Browsing by Author "Bairos, Eduarda Resendes"
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- Manipulação da época de floração e balanço hídrico no solo das cultivares de Leucospermum 'Tango' e 'Succession II' nos AçoresPublication . Bairos, Eduarda Resendes; Monjardino, Paulo Ferreira Mendes; Fontes, José Carlos GoulartO género Leucospermum é nas proteáceas um dos que tem maior importância em termos comerciais. Dados de 2008 relevaram que, nos Açores, foi o género com maior número de hastes comercializadas, dentro do qual as cultivares 'Tango' e 'Succession' foram duas das mais representativas (Domingues, 2008). O presente trabalho decorreu em duas explorações de proteáceas da Ilha Terceira e nas cultivares 'Tango' e 'Succession II'. Os objectivos pretendidos foram a manipulação da época de floração das respectivas cultivares, tendo-se ensaiado diferentes modalidades de ensombramento, desponta e desbotoamento, e determinação do balanço hídrico no solo. Com a prática do ensombramento conseguiu-se antecipar a época de floração da cultivar 'Tango', sobretudo numa das explorações, mas como tal acarretou também a diminuição da produtividade, a rentabilidade foi menor. Na cultivar 'Succession II' a data média de floração foi retardada em um a três dias e a percentagem de hastes reprodutivas foi menor; como tal os prejuízos advenientes foram ainda mais marcantes. A prática da desponta, que vinha já sendo utilizada por alguns produtores locais para a recuperação de hastes com sintomas graves de necrose foliar, mostrou ser uma prática que permite modificar a época de floração da cultivar 'Tango', atrasando-a. No entanto, há que ser ponderada dado que a percentagem de hastes reprodutivas diminuiu, sobretudo quanto mais tarde foi realizada, levando desta forma a diminuições na rentabilidade. As modalidades de desbotoamento ensaiadas na cultivar 'Succession II' atingiram o seu objectivo, ou seja, permitiram que se conseguisse modificar a época de floração para cerca de dois meses após a época normal. Esta prática ainda se mostrou vantajosa porque a floração concentrou-se num período de maior valorização e não provocou diminuição em parâmetros agronómicos, como a percentagem de hastes reprodutivas, tendo-se traduzido desta forma numa prática extremamente recomendável. Os balanços hídricos revelaram que as dotações de rega aplicadas durante a época estival foram insuficientes. Surpreendentemente, na época invernal, como existiu uma barreira à passagem da água das chuvas para a zona radicular, possivelmente devido à tela utilizada para o controlo das infestantes, o solo nunca atingiu a capacidade de campo. Estes dados são um alerta importante para os produtores repensarem a forma como praticam a rega nas suas explorações.