativamente a este fenómeno e identificar os motivos que lhe subjazem, podendo contribuir para fundamentar a conceção de programas de intervenção que visem reduzir o desperdício alimentar. Daí que se tenha dado uma ênfase particular à exploração da recetividade dos inquiridos a produtos que, mantendo a qualidade nutricional, não pertencem à norma elitista dos mais perfeitos, belos e viçosos exemplares. [...].
- Development of decision support tools for implementing mitigation strategies of Medfly populationsPublication . Pimentel, Reinaldo Macedo Soares; Lopes, David João Horta; Mexia, António Maria Marques; Mumford, John DavidA Mosca-do-Mediterrâneo (Ceratitis capitata Wiedemann) é uma das principais ameaças para o comércio de frutas frescas por todo o mundo devido ao impacto económico negativo na qualidade dos frutos e à capacidade de adaptação desta a uma ampla variedade de condições geográficas e climáticas. Considerando-se todos os trabalhos já realizados nos Açores, principalmente na Ilha Terceira sobre esta problemática, com a perspetiva de resolver problemas operacionais que normalmente surgem nos programas de controlo integrado da mosca-do-Mediterrâneo, nomeadamente os relacionados com a agregação desta praga e sua distribuição espacial, que os principais objetivos do presente trabalho foram: analisar a dinâmica populacional da Mosca-do-Mediterrâneo nas Ilhas Terceira e São Jorge (Açores); avaliar o impacto de estações esterilizadoras de longa duração (1 ano) contra as suas populações adultas; avaliar se existia qualquer relação significativa entre a abundância de adultos selvagens de mosca-do-Mediterrâneo e as características espaciais de um determinado local a tratar; e avaliar a eficiência de três métodos de análise geomática para estimar valores de moscas por armadilha, por dia, para áreas não fora do âmbito de amostragem e para as condições da Ilha Terceira e da ilha de S. Jorge. Os estudos de dinâmica populacional revelaram, na Ilha de São Jorge, uma proporção sexual dos machos / fêmeas significativamente menor do que o observado na Ilha Terceira e em termos de dinâmica populacional revelou também que as dinâmicas populacionais nas duas Ilhas estudadas estão geralmente relacionadas com a disponibilidade e abundância de frutos nos seus hospedeiros. No entanto, o número de picos populacionais ou registos de capturas poderão não ser uma base fidedigna para a tomada de decisão por parte do produtor. Na Ilha Terceira, em determinadas condições, foram observadas infestações de mosca-do-Mediterrâneo em alguns frutos (por exemplo, frutos Solanum mauritianum), enquanto, em simultâneo neste hospedeiro não houve quaisquer registos de adultos. [...].