Browsing by Author "Matos, Paulo Lopes"
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- Gentes da ilha de São Jorge nos anos 1825-1827Publication . Matos, Paulo Lopes[…]. Em 24 de Novembro de 1825 tomava posse do cargo de governador da ilha de S. Jorge o tenente-coronel reformado José Maurício Rodrigues. que averbava na sua folha de serviços a participação na guerra peninsular e uma comissão como governador de Benguela. Já com 63 anos. o peso da idade não lhe retirará vigor sobretudo na repressão com que trata os opositores ao regime. Aliás, mostrar-se-á o mais diligente do sistema político na ilha, mandando vigiar e violar correspondência, prender os que não se mostrassem fieis aos ideais miguelistas, implantando um verdadeiro clima de terror. O derrube do «fanático governador» ocorrerá quando a Regência, instalada na ilha Terceira desde 1830, resolve submeter pela força as ilhas ditas «fiéis» a D. Miguel, o que ocorre no ano seguinte. É, todavia, este homem que conseguiu manter pela força quase ininterruptamente a ilha de S. Jorge sobre o regime miguelista, o responsável pelos mapas estatísticos de 1825, 1826 e 1827. Talvez com a preocupação de dar boa conta de si e de apresentar resultados da sua acção governativa, logo após o desembarque na ilha apressa-se a organizar o mapa da situação social, administrativa e económica de S. Jorge, condição essencial para que no ano seguinte pudesse já evidenciar alguns bons frutos do seu trabalho. […].
- Gentes da ilha de São Jorge nos anos 1825-1827Publication . Matos, Paulo Lopes[…]. Em 24 de Novembro de 1825 tomava posse do cargo de governador da ilha de S. Jorge o tenente-coronel reformado José Maurício Rodrigues. que averbava na sua folha de serviços a participação na guerra peninsular e uma comissão como governador de Benguela. Já com 63 anos. o peso da idade não lhe retirará vigor sobretudo na repressão com que trata os opositores ao regime. Aliás, mostrar-se-á o mais diligente do sistema político na ilha, mandando vigiar e violar correspondência, prender os que não se mostrassem fieis aos ideais miguelistas, implantando um verdadeiro clima de terror. O derrube do «fanático governador» ocorrerá quando a Regência, instalada na ilha Terceira desde 1830, resolve submeter pela força as ilhas ditas «fiéis» a D. Miguel, o que ocorre no ano seguinte. É, todavia, este homem que conseguiu manter pela força quase ininterruptamente a ilha de S. Jorge sobre o regime miguelista, o responsável pelos mapas estatísticos de 1825, 1826 e 1827. Talvez com a preocupação de dar boa conta de si e de apresentar resultados da sua acção governativa, logo após o desembarque na ilha apressa-se a organizar o mapa da situação social, administrativa e económica de S. Jorge, condição essencial para que no ano seguinte pudesse já evidenciar alguns bons frutos do seu trabalho. […].
- Santa Cruz da Ilha Graciosa (1799-1850) : população, grupos familiares e profissõesPublication . Matos, Paulo LopesEscreveu Frei Diogo das Chagas que a ilha Graciosa era “pequena na quantidade” mas “muito grandiosa na qualidade, porque dentro em seu pequeno distrito tem quatro freguesias”. Com efeito, com uma superfície de 61,17 km2, a sua população distribuía-se por quatro freguesias integradas em dois concelhos: o de Santa Cruz e o da Praia. A vila de Santa Cruz que, conjuntamente com Guadalupe, constituía o maior concelho da ilha, ocupando uma área de c. de 16 km2. Como se sabe, são escassos os estudos sobre esta ilha, não obstante o reconhecimento da sua importância económica ao longo de séculos, sobretudo motivada pela abundância do trigo. O desaparecimento dos seus arquivos municipais terá sido, de algum modo, desmotivador desses estudos, embora outras fontes se mostrem de grande riqueza, como é o caso - entre outras - dos róis de confessados. No entanto, a riqueza informativa deste tipo de fontes revela-se insuficiente para fundamentar um estudo cronologicamente mais vasto. Neste sentido procedeu-se a um tratamento estatístico de todos os mapas populacionais disponíveis sobre a freguesia de Santa Cruz, mas também de toda a ilha. Os registos paroquiais foram igualmente utilizados, mas apenas como complemento a estas duas fontes enumeradas, já que a sua análise se restringiu aos anos de 1838 e 1839. [...]