Browsing by Author "Miguel, Alonso Teixeira"
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- Avaliação da suscetibilidade a movimentos de vertente na zona oeste da ilha TerceiraPublication . Miguel, Alonso Teixeira; Rodrigues, António Félix FloresTendo em conta o complexo enquadramento geodinâmico do arquipélago dos Açores, que leva a que as ilhas sejam frequentemente afetadas por uma grande diversidade de perigos naturais, de entre os quais se destacam os movimentos de vertente, o objetivo geral da presente dissertação consistiu em avaliar a suscetibilidade a movimentos de vertente na zona Oeste da ilha Terceira, como contributo para um conhecimento mais aprofundado da incidência geográfica destes fenómenos a nível local, numa ótica de gestão interdisciplinar da paisagem e de planeamento e ordenamento do território. A realização do presente trabalho implicou a criação de um inventário de movimentos de vertente histórico, constituído por 207 movimentos de vertente, identificados e cartografados sob a forma de polígonos, com base na análise monoscópica de ortofotomapas e em trabalho de campo. Os referidos movimentos de vertente correspondem a deslizamentos translacionais superficiais que, em alguns casos, evoluíram para escoadas detríticas, com profundidade máxima do plano de rotura de 3,5 m. Os movimentos de vertente cartografados, apresentam, no total, uma área planimétrica de, aproximadamente, 43.800 m2 e um volume de material instabilizado estimado de cerca de 97.300 m3, distribuídos pelas freguesias da Serreta (62,56%), Doze Ribeiras (30,14%) e Santa Bárbara (7,30%). A caracterização morfométrica dos movimentos de vertente foi efetuada através do cálculo de oito parâmetros e dois índices morfométricos, determinados em medições planimétricas (2D) e superficiais (3D). Através de uma análise comparativa, concluiu-se que a utilização dos parâmetros morfométricos tridimensionais, tendo em conta o elevado declive de grande parte da área de estudo, era mais adequada para a determinação da magnitude dos movimentos de vertente, evitando uma adulteração da frequência de eventos de diferentes magnitudes ou gamas de magnitudes. Ainda no decorrer deste processo, concluiu-se que a utilização de ferramentas automáticas para a determinação do comprimento e da largura dos movimentos de vertente, que estão na base do cálculo de outros parâmetros morfométricos, teria induzido erros graves nos resultados dessas medições no presente trabalho, pelo que os mesmos foram determinados manual e individualmente para cada movimento de vertente do inventário. Para a determinação do grau de associação entre os diferentes parâmetros e índices morfométricos, foi aplicado o coeficiente de correlação de Pearson, que permitiu concluir que, em termos gerais, todos os parâmetros apresentam elevados graus de associação positiva, revelando uma elevada interdependência entre os mesmos, com exceção do ângulo da cicatriz e dos índices de alongamento e de circularidade. [...].