Browsing by Author "Frias, Ricardo Lino Silva Lopes"
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- A filosofia no jardim de infância : possíveis reconfigurações com a(s) infância(s)Publication . Frias, Ricardo Lino Silva Lopes; Carvalho, Magda Costa; Santos, Ana IsabelA nossa dissertação pretende fazer uma pequena contribuição para um remoçar da escrita sobre infância e filosofia, através de uma reflexão eminentemente provinda de uma vida entre crianças. Sem que nos permitamos, e nos seja permitida, a entrada nesse território problemático, em que tudo convida à investigação, estas problematizações não seriam possíveis. São várias as questões que nos surgem ao longo de vários anos de diálogo e investigação filosófica com crianças, e que se renovam e ampliam no mestrado em filosofia para crianças da universidade dos Açores, dando origem a um plano, ele próprio, de caminhos maleáveis e reconfiguráveis. Falamos de como a Filosofia e o filosofar com crianças promove certas transformações transversais e expansivas, que reconfiguram territórios e caminhos, e que são também espaços da escrita e da política. Dialogando com autores na área da filosofia para/com crianças, e com as próprias crianças, deixamo-nos surpreender com o poder da infância, e do potencial transformador da comunidade de investigação filosófica. Os autores com quem dialogamos aportam eles próprios perspetivas críticas dos modelos que têm tradicionalmente enformado o pensamento sobre infância (Haynes 2008, Kohan 2015, Kennedy 2020, Leite 2010, Murris 2020). Procuramos olhar a filosofia no jardim de infância, e descrever algumas manifestações e movimentos discursivos da Comunidade de Investigação filosófica. Importam-nos também as questões éticas na investigação com crianças, sobretudo a anonimização e a possibilidade de escolha, e pensamos no que podemos estar a perder, ao não permitir que a escuta das vozes das crianças aconteça com efeito, designadamente nos estudos da Filosofia e da Infância, e também da Educação e da Democracia. Concluímos com uma descrição e reflexão sobre um projeto de construção de uma Comunidade de Investigação Filosófica (Sharp 1987, Kennedy 2004) num jardim de infância, com crianças de quatro e cinco anos, em condições (quase) inaugurais, marcado por aberturas e interrupções espáciotemporais-corporais, nomeadamente as pandémicas. Procuramos descrever essas transformações, tentando afinidades com processos cartográficos (Almeida 2021), onde pesquisador e pesquisado se alteram mutuamente.