Browsing by Author "Moreno, Humberto Baquero"
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- Balanço de um século no Portugal anterior ao encontro do BrasilPublication . Moreno, Humberto BaqueroNa viragem do século XIV para o século XV Portugal debatia-se com sérios e complexos problemas resultantes de um desgaste provocado pelas guerras com Castela. Com efeito, os conflitos bélicos verificados no reinado de D. Fernando tinham enfraquecido e pauperizado o território. O processo de recuperação apresentava-se moroso e de difícil solução. Numa conjuntura assaz complicada, a instável política daquele monarca usou a filha, do seu casamento com D. Leonor de Teles, como moeda de troca. Tinha D. Beatriz apenas quatro anos, decorria o ano de 1376, quando se ajustou o seu casamento com D. Fradique, filho ilegítimo de Henrique de Castela e de D. Beatriz Ponce de Leão. Com a vulnerabilidade que caracterizava o rei D. Fernando, este acordo acabou por não se concretizar. Deste modo, em 1380, ofereceram à infanta como noivo, o infante D. Henrique, filho de João I de Castela, com menos de um ano de vida. De novo se verificou o incumprimento do acordado. Com a chegada das tropas inglesas a Lisboa, em 1381, para combater os castelhanos, o rei de Portugal acordou o casamento de sua filha com Eduardo, filho do conde de Cambridge, sem que tal acontecesse. Depois, ainda, outra tentativa falhada, o casamento não concretizado de D. Beatriz com o infante D. Fernando de Castela. Acabaria finalmente por ajustar-se o matrimónio da infanta com D. João I de Castela, que entretanto enviuvara em 13 de Setembro de 1382. Em Salvaterra de Magos, em 30 de Abril de 1383, o rei de Castela através de um seu representante recebeu D. Beatriz por sua mulher. Com este acto abria-se o caminho para uma série de calamidades infindáveis, que viriam a despoletar uma grave crise com o falecimento do rei D. Fernando em 22 de Outubro de 1383. [...]
- A situação política em Portugal nos finais da Idade Média e os reflexos na expansão ultramarina.Publication . Moreno, Humberto Baquero"São muitos os problemas com que se debate Portugal no decurso do século XV. A raiz deles assenta essencialmente na circunstância de D. João I ser um rei que surgiu a partir duma revolução, tendo sido eleito no exercício dessas funções em 6 de Abril de 1385, precisamente nas Cortes de Coimbra, vendo-se obrigado para isso a fazer imensas concessões aos seus apoiantes, o que criou entre a nobreza um espírito favorável à obtenção de sucessivos privilégios. Não cabe aqui discutir quem foram os seus partidários, sendo mais as teorias existentes acerca da origem social dos mesmos do que propriamente um conhecimento sistemático que terá de assentar forçosamente na análise da vasta e rica documentação que se encontra na Chancelaria de D. João I.. […]"