Browsing by Author "Faria, Bernardo F."
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- A Lista Top 100Publication . Martín, José L.; Borges, Paulo A. V.; Arechavaleta, Manuel; Faria, Bernardo F."Evitar a extinção das espécies é um dos maiores desafios actuais da ciência da conservação. A magnitude da perda de espécies é hoje tão importante que alguns autores defendem que estamos a ser testemunhas da sexta grande extinção na história da vida (Leakey & Lewin, 1995). De facto, no nosso planeta desta vez é a acção devastadora do Homem a força motriz que está a alterar habitats, a colocar em risco ecossistemas, e a extinguir inúmeras espécies, muitas delas desconhecidas para a ciência (Lawton & May, 1995; Pimm et al., 1995, 1996; Chapin et al., 2000). Durante os últimos séculos estas extinções tem sido muito significativas nas ilhas de todo o mundo (Reid & Miller, 1989; Lawton & May, 1995; Sadler, 1999; Steadman & Martin, 2003), o que tem estimulado o debate sobre a questão se os endemismos insulares são intrinsecamente mais sensíveis às ameaças do que as formas continentais (Manne et al., 1999; Sax et al., 2002; Frankham, 2005). Contudo embora não pareça claro que assim seja (Manne & Pimm, 2001; Biber, 2002), o facto é que as ilhas por serem territórios com muitos taxa endémicos de distribuição reduzida a espaços limitados e, como consequência disso, com poucas possibilidades de escapar a uma eventual ameaça –como por exemplo a introdução de um novo predador–, tem o risco de extinção aumentado (Duncan & Blackburn, 2007). Evidências mostram igualmente que nas ilhas o número de espécies de plantas vasculares não nativas tem subido mais do que a extinção do número de espécies nativas mas que nas aves as extinções igualam o ganho de espécies exóticas (Sax et al., 2002). O facto é que, independentemente da maior ou menor propensão ao desaparecimento das espécies insulares, as consequências devastadoras das ameaças externas nos territórios isolados levam a que as extinções nas ilhas sejam mais frequentes do que nos espaços abertos continentais (Quammen, 1997). [...]"
- A perspectiva MacaronésicaPublication . Martín, José L.; Arechavaleta, Manuel; Borges, Paulo A. V.; Faria, Bernardo F."As 100 espécies seleccionadas como prioritárias para a gestão na Macaronésia europeia (i.e., Açores, Madeira, Selvagens e Canárias) são maioritariamente das Canárias (51 taxa), em segundo lugar do arquipélago da Madeira (26 taxa) e em terceiro lugar do arquipélago dos Açores (23 taxa). Esta distribuição é apenas mais ou menos concordante com a riqueza relativa das três regiões, já que estão registadas apenas 420 espécies endémicas para os Açores (Borges et al., 2005, 2008a), 1284 espécies endémicas para os arquipélagos da Madeira e Selvagens (Borges et al., 2008b) e 3572 espécies endémicas para as ilhas Canárias (Martín et al., 2005). A lista "Top 100" inclui taxa da flora e da fauna dos três arquipélagos macaronésicos acima referidos. O grupo dominante, ao nível do filo ou da divisão, é o das fanerogâmicas ou plantas com flor, no qual se incluem 66 taxa, seguido dos artrópodes, representados por 17 taxa. A distribuição por arquipélagos é desigual, e embora este padrão global se repita entre as espécies da Madeira e das Canárias, no caso dos Açores isso não sucede: o grupo mais numeroso é de longe o dos artrópodes, que compreende 12 dos 23 taxa selecionados".
- Using taxonomically unbiased criteria to prioritize resource allocation for oceanic island species conservationPublication . Martín, José L.; Cardoso, Pedro; Arechavaleta, Manuel; Borges, Paulo A. V.; Faria, Bernardo F.; Abreu, Cristina; Aguiar, António F.; Carvalho, José A.; Costa, Ana C.; Cunha, Regina Tristão da; Fernandes, Francisco M.; Gabriel, Rosalina; Jardim, Roberto; Lobo, Carlos; Martins, António M. de Frias; Oliveira, Paulo; Rodrigues, Pedro; Silva, Luís; Teixeira, Dinarte; Amorim, Isabel R.; Homem, Nídia; Martins, Berta; Martins, Mónica; Pereira, EnésimaOceanic islands have been the grand stage of documented extinctions. In view of limited resources, efficient prioritization is crucial to avoid the extinction of taxa. This work lists the top 100 management priority species for the European archipelagos of the Macaronesian region (Azores, Madeira and the Canary Islands), taking into account both their protection priority and their management feasibility. Bryophytes, vascular plants, molluscs, arthropods and vertebrates were scored by species experts following two sets of criteria: (i) protection priority, including ecological value, singularity, public institutions’ management responsibilities and social value; (ii) management feasibility, including threats knowledge and control feasibility, external socio-economical support for management and biological recovery potential. Environmental managers weighted the same criteria according to their management importance. Final species scores were determined by the combination of both species valuation and criteria weighting. Vascular plants dominate the Top 100 list, followed by arthropods and vertebrates. The majority of listed taxa are endemic to one archipelago or even to a single island. The management feasibility criteria did not dictate that all taxa must be eminently endangered, as for most of the species it should be relatively easy to control threats. The main advantages of this process are the independent participation of scientists and conservation managers, the inclusion of criteria on both protection priority and management feasibility and the taxonomically unbiased nature of the process. This study provides a potentially useful biodiversity conservation tool for the Macaronesian archipelagos that could be readily implemented by the respective regional governments in future legislation.