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- Autopoiesis e Emergência na Comunidade de Investigação FilosóficaPublication . Vieira, Fernando Manuel Correia; Teixeira, Magda Eugénia Pinheiro Brandão Costa Carvalho; Silva, Rui Jorge Sampaio; Kennedy, Nadia StoyanovaNesta dissertação pretendemos deter-nos na comunidade de investigação filosófica, na sua pertinência, no pensamento que se movimenta ou pode movimentar-se nela e no que emerge e potencialmente poderá emergir, detendo especial atenção também no que emerge de todas as relações que neste processo ocorrem e em determinar até que ponto rever a base do nosso sistema de pensamento. Neste sentido, procuraremos apresentar a Biologia do Conhecer de Humberto Maturana, uma teoria do viver e do observar, o seu conceito de autopoiesis – a identificação do sistema vivo como uma rede de produções de componentes no qual os componentes produzem os sistemas circulares que os produzem, ou seja, um sistema determinado pela sua estrutura sem que, no entanto, exista determinismo. Procuraremos explicar de acordo com a perspetiva de Maturana como o fechamento estrutural coabita com a abertura que a relação proporciona. Acompanharemos o pensamento de Maturana na análise do ser humano nas suas múltiplas dimensões e como estas se relacionam, na sua busca por uma autoconsciência, assim como, na sua pergunta pela realidade onde o observador constitui existência com as suas operações de distinção. Nesta sequência, consideramos pertinente uma aproximação ao pensamento complexo, às suas dimensões e propriedades, ao seu apelo a uma mudança de paradigma na forma de pensar o pensamento, assim como, de pensar e tentar explicar o real. Daremos particular atenção à sua dimensão de emergência dando enfase à sua importância para a comunidade de investigação filosófica. O grande objetivo é o de contribuir para a potenciação de si e do outro e, neste sentido, como incorporar esta atitude e desenvolver algumas condições e ações que permitam ou nos aproximem da sua concretização. Por fim e em anexo, propomos uma estratégia para a aprendizagem da filosofia no ensino secundário – Da aula à comunidade de investigação filosófica - tendo por base a experiência de lecionação neste formato durante 5 anos.
- A cidadania como projeto educativo em contextos não escolares: uma investigação reconstrutivaPublication . Rocha, Rúben José Pacheco Faustino Parruas; Fonseca, Josélia Mafalda RibeiroAs práticas de cidadania, tem como objetivo entender o sentido e o lugar da educação para a cidadania no processo educativo de uma instituição de acolhimento residencial e colaborar para que o mesmo se torne um eixo central na formação cidadã de jovens institucionalizados. A educação para a cidadania, hoje, não pode ser vista apenas como um processo de instrução cívica, pois já se revelou ineficaz na formação de cidadãos ativos e responsáveis. Na investigação agora em análise, a educação para a cidadania é concebida como um processo educativo global e integrado, assente numa cidadania ativa, que aponta à promoção da formação do individuo através da construção do eu, na sua dimensão singular e comunitária. Conscientes da importância da educação para a cidadania na sociedade atual, julgamos fundamental envolver uma instituição de acolhimento residencial de jovens num trabalho de investigação-ação colaborativa, onde fosse possível analisar e refletir como entendiam e promoviam o processo educativo para a cidadania nas suas práticas diárias. Contribuiu para este trabalho de investigação uma comunidade de aprendizagem, constituída pelo investigador principal, dois técnicos e cinco jovens de uma casa de acolhimento residencial. O processo de investigação-ação colaborativa distribuiu-se em diferentes ciclos e fases, iniciando na definição de problemas, passando pelo processo de investigação e culminando na avaliação da mudança, verificando se os jovens aprenderam novas perspetivas de uma educação cidadã. Ao longo do processo optou-se por diversos procedimentos de recolha e de análise de dados: entrevistas exploratórias, para conhecer a realidade em estudo, um questionário diagnóstico, que possibilitaram conhecer o público-alvo do estudo e, por fim, uma adaptação da escala de cidadania para adolescência para verificar se existiram mudanças significativas após a oficina de formação. No final do presente trabalho de investigação, verificámos que os jovens apresentaram algumas mudanças, principalmente, na forma como concebem e desenvolvem a cidadania, associando-a a uma ética da responsabilidade.