Browsing by Author "Santos, Ana Isabel"
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- A abordagem à leitura e à escrita no jardim-de-infância: concepções e práticas dos educadores de infânciaPublication . Santos, Ana Isabel; Martins, Margarida AlvesO presente trabalho de investigação teve por objectivo principal caracterizar as concepções dos educadores de infância sobre a forma como as crianças constroem a linguagem escrita e sobre a forma como deve ser feita a abordagem à leitura e escrita no jardim-de-infância, as suas práticas pedagógicas neste domínio e a possível relação entre estas e a evolução das concepções infantis sobre a leitura e a escrita num grupo de crianças em idade pré-escolar. Neste sentido e, em termos metodológicos, a investigação constrói-se numa análise progressivamente mais aprofundada do contexto em questão, tendo como quadro de referência uma abordagem compreensiva, incluindo metodologias qualitativas e quantitativas que, organizada em duas fases distintas mas complementares, vai adequando abordagens distintas consoante o tipo de informação que se pretendeu recolher em cada uma delas. A informação recolhida nestas duas fases foi, posteriormente, organizada em quatro estudos distintos que, dando corpo ao estudo empírico, veio permitir perspectivar a forma de ser e estar dos educadores de infância da Ilha Terceira, Açores, no domínio da abordagem à linguagem escrita. Assim, os Estudos 1 e 2 centraram-se na análise das concepções dos educadores de infância acerca da abordagem à linguagem escrita, considerando as perspectivas destes docentes sobre aquilo que consideram dever ser as suas práticas no domínio em questão, as perspectivas acerca daquilo representam as suas práticas pedagógicas reais e os conhecimentos expressos sobre as concepções infantis de leitura e escrita, sobre a sua evolução e sobre a forma pedagogicamente mais consentânea para intervir em prol do desenvolvimento dos diversos processos nelas inscritos. No Estudo 1 participaram 74 dos 75 educadores de infância a exercerem a sua actividade profissional em jardins-de-infância da rede pública da Ilha, que foram inquiridos através de um questionário e no Estudo 2, 18 educadoras de infância, seleccionadas de entre esses 75, que foram observadas e entrevistadas. Os Estudos 2, 3 e 4 debruçaram-se sobre a análise das práticas pedagógicas dos educadores de infância no âmbito da linguagem escrita, procurando destrinçar, fundamentalmente, qual o papel que estes docentes desempenham no processo de abordagem emergente à linguagem escrita no jardim-de-infância. Focando aspectos como a forma de conceber o projecto de intervenção, a organização e gestão de espaços e tempos, a implementação de estratégias de intervenção junto dos grupos de crianças que frequentam cada uma das salas observadas ou as estratégias de articulação família/escola, estes Estudos oferecem-nos uma visão alargada acerca do papel dos educadores de infância neste domínio, permitindo pormenorizar os elementos que se constituem como privilegiados em termos de intervenção pedagógica. Os resultados apresentados no Estudo 4 permitem-nos, ainda, estabelecer alguma relação entre as práticas pedagógicas das educadoras de infância e a evolução das concepções infantis sobre leitura e escrita. Dos Estudos 2 e 4 fizeram parte as 18 educadoras de infância anteriormente referidas e, ainda, 146 crianças, cujos resultados de diversas provas para avaliar as suas concepções sobre leitura e escrita foram incluídos no Estudo 4. O Estudo 3 foi construído a partir da observação aprofundada das práticas pedagógicas de três educadoras de infância seleccionadas de entre as 18 observadas. Em geral, os resultados apresentados nestes estudos permitem afirmar que concepções e práticas pedagógicas dos educadores de infância no domínio da linguagem escrita podem ser caracterizadas pela descontinuidade que revelam e que se manifestam quer entre concepções e práticas, quer, mesmo no interior de concepções e de práticas. Entendendo esta descontinuidade enquanto situação pontualmente focada para o domínio em questão, mas carente de um fio condutor ou de um contínuo que lhe confira fluidez, regularidade, sistematicidade e transversalidade, concepções e práticas pedagógicas acabam por carecer de uma perspectiva de omnipresença que torne a abordagem à linguagem escrita contextualizada e significativa. Esta descontinuidade, manifestada pelos altos e baixos que ora as aproximam, ora as distanciam, de uma abordagem que se pretende emergente, são denunciadoras de hiatos na forma como os educadores concebem e implementam a sua intervenção pedagógica, numa confluência de saberes e saberes-fazer, com implicações evidentes quer ao nível da organização e gestão da intervenção docente quer, sobretudo, ao nível da forma como as crianças são levadas a pensar a linguagem escrita, que se torna claramente evidente no Estudo 4, com as diferenças evidentes na evolução registada nas concepções sobre leitura e escrita do grupo de crianças que frequentam salas cujas educadoras se afiguram mais consistentes e sistematizadas com uma perspectiva de literacia emergente. Dos resultados emerge uma chamada de atenção para os docentes da educação de infância e para os seus formadores, perante a necessidade de reflectir acerca da forma como está a ser perspectivada e implementada a intervenção neste âmbito e da formação que neste campo é oferecida, na procura da necessária articulação coerente entre as diversas componentes curriculares que enformam concepções e práticas, na tentativa de responder da melhor forma possível às necessidades e interesses emergentes das crianças em idade pré-escolar no domínio da linguagem escrita.
- Avaliação das disciplinas de projecto educacional em...: articulação curricular e mobilização pedagógica no plano curricular da licenciatura em educação de infância da Universidade dos AçoresPublication . Santos, Ana Isabel; Figueiredo, Maria Pacheco; Arroz, Ana Margarida MouraAs disciplinas de Projecto Educacional em Conhecimento Lógico-Matemático e em Linguagem iniciam uma componente curricular que visa fundamentar e actualizar os conteúdos de cada área curricular e definir os contornos pedagógicos da área, mobilizados através de projectos pedagógicos de intervenção específicos. Uma vez que a estruturação da matriz curricular em questão torna explícita a ligação entre as diferentes disciplinas e os contributos esperados de cada urna delas para as de “Projecto Educacional em...” , sendo, mesmo, consideradas como pré-requisitos, interessa avaliar a real articulação entre essas disciplinas, à luz das dificuldades detectadas. Os dados obtidos na avaliação do funcionamento das disciplinas assumem relevância para diferentes dimensões do Projecto AVAL, projecto que visa avaliar a concretização dos objectivos pedagógicos propostos no plano curricular. A análise desses dados permitiu-nos avançar com a sugestão de aspectos que necessitam de reflexão e reformulação por parte do corpo docente.
- Avaliação das Práticas de leitura e de escrita em Educação Pré-EscolarPublication . Martins, Margarida Alves; Santos, Ana IsabelEste trabalho tem como objetivo a apresentação de uma grelha de observação de práticas pedagógicas no domínio da leitura e da escrita em contexto de jardim-de-infância. Numa primeira parte aborda-se o papel que o jardim-de-infância deve desempenhar no desenvolvimento dos conhecimentos e representações sobre a linguagem escrita. Numa segunda parte apresenta-se a referida grelha de observação. Trata-se de um instrumento constituído por 60 itens, divididos em três grandes domínios: projeto pedagógico (3 itens), organização e gestão do espaço físico da sala e rotina diária (19 itens) e práticas de leitura e escrita (38 itens).
- Conceções dos educadores portugueses sobre a linguagem escrita : um estudo de casoPublication . Santos, Ana Isabel; Martins, Margarida AlvesO presente artigo pretende dar conta dos resultados de uma investigação realizada junto de um grupo de 18 educadoras de infância a trabalhar em escolas da rede pública da Ilha Terceira, Açores, Portugal, cujo objetivo foi o de compreender a sua perspetiva acerca da abordagem à linguagem escrita no âmbito da educação de infância. Foram avaliados aspetos como a posição pedagógica e metodológica que as educadoras afirmam adotar na sua intervenção pedagógica e os processos de aprendizagem que afirmam privilegiar como promotores da literacia nas suas salas. A entrevista realizada durante o segundo trimestre do ano escolar permitiu concluir que a forma de pensar destas educadoras, acerca do desenvolvimento da linguagem escrita, caracteriza-se, basicamente, pelo distanciamento relativamente a uma perspetiva emergente da literacia, centrada nas crianças, pela atribuição de uma acentuada importância às atividades e estratégias de intervenção direta e pelo défice de conhecimentos sobre a forma como se desenvolvem os processos de leitura e escrita em crianças pré-escolares.
- Concepções e Práticas Pedagógicas de abordagem à linguagem escrita dos educadores de infânciaPublication . Santos, Ana Isabel; Martins, Margarida AlvesA comunicação tem por objectivo apresentar os resultados de um estudo realizado com 18 educadoras de infância que desenvolvem o seu trabalho na rede pública da Ilha Terceira, Açores, que foram observadas e entrevistadas no sentido de apreender e compreender a forma como implementam práticas pedagógicas potencializadoras da emergência da literacia e como perspectivam a sua intervenção pedagógica neste domínio. Considerando elementos como a concepção do projecto pedagógico de intervenção, a organização e gestão de espaços e tempos, a implementação de estratégias de intervenção e, ainda, o tipo de competências que consideram dever privilegiar em prol de uma adequada transição das crianças para o primeiro ciclo do ensino básico, os resultados permitem afirmar que existem discrepâncias pontuais entre concepções e práticas pedagógicas que nos levam a falar de uma falta de consistência entre ambas. Dos resultados surge uma chamada de atenção para os docentes de educação de infância, perante a necessidade de reflectir acerca da forma como implementam e perspectivam a sua intervenção, na procura da necessária articulação entre as diversas componentes curriculares que enformam concepções e práticas, na tentativa de responder da melhor forma possível às necessidades e interesses emergentes das crianças em idade pré-escolar acerca da linguagem escrita.
- Os diagramas De Venn como recurso filosófico no Jardim de InfânciaPublication . Costa Carvalho, Magda; Santos, Ana Isabel; Sequeira, Renata VanessaEsta investigação insere-se no âmbito científico e pedagógico da Filosofia para Crianças, mais especificamente na sua prática com pessoas em idade pré-escolar. Pretendeu-se investigar o tipo de resposta de uma comunidade de investigação filosófica, modelo pedagógico e epistemológico da Filosofia para Crianças, a alguns problemas lógicos cuja resolução envolveu o recurso a Diagramas de Venn. Explorou-se especificamente a formação de conjuntos com intersecção e concluiu-se pela exequibilidade deste recurso lógico no âmbito da educação pré-escolar, bem como pela sua relevância em termos de formação do pensamento.
- Entre o Pré-Escolar e o 1º Ciclo do Ensino Básico: a leitura e a escrita na perspectiva de educadores e professoresPublication . Santos, Ana IsabelO processo de transição entre níveis educativos é amplamente reconhecido e pontualmente estudado como um factor importante que contribui para uma progressão de sucesso nas aprendizagens das crianças. Numa pesquisa alargada sobre as práticas pedagógicas de literacia no processo de transição entre a educação pré-escolar e o ensino básico, não são encontrados estudos que aprofundem esta temática, sendo certo que, aqueles que abordam as questões da transição entre estes dois níveis de ensino, apontam para a importância da aproximação e continuidade entre as práticas de educadores e professores como um aspecto positivo para o desenvolvimento e aprendizagem das crianças (Ahtlo et al., 2011; Chun, 2003; Einarsdottir, 2006). Estes estudos são unânimes em afirmar que, na maior parte dos casos, existem descontinuidades entre os dois níveis de ensino, descontinuidades, estas, que se verificam ao nível das práticas pedagógicas e das concepções destes docentes. Em Portugal, quer as Orientações Curriculares para a Educação Pré-Escolar (M.E., 1997), quer os Programas de Língua Portuguesa (M.E., 2004, 2009) são o reflexo de um conjunto de intenções mais ou menos explícitas sobre a continuidade educativa, a que educadores e professores devem dar atenção, na concepção e implementação de estratégias que visem a criação de condições favoráveis para uma transição que se pretende de sucesso. A questão que se impõe é saber de que forma essa continuidade está presente nas nossas escolas. Na procura de algumas pistas, a presente comunicação tem por objectivo dar a conhecer a forma como educadores de infância e professores do 1º Ciclo do Ensino Básico concebem e implementam estratégias orientadas para este processo, na tentativa de identificar aspectos que lhe imprimam essa lógica de continuidade e articulação. Assim, foram realizadas 10 entrevistas (5 a educadores e 5 a professores do 1º Ciclo E.B.), no sentido de se aprofundar a forma como cada um pensa sobre aquilo que deveria ser e sobre aquilo que faz neste âmbito da sua intervenção. Resultados preliminares são reveladores de posições distintas entre educadores e professores na forma como perspectivam o processo de transição entre estes dois níveis de ensino. Contudo, a identificação de estratégias de intervenção direccionadas para o desenvolvimento de competências de preparação para a aprendizagem da leitura e da escrita, distantes de uma perspectiva emergente da literacia que deveria prevalecer, e vincadamente centradas no adulto, parecem ser um denominador comum na forma como uns e outros pensam.
- Estes materiais tornam a filosofia verdadeira porque me ajudam a pensar : voos filosóficos de um conceito no Jardim de InfânciaPublication . Costa Carvalho, Magda; Santos, Ana IsabelO presente capítulo surge no contexto de uma investigação sobre a implementação de sessões de filosofia para crianças (fpc), de acordo com a proposta da comunidade de investigação filosófica iniciada por Matthew Lipman (2003) e de Ann Margaret Sharp (1987), e tem como objetivo dar conta não apenas do trabalho que foi sendo desenvolvido nas sessões, mas também daquele que foi acontecendo paralela e articuladamente com a Educadora de Infância e com as crianças fora desse horário. Do trabalho concretizado em sede da comunidade de investigação filosófica destacaremos a reflexão produzida a partir dos materiais que foram sendo utilizados ao longo das sessões e que tiveram como ponto de partida o livro Mariquita Juanita, da autoria de Angélica Sátiro (2008). Os diálogos permitiram explorar diferentes sentidos em torno do conceito filosófico de verdade, levando a comunidade a (re)criar esta noção a partir de experiências que as desafiaram a pensar a própria atividade filosófica.
- Literacy practices in Portuguese kindergartens and children's conceptualisations about written languagePublication . Santos, Ana Isabel; Martins, Margarida AlvesOur aim is to characterise the relationships between the quality of literacy practices in Portuguese kindergartens and the development of children's conceptualisations about written language. The participants were 18 kindergarten teachers and their 4 and 5-year-old pupils (146 children). Literacy practices were evaluated using direct observation. Children's knowledge about the functional uses of written language, letters' names and invented spelling were evaluated. The teachers were divided into two groups, depending on their literacy practices. The results revealed that there were significant differences between the evolutions of the 2 groups of children concerning written language.
- Maria Montessori: de médica a pedagogaPublication . Santos, Ana IsabelMaria Montessori nasceu em 1870 em Itália e, apesar do incentivo dos pais para se tornar professora, foi médica, sendo uma das primeiras mulheres a frequentar uma escola de medicina no seu país. Desde cedo, o seu interesse pelas pessoas com deficiência mental levou-a a participar como voluntária num programa de investigação numa clínica psiquiátrica onde residiam crianças. A experiência com crianças levou-a a querer ser mais interventiva nesta área, razão que a levou a formar-se em filosofia educacional e antropologia.