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- Avaliação de desempenho ambiental do sistema de gestão de resíduos de Nordeste (São Miguel)Publication . Neves, André Iglésias; Cunha, Regina Tristão da; Cruz, José Virgílio de Matos FigueiraSendo os resíduos sólidos urbanos uma consequência directa das actividades diárias das sociedades, urge compreender de que modo evoluem no tempo as suas características principais, quer quantitativamente, quer qualitativamente, uma vez que têm profundas implicações na saúde pública e na qualidade dos ecossistemas. Modelos de gestão de resíduos sólidos urbanos adequados e eficientes, nomeadamente, em matéria de recolha, transporte, tratamento, valorização e eliminação dos resíduos produzidos, permitem uma mitigação substancial, ambiental e económica, dos impactes adversos decorrentes da sua inevitável produção. No sentido de avaliar o Desempenho Ambiental do Sistema de Gestão de Resíduos Sólidos Urbanos do concelho de Nordeste (São Miguel) foi aplicado um Modelo de Avaliação do Desempenho para Sistemas de Gestão de Resíduos Sólidos, considerando como referência o ano 2010. O Modelo de Avaliação do Desempenho Ambiental utilizado foi o Integrated Solid Waste Management (ISWM) (EPIC, 2002). Produziu-se um documento final, o Inventário Ambiental – Sistema de Gestão dos Resíduos Sólidos Urbanos (MSW), o qual contempla uma Análise de Inventário de Ciclo de Vida (ICV) para a energia consumida, gases de efeito de estufa, gases acidificantes, precursores de smog, metais e compostos orgânicos e resíduos indiferenciados. Para o carregamento do Modelo foi necessário proceder à realização de uma experiência de caracterização de embalagens de plástico e metal. Para atingir estes objectivos seleccionaram-se, 15 famílias, que correspondem a 48 pessoas no total e, aproximadamente, a 0,9% da população total do concelho de Nordeste. Estas famílias, durante os 15 dias da experiência, separaram os resíduos de plástico, nos 7 tipos diferentes existentes, e de metal. Concluiu-se que, em cada 100% de resíduos de embalagens produzidos num mês, 81% serão plásticos e apenas 19% metais. Ainda, em relação aos plásticos, concluiu-se que em 100% de plásticos produzidos num mês, 24,7% correspondem a Politereftalato de etileno (PETE), 22,0% a Polietileno de baixa densidade (LDPE), 19,8% a Polietileno de alta densidade (HDPE), 13,8% a Polipropileno (PP), 9,8% a Poliestireno (PS), 8,8% a Policloreto de vinilo (PVC) e 1,1% a Outros. Verificou-se, ainda, que há muita informação contraditória sobre o que se pode depositar e o que não se pode depositar em cada ecoponto, nomeadamente as embalagens “Tetra Pak”, o que resulta de patentearem instruções contraditórias ou mesmo indicações erróneas, demonstrando ser fundamental fomentar junto da população educação ambiental que, por um lado actuasse no sentido de informar sobre todo o sistema e funcionamento e, por outro, tivesse a capacidade de sensibilizar para uma correcta participação no mesmo. Terminada a recolha de informação, procedeu-se à aplicação do Modelo. Este efectuou uma Análise de Ciclo de Vida. Para o caso do aterro de Nordeste, contribuíram para o Inventário do Ciclo de Vida a energia consumida, os gases de efeito de estufa (CO2 e CO2 equivalente), os metais pesados (chumbo e cádmio), a carência bioquímica de oxigénio (CBO) e os resíduos indiferenciados.