Browsing by Author "Gil, Ana Cristina Correia"
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- Mário Mesquita, um Homem de CulturaPublication . Gil, Ana Cristina CorreiaComecemos por onde era menos suposto começar-se: pelos números. Mário Mesquita, ilustre jornalista, professor e político português, deixou vasta obra publicada. No total, deste legado impresso constam cerca de 17 livros e brochuras, 17 textos de colaboração em obras coletivas, 29 artigos científicos sobre temas de comunicação e jornalismo, 6 artigos sobre a História contemporânea dos Açores e 7 prefácios (Riley et al., 2021, pp. 809-814). É evidente que não é a quantidade que importa, mas a qualidade e esta revela-se em todos os escritos de Mário Mesquita, sem exceção. No entanto, não podemos deixar de ficar surpreendidos com a imensidão de páginas que saíram da pena deste pensador. Este é, de facto, o epíteto que melhor se lhe cola, o de pensador crítico da sociedade contemporânea nas suas várias facetas: mediática, política, social, histórica, etc. Mário Mesquita, nascido nos Açores, na ilha de S. Miguel, a 3 de janeiro de 1950, teve um trajeto multímodo, que constitui, afinal, a sua imagem de marca.
- Quem somos? As respostas de Eduardo LourençoPublication . Gil, Ana Cristina CorreiaQuem sou eu? Esta é uma das perguntas que fazemos várias vezes ao longo da nossa vida. A resposta pode ser variada: sou alto, sou cozinheiro, sou teimoso, sou micaelense, sou filho da Maria e do Manel, sou português… A verdade é que muitas vezes somos um mistério para nós mesmos e é importante desvendar esse mistério, para nos conhecermos melhor: as nossas características, capacidades e fragilidades. Só assim podemos aproveitar o que temos de bom e tentar corrigir o que é menos positivo, para termos uma vida mais feliz e realizada.
- Representações da mulher na imprensa regional açoriana : o caso do "Açoriano Oriental" e do "Correio dos Açores"Publication . Gil, Ana Cristina Correia; Faria, DominiqueRefletir sobre "a vez e a voz" da mulher na sociedade contemporânea deve passar também pela análise das representações do feminino nos vários sistemas culturais em que estas são veiculadas: a Alta Cultura, a Cultura Popular e a Cultura de Massas. Partindo desta última, mais concretamente das imagens veiculadas pela Comunicação Social, esta comunicação apresenta uma reflexão sobre o modo como a mulher é representada na imprensa regional açoriana, mais especificamente nos jornais "Açoriano Oriental" e "Correio dos Açores", os títulos com maior tiragem na Região Autónoma dos Açores. Abrangendo o período de 15 de Fevereiro a 15 de Abril de 2013, a análise incidirá exclusivamente sobre géneros informativos (notícias, perfis, entrevistas, reportagens), tendo sido excluídos artigos de opinião e editoriais, uma vez que estes veiculam perspectivas essencialmente individuais. O objetivo deste estudo é averiguar qual o espaço que é concedido à figura da mulher em cada um destes jornais, com especial incidência na forma como ela é representada: a que tipo de notícias surge tendencialmente associada, quais as características que são postas em destaque, etc. O método de trabalho consistiu no levantamento dos artigos dos jornais em questão que fazem referência a mulheres, no tratamento dos dados estatísticos e na análise das notícias (análise do discurso e das imagens) e do seu enquadramento no jornal em que foram publicadas (secção, destaque, etc.).
- Uma viagem à Índia, de Gonçalo M. Tavares : a epopeia possível no século XXIPublication . Gil, Ana Cristina CorreiaEm pleno século XXI, e depois do muito que já se escreveu sobre Camões e das inúmeras reescritas ficcionais da obra do autor de “Os Lusíadas”, Gonçalo M. Tavares, uma das novas vozes da literatura portuguesa contemporânea, publica em 2011 Uma viagem à Índia, narrativa em verso que evoca em muitos sentidos a grande épica portuguesa. Os nexos que se podem estabelecer entre estas duas obras são, no entanto, em dois sentidos opostos, ou seja, se por um lado Gonçalo M. Tavares faz da sua narrativa quase um palimpsesto de “Os Lusíadas”, por outro lado, nota-se um evidente projeto de derrisão que, partindo do modelo seiscentista, o reescreve, encontrando assim a sua própria originalidade. De facto, conteúdo e forma de “Uma viagem à Índia” remetem-nos para uma inevitável relação intertextual com a obra camoniana. Da temática da viagem por mar ao Oriente à divisão do texto versificado em dez cantos, são inúmeras as pistas que apontam para o universo da épica portuguesa renascentista. Nesta comunicação procura-se assim, num primeiro momento, evidenciar os pontos de contacto entre este texto moderno e Os Lusíadas. Em sentido contrário a esta conformidade com o modelo do texto de Camões estão os pontos de fuga a partir dos quais Gonçalo M. Tavares constrói o seu próprio texto épico, ou melhor, antiépico, povoado de ironia, desilusão e burlesco, traços que o situam assim também nos antípodas da exaltação épica e que terão levado Eduardo Lourenço a designar Uma viagem à Índia como uma “epopeia da deceção”. Deste modo, pretende-se, num segundo momento, demonstrar como este distanciamento em relação a “Os Lusíadas” se faz sobretudo através da paródia, conceito que tomamos de Linda Hutcheon (Uma teoria da paródia).