Browsing by Author "Matos, Tiago Filipe Almeida"
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- Essays on banks’ riskPublication . Matos, Tiago Filipe Almeida; Teixeira, João Carlos Aguiar; Dutra, Tiago MotaAs instituições bancárias são pilares fundamentais dos sistemas financeiros globais, cuja complexidade e ligação com os mercados financeiros faz com que estejam expostas a diversos tipos de riscos, alguns dos quais subestimados até recentemente. Em resposta, foram implementadas reformas regulatórias para mitigar estes riscos e garantir a estabilidade financeira. Estas reformas têm sido, desde então, analisadas pela literatura empírica, levando a alguns resultados contraditórios. Esta tese tem como objetivo avaliar o efeito de vários fatores sobre o risco dos bancos. Iniciamos esta análise com o efeito das leis de proteção dos investidores sobre a resposta dos bancos a políticas macroprudenciais mais rigorosas. Concluímos que ao aumentar os níveis de proteção, é possível aumentar o nível de participação dos investidores no capital dos bancos, reduzindo a sua influência individual e o risco dos bancos. No entanto, os resultados apontam para o facto dos bancos adotarem comportamentos de risk-shifting, quando existem proteções implícitas governamentais. Posteriormente, analisamos o efeito das medidas de regulação macroprudenciais adotadas nos pacotes pós-pandemia. Os resultados apontam para uma redução no nível de risco dos bancos com o relaxamento das medidas de capitais, embora este mesmo comportamento tenha o efeito contrário em anos de crise sistémica ou anos normais. Demonstramos ainda um mau uso das restantes políticas macroprudenciais ao evidenciar que o seu relaxamento, durante a crise pandémica, levou a um aumento do risco. De seguida, analisamos se a disciplina imposta pelos investidores pode ser usada como complemento das políticas macroprudenciais, com vista a contrariar os comportamentos de risk-shifting e moral hazard. Concluímos que os bancos sujeitos a um nível maior de disciplina de mercado reduzem o seu risco perante a adoção ou agravamento das medidas macroprudenciais. No entanto, este efeito só é visível em países avançados e com maior magnitude nos Estados Unidos da América. Por fim, investigamos o efeito das políticas financeiras climáticas sobre o risco, demonstrando que a sua adoção reduz o risco total, conseguida através da melhoria da reputação destas instituições. No entanto, estas medidas levam a uma degradação da qualidade da carteira de créditos através do aumento do crédito malparado.
- O risco dos bancos, regulação e a crise financeira internacionalPublication . Matos, Tiago Filipe Almeida; Teixeira, João Carlos AguiarEsta dissertação estuda quais são os fatores específicos e externos que determinam o risco dos bancos. Analisa, igualmente, de que forma o efeito desses fatores sobre o risco altera-se consoante estarmos a considerar bancos europeus ou bancos norte-americanos ou mesmo consoante estarmos a considerar períodos temporais tão distintos como o período que antecedeu a crise financeira internacional de 2008 e o período que se seguiu a essa crise. Por último, avalia o efeito que a regulação económica e bancária tem sobre o risco dos bancos. Com base em dados de painel de uma amostra de 557 bancos, dos quais 181 são da Europa e 376 dos Estados Unidos, abrangendo o período de 2004 a 2012, estima-se um modelo dinâmico do risco dos bancos. Os resultados sugerem que este risco é, de facto, influenciado por um conjunto de fatores específicos e externos, com particular destaque para o rating do país, o rácio de endividamento e a dimensão do banco. No que toca ao efeito da regulação, concluímos que os países com medidas de regulação mais restritivas são os países onde os bancos estão expostos a um maior nível de risco.